Brasília - O presidente do PT, Rui Falcão, disse
nesta quarta-feira, 28, haver uma "perseguição inominável" e uma
"manipulação" por parte do Ministério Público, da Polícia Federal, do
Judiciário e de "setores da mídia" para incriminar o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e sua família. Falcão chamou de "arbitrariedade" a
operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal, na
segunda-feira, no escritório de Luís Cláudio, filho caçula de Lula, e
afirmou que a resolução a ser divulgada nesta quinta-feira pela cúpula
do PT vai condenar essas ações. "Tem um monte de tubarão e você vai
correr atrás de um peixinho que sequer tem provas contra ele?",
perguntou o presidente do PT, numa referência aos grandes grupos
empresariais investigados pela Operação Zelotes, da Polícia Federal.
Para Falcão, o filho de Lula está sendo acusado por uma "coisa
transversal". "Há uma campanha direcionada para atingir o PT, a
presidente Dilma e o Lula", insistiu ele.
Lula vai participar nesta quinta-feira de uma reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília, e fará um pronunciamento em defesa do partido, do seu legado e do governo Dilma Rousseff. Nos últimos dias, o ex-presidente tem cobrado uma reação forte dos petistas aos ataques contra ele, Dilma e o partido. "Não podemos admitir que gente que roubou a vida inteira venha a chamar o PT de ladrão. A gente não pode permitir isso", disse o ex-presidente, no último dia 22, em discurso para militantes, no Piauí.Após a reunião da Executiva Nacional do PT, nesta quarta-feira, Falcão disse não estar preocupado com o parecer da área técnica da Câmara dos Deputados, que deve recomendar o impeachment de Dilma. Cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dar ou não sequência ao pedido. "Não há base jurídica e legal para o impeachment. Isso é mais um factóide que a oposição quer criar, precipitando uma crise política na linha do quanto pior, melhor", afirmou Falcão.
Apesar das cobranças de oito correntes petistas, que pedem a cassação do mandato de Cunha no Conselho de Ética, a cúpula do PT não deve condenar publicamente o deputado, suspeito de manter contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobrás. A estratégia do PT e do governo consiste em ganhar tempo para não provocar o presidente da Câmara, que tem o poder de dar o pontapé inicial no impeachment. "Como eu vou ficar julgando quem sequer é réu do Supremo Tribunal Federal ainda?", perguntou Falcão. "Está certo que não dão esse tratamento para nós. Nós somos sempre culpados até prova em contrário...
"As críticas à política econômica serão mantidas pela cúpula do PT na resolução final do partido, que será aprovada nesta quinta-feira, mas o coro pela demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será abafado, a pedido do Palácio do Planalto. Lula e Falcão defenderam recentemente a substituição de Levy. O ex-presidente chegou a dizer até mesmo que o prazo de validade do titular da Fazenda estava vencido. "Reiteramos que precisamos fazer mudanças na política econômica, mas não vamos fulanizar esse debate", disse Falcão.
Lula vai participar nesta quinta-feira de uma reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília, e fará um pronunciamento em defesa do partido, do seu legado e do governo Dilma Rousseff. Nos últimos dias, o ex-presidente tem cobrado uma reação forte dos petistas aos ataques contra ele, Dilma e o partido. "Não podemos admitir que gente que roubou a vida inteira venha a chamar o PT de ladrão. A gente não pode permitir isso", disse o ex-presidente, no último dia 22, em discurso para militantes, no Piauí.Após a reunião da Executiva Nacional do PT, nesta quarta-feira, Falcão disse não estar preocupado com o parecer da área técnica da Câmara dos Deputados, que deve recomendar o impeachment de Dilma. Cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dar ou não sequência ao pedido. "Não há base jurídica e legal para o impeachment. Isso é mais um factóide que a oposição quer criar, precipitando uma crise política na linha do quanto pior, melhor", afirmou Falcão.
Apesar das cobranças de oito correntes petistas, que pedem a cassação do mandato de Cunha no Conselho de Ética, a cúpula do PT não deve condenar publicamente o deputado, suspeito de manter contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobrás. A estratégia do PT e do governo consiste em ganhar tempo para não provocar o presidente da Câmara, que tem o poder de dar o pontapé inicial no impeachment. "Como eu vou ficar julgando quem sequer é réu do Supremo Tribunal Federal ainda?", perguntou Falcão. "Está certo que não dão esse tratamento para nós. Nós somos sempre culpados até prova em contrário...
"As críticas à política econômica serão mantidas pela cúpula do PT na resolução final do partido, que será aprovada nesta quinta-feira, mas o coro pela demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será abafado, a pedido do Palácio do Planalto. Lula e Falcão defenderam recentemente a substituição de Levy. O ex-presidente chegou a dizer até mesmo que o prazo de validade do titular da Fazenda estava vencido. "Reiteramos que precisamos fazer mudanças na política econômica, mas não vamos fulanizar esse debate", disse Falcão.
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