O empresário Eike Batista foi indiciado pela Polícia Federal ao lado
de mais 11 pessoas no âmbito da operação Eficiência, que levou o
ex-bilionário a ser preso na semana passada acusado de pagar propina de
16,5 milhões de dólares ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio
Cabral, também indiciado, informou a PF nesta quarta-feira.
Eike
foi indiciado pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e
participação em organização criminosa, de acordo com a Polícia Federal,
em um inquérito que já foi encaminhado ao Ministério Público Federal
(MPF) para o eventual oferecimento de denúncia à Justiça Federal.
Cabral,
preso desde o ano passado e acusado de ser o articulador e beneficiário
do esquema milionário de corrupção, foi indiciado na operação
Eficiência pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
organização criminosa, disse a PF.
O ex-governador já é réu em outras ações na Justiça Federal também por suspeita de corrupção.
Pessoas próximas a Cabral, como um irmão e a ex-mulher, também foram indiciados pela PF por suspeita de envolvimento no esquema.
Apesar
de o inquérito já ter sido concluído, sete indiciados ainda estão sendo
ouvidos por delegados da PF nesta quarta-feira, incluindo Eike. O
advogado do empresário disse que a orientação da defesa é para que ele
permaneça em silêncio, como já ocorreu na semana passada, e só fale em
juízo.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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