Para que o dente afetado pela
cárie retorne ao seu formato original, a parte deteriorada é removida,
limpa e preenchida com em um processo chamado de restauração. Os
principais materiais usados no procedimento são ouro, porcelana, resinas
compostas e amálgama (uma liga de prata, cobre, estanho, mercúrio e, em
alguns casos, zinco). Se antigamente a amálgama, mais escura, era a
principal alternativa, hoje, a resina composta é a opção mais comum. Por
ser mais clara e menos perceptível, donos de sorrisos amalgamados
procuram o consultório do dentista para substituir suas obturações.
A
dentista com especialização em endodontia pela PUCRS Maína de Aguiar
(CRORS 22185) esclarece que o material a ser utilizado dependerá do grau
de deterioração do dente, e não apenas do desejo do paciente.
“Normalmente optamos pela resina, mais nova, mas também existem outros
materiais que podem ser utilizados na restauração. Tudo depende do
quanto o dente precisará ser desgastado”, afirma ela. Além disso,
aspectos como alergia a certos materiais, local da boca e custo são
levados em consideração.
Há
muitos casos de pacientes que procuram o consultório para realizar a
troca das obturações antigas, mais escuras, pelas mais claras. Segundo
Maína Aguiar não há problema nessa prática. “Há bastante busca para a
realização da troca por motivos estéticos. Se a restauração for mais
superficial e aparecer muito, fazemos”, afirma.
Outro
fator que pode levar à troca é o retorno da cárie. Nesses casos, também
não há problema: é retirada a parte comprometida novamente e a
restauração escura é substituída pela clara. “Para fazer as restaurações
de amálgama havia um desgaste muito grande do dente. Hoje, é preciso
ter um cuidado ainda maior na hora de reconstitui-lo novamente em caso
de nova cárie. Tudo depende da avaliação que o dentista vai fazer”
completa Aguiar.
O Instituto
de Medicina Integral recomenda que mudanças nos hábitos de alimentação
podem levar a melhor conservação dos dentes e das restaurações, como não
mascar chiclete. Além disso, conversar com um profissional
especializado e de confiança faz toda a diferença na hora de decidir se é
benéfico para a pessoa trocá-las ou não. Os profissionais habilitados
podem sempre auxiliar e avaliar a necessidade de fazer a substituição.
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