SÃO PAULO - Em relatório em que indiciou o ex-ministro da Fazenda
Antonio Palocci, a Polícia Federal apontou que o codinome ‘amigo’, que
aparece em planilhas de propinas da Odebrecht, refere-se ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um documento do Setor de
Operações Estruturadas da Odebrecht, ‘Amigo’ é destinatário de R$ 23
milhões, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
A
PF diz que a suspeita sobre o ex-presidente tem ‘respaldo probatório e
coerência investigativa’. O documento cita ainda a sigla EO em suposta
referência a Emíilo Odebrecht, patriarca do Grupo Odebrecht. “Luiz
Inácio Lula da Silva era conhecido pelas alcunhas de “Amigo de meu pai” e
“Amigo de EO”, quando usada por Marcelo Bahia Odebrecht e, também, por
“Amigo de seu pai” e “Amigo de EO”, quando utilizada por interlocutores
em conversas com Marcelo Bahia Odebrecht”, diz o relatório da PF.
As
planilhas trazem, ainda, o codinome ‘italiano’. Segundo a PF, uma
referência a Palocci, que foi indiciado por corrupção passiva. Segundo a
Lava Jato, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos pela Odebrecht
mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, o que inclui o
ex-ministro.
O advogado Cristiano Zanin Martins rebateu o
relatório. “A Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar
sustentação às acusações formuladas contra o ex-presidente Lula. São,
por isso, sem exceção, acusações frívolas, típicas do lawfare. Na falta
de provas, usa-se da “convicção” e de achismos”.
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