terça-feira, 27 de outubro de 2015

Sem saber lidar com crise, Dilma segue com popularidade muito baixa, mostra CNT/MDA


Reuters

Na pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 20 e 24 de outubro.© Foto: Adriano Machado/Reuters Na pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 20 e 24 de outubro.
A avaliação do governo seguiu praticamente inalterada em outubro com baixíssima popularidade da presidente Dilma Rousseff, que pode ser explicada pelo fato de quatro em cada cinco brasileiros considerarem que a petista não está sabendo lidar com a crise que o país atravessa, mostrou pesquisa CNT/MDA nesta terça-feira.
A avaliação ótima e boa do governo foi para 8,8 por cento, enquanto 70,0 por cento avaliam como ruim ou péssimo o governo Dilma. Outros 20,4 por cento consideram o governo regular. Em julho esses números eram, respectivamente, 7,7 e 70,9 por cento. As variações estão dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos percentuais.
Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, a manutenção dos baixos índices de aprovação de Dilma deve-se à “incapacidade dela e do governo de lidar com a crise econômica e com a crise política... e, em consequência, aumento de desemprego, perda de renda, inflação".
“7 ou 8 por cento (de aprovação do governo) já é muito baixo. Na prática, o que nós entendemos é que ela está no fundo do poço, mesmo”, disse Andrade.
“Não tem como baixar mais. E podemos dizer também que ela não está reagindo, não está conseguindo reagir. E a economia não está reagindo”, acrescentou.
Apenas 15,9 por cento aprovam o desempenho pessoal da presidente, contra 80,7 por cento que desaprovam. No levantamento anterior eram 15,3 e 79,9 por cento.
O patamar de desaprovação pessoal é muito parecido com os 80,6 por cento que avaliam que a presidente não está sabendo lidar com a crise e aumenta a percepção entre os entrevistados sobre recessão, aumento do desemprego, inflação elevada e forte instabilidade política.
Para 60,9 por cento dos entrevistados, a crise mais grave é a econômica, enquanto 35,4 por cento consideram que é a política.
Apesar de verem a crise econômica como a mais grave, a grande maioria não quer fazer mais sacrifícios para ajudar a resolvê-la. A pesquisa mostrou que 86,7 por cento dos entrevistados não estão dispostos a pagar mais impostos e 70,5 por cento são contrários à recriação da CPMF.
Segundo a sondagem, 63,6 por cento dos entrevistados avaliam que a crise econômica vai demorar três anos ou mais para ser solucionada.

ELEIÇÕES

A pesquisa apresentou ainda cenários eleitorais para a Presidência da República. Na primeira simulação, o senador tucano Aécio Neves (MG) ganharia com 32,0 por cento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 21,6 por cento. Em seguida vem Marina Silva (Rede), com 21,3 por cento.
No segundo cenário de intenção de voto estimulada, Marina ganha com 27,8 por cento de Lula, com 23,1 por cento, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), com 19,9 por cento.
Para o presidente da CNT, está clara a vinculação entre Lula e Dilma, ao mesmo tempo em que os dois são responsabilizados pela maioria dos entrevistados pelas denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras.
“Dificilmente eles conseguem se separar um do outro. Os dois estão sendo responsabilizados na visão da população”, avaliou.
Andrade foi vice-governador de Minas Gerais, quando o Estado foi comandado pela primeira vez por Aécio Neves.
Na pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 20 e 24 de outubro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário