A presidente afastada Dilma Rousseff pode sair do País depois que o processo de impeachment for votado. Segundo a coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a presidente pretende passar cerca de oito meses no exterior caso o afastamento se concretizar.
A
ideia não é ir muito longe e permanecer na América do Sul, como Chile
ou Uruguai, mas Dilma também não descarta visitar países europeus.
Enquanto
Dilma planeja sua viagem, caso seu afastamento seja definitivo,
parlamentares do PT vão recorrer à Comissão de Direitos Humanos a
Organização dos Estados Americanos (OEA) para tentar barrar o
impeachment.
Também de acordo com Mônica Bergamo,
os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih
Damous (PT-RJ) vão assinar uma petição que denuncia "um golpe", uma vez
que "a petista não responde a um processo criminal e que não já lei
anterior que defina como crime a conduta dela nos casos da pedalada."
O
documento, que também deve ser assinado por Dilma, na posição de
vítima, alega que a Justiça brasileira "lavou as mãos" sobre o caso. "O
STF se calou diante do assunto", diz um parlamentar que participou da
elaboração do documento.
Além
da ajuda internacional, a defesa da presidente ainda recorrerá por
aqui. José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma afirmou que
pedirá a nulidade do processo.
Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira (10), Cardozo questiona uma nova denúncia incluída no parecer final do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
"Ele [Anastasia] inclui uma nova acusação, de que a presidente da República não pagou desde 2008 [referente a pagamentos feitos no ano passado ao Banco do Brasil].
É claro que isso é uma alteração do libelo. Uma acusação que trará
nulidade a essa decisão de pronúncia hoje se for confirmada", disse
antes da conclusão da votação.
A continuidade do impeachment foi aprovada
na madrugada desta quarta pelo plenário do Srnado, por 59 votos a 21.
Com isso, a previsão é que o julgamento final de Dilma comece em 25 de
agosto.
Se os senadores decidirem nessa data cassar o mandato dela, o presidente em exercício, Michel Temer, segue no Palácio do Planalto até o fim do mandato, em 2018.
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