O novo ministro das Relações
Exteriores, José Serra (PSDB), apresentou nesta quarta-feira as
diretrizes da política externa brasileira, em cerimônia de transmissão
de cargo com seu antecessor, o chanceler Mauro Vieira.
"A
nossa política externa será regida pelos valores do Estado e da nação,
não de um governo e jamais de um partido", disse Serra. "Estaremos
atentos à defesa da democracia, das liberdades e dos direitos humanos em
qualquer país, em qualquer regime."
Serra
também criticou a "ingerência" em questões nacionais de outros países,
depois de rebater na semana passada declarações de Cuba, Venezuela,
Equador, Bolívia e Nicarágua, que criticaram o processo de impeachment
que afastou temporariamente a presidente eleita Dilma Rousseff.
Sob
aplausos e diante de uma plateia do corpo diplomático, embaixadores e
dezenas de parlamentares, governadores tucanos e outros ministros do
governo Michel Temer (PMDB), Serra afirmou que vai recuperar a
capacidade financeira do Itamaraty e que contará com ajuda do ministro
do Planejamento, Romero Jucá, para recuperar o ministério da "penúria".
"A
Casa será reforçada e não enfraquecida. No governo Temer, o Itamaraty
volta ao núcleo central do governo", discursou o novo chanceler,
frisando que, no ministério, não vai apenas "fazer visitas inócuas para
cumprir tabela".
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