Na galeria de candidatos a ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), poucos foram tão explosivos – e colecionaram frases tão
polêmicas — quanto o ministro da Justiça Alexandre de Moraes. Num vídeo
de uma palestra a alunos de uma faculdade em São Paulo no ano passado,
Moraes chama o governo do PT de corrupto e ladrão.
Questionado por
um jovem universitário com doses de ironias sobre como pretendia lidar
com manifestantes, classificados como “petistas, comunistas e
baderneiros”, que “têm um ideal diferente do governo golpista”, o
professor da Universidade de São Paulo deixou a pedagogia de lado — e
partiu para o ataque.
“Em relação à última questão, do nosso
simpatizante aqui do governo corrupto, que foi colocado para fora do
Brasil pela corrupção, pela falta de vergonha na cara, de quem roubava
bilhões e bilhões. Se ao invés de roubar bilhões tivesse investido na
segurança, se ao invés de desviar dinheiro para construir porto em Cuba
tivessem investido em presídio, nós estaríamos muito melhor. Obrigado”,
rebateu Moraes (vídeo, postado no Youtube).
Em
sua caminhada rumo ao STF, Moraes tem se reunido com senadores de
diversos partidos para pedir apoio durante a sua sabatina no Congresso —
que deverá ser realizada no próximo dia 22 de fevereiro na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se for aprovado, o candidato a
ministro do Supremo assumirá o cargo de revisor dos processos da
Operação Lava-Jato, sob a relatoria de Edison Fachin. Procurado, Moraes
não quis se manifestar.
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