A correspodente do vespertino no Brasil, Claire Gatinois, começa o texto dizendo que ninguém sabe se as lágrimas de Cunha eram sinceras, mas que sua tristeza ganhou ares simbólicos. Segundo a jornalista, elas representam a desordem de parte do mundo político brasileiro, encurralado em sua ganância e sua maldade.
A correspondente lembra que Cunha, que é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, já estava encurralado, mesmo se tentou apresentar sua renúncia como um gesto de grandeza.
Mas ela lembra que essa renúncia pode ser interpretada como uma demissão tática, já que, com isso, Cunha deixa a presidência da Câmara, mas tenta salvar seu mandato e seu status privilegiado diante da Justiça.
Lava Jato
Além de suas contas na Suíça, ressalta a reportagem do Le Monde, a investigação da Lava Jato está cada vez mais próxima de Eduardo Cunha. Além de sua mulher, Cláudia Cruz, estar sendo acusada de ter se beneficiado de dinheiro desviado.
No entanto, analisa Le Monde, em Brasília ninguém ousa esperar a queda do deputado, pois ele teria acumulado uma série de informações sobre seus colegas parlamentares. "Se ele cair, não cairá sozinho", conclui a reportagem do Le Monde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário