A ação tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a última escala antes de o processo contra Cunha ser votado em plenário. Cunha adicionou aos recursos já ingressados por ele a tese de que sua renúncia criou um "fato novo", já que um dos motivos que levaram ao convencimento da necessidade de cassação era o fato de estar ocupando a presidência da Câmara e, neste posto, estaria obstruindo as investigações contra ele.
Fonseca rejeitou o aditamento sob o argumento de que o Conselho de Ética apura representações relacionadas à conduta dos deputados, independentemente do fato de eles ocuparem ou não um cargo de comando. "Eventual procedimento reconhecido pelo conselho como incompatível com o decoro parlamentar não restará desconstituído pelo fato de o congressista representado ocupar ou deixar de ocupar determinado cargo na estrutura da Câmara dos Deputados", argumentou.
Apesar da recusa do aditamento, Fonseca já atendeu anteriormente a um importante pleito de Cunha: acatou o argumento de que houve irregularidades na votação no Conselho de Ética que aprovou seu pedido de cassação e que, dessa forma, o processo deve ser novamente votado pelo colegiado. O parecer do relator está previsto para ser votado pelos demais membros da CCJ na próxima terça-feira.
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