O Tribunal de Contas da União (TCU) reprovou nesta quarta-feira (5) as contas do governo de Dilma Rousseff
no ano de 2015. A recomendação de reprovação ao Congresso Nacional já
era prevista, como ocorreu em relação ao ano de 2014. O relator do
processo, o ministro José Múcio Monteiro, já havia proposto o parecer ao
plenário do TCU.
O ministro enviou aos demais gabinetes do
tribunal um relatório em que sustenta que o governo da ex-presidente não
considerou plenamente os princípios constitucionais e legais quando
executou o orçamento federal e as operações feitas com recursos
públicos. "As contas não estão em condições de serem aprovadas,
recomendando-se a sua rejeição pelo Congresso", escreveu Múcio.Múcio foi
o primeiro a falar e recomendou que o Congresso rejeite as contas da
petista.
A recomendação do relator leva em consideração 17 irregularidades nas contas da ex-presidente: 12 apresentadas pelo próprio ministro e cinco apresentadas pelo Ministério Público que atua junto ao TCU.
O procurador-geral do Ministério Público, Paulo Soares Bugarin, já havia concluído que houve irregularidade nas contas de 2015.Entre
as irregularidades apontadas no parecer das contas de 2015 estão o
crime de responsabilidade ao atrasar recursos do Plano Safra ao Banco do
Brasil, as chamadas "pedaladas fiscais", e a edição de decretos de
suplementação orçamentária que foi considerada "ilegal". Para os
ministros, a defesa apresentada pela petista não foi suficiente para
eliminar as falhas apontadas. O TCU analisa as contas e indica ao
Congresso.
Caso o Congresso também as rejeite, a penalidade
prevista para o gestor, no caso, a DIlma, é perder os direitos
políticos. O relatório é utilizado quando o político está em processo de
cassação de mandato e/ou de impeachment, como já ocorreu com Dilma em
agosto. Na tarde desta quarta, o tribunal também julgará processo que
avalia a responsabilidade de 17 autoridades da equipe econômica de Dilma
nas pedaladas fiscais em 2014. O ministro José Múcio Monteiro, também
relator do processo, votará para que o plenário inabilite ao menos três
ex-integrantes do governo, entre eles, o ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega.
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