O cérebro, assim como todo o nosso organismo, precisa estar bem nutrido para funcionar de forma plena. Com uma alimentação balanceada, é possível turbinar a memória e melhorar o raciocínio e a concentração, além de proteger a nossa massa cinzenta contra doenças degenerativas relacionadas ao envelhecimento, como o Alzheimer. De tempos em tempos, pesquisadores de diversos cantos do mundo revelam descobertas acerca dos benefícios de alimentos nesse sentido. Conheça algumas delas abaixo:
Amoras e outras frutas vermelhas e arroxeadas
Uma pesquisa apresentada pela Universidade de Harvard, em 2014, mostrou que consumir pelo menos uma porção semanal de frutas vermelhas e arroxeadas ajuda a estender a vida útil da nossa capacidade cognitiva. Isso porque quanto maior o consumo de flavonóides, substâncias presentes nas frutas em geral, mais afiada se mostrou a memória dos participantes. E, quando provenientes das berries (grupo da qual fazem parte amoras, mirtilo e morango, entre outras), a relação mostrava-se ainda mais forte. Por apresentarem propriedades antioxidantes, essas frutas favorecem a circulação do sanguínea e interferem na atuação de neurotransmissores, o que deixa a nossa massa cinzenta mais afiada.
Alimentos que fazem bem ao cérebro© Foto: iStock Alimentos que fazem bem ao cérebro
Azeite extra-virgem
É inimigo potente das ADDLs, proteínas tóxicas relacionadas ao Alzheimer. No estágio inicial da doença, elas se acumulam nas células cerebrais, tornando-as incapazes de se comunicarem umas com as outras. O azeite extra-virgem contém oleocanthal, composto capaz de desativar as tais proteínas.
Café
Estimulante natural, o café ajuda a ficar mais alerta, é fato. Mas pesquisas mostram que os efeitos positivos da cafeína vão além. Um estudo da Universidade da Califórnia mostra que o consumo da bebida também beneficia a memória em longo prazo. Os mesmos pesquisadores também acreditam no poder protetor da cafeína contra o Alzheimer.
Espinafre e outros vegetais verde-escuros
Os vegetais verde-escuros contém vitaminas do complexo B, especialmente a B1 tiamina, B3 niacina, B6 piridoxina e B12 cobalamina, responsáveis por auxiliar na regulação da transmissão dos impulsos nervosos entre os neurônios. Esses vegetais também são ricos em vitamina E, cuja deficiência pode causar alteração no cerebelo, afetando o equilíbrio e a coordenação.
Maçã
Fonte principal de quercetina, uma substância antioxidante que defende as células do cérebro dos atentados de radicais livres. Perigosos, esses radicais podem danificar o revestimento dos neurônios, levando, eventualmente, ao declínio cognitivo. Lembre-se: a quercetina está mais concentrada na casca da fruta.
Nozes e chocolate
As nozes e outras sementes oleaginosas são boas fontes da antioxidante vitamina E, que estão relacionadas à diminuição da perda cognitiva. O chocolate também tem propriedades antioxidantes poderosas e contém estimulantes naturais como a cafeína, que ajuda na concentração. Cientistas suecos relataram ainda que consumi-lo parece diminuir o risco de AVC (acidente vascular cerebral) em mulheres. Isso porque o cacau contém flavonóides, substâncias capazes de diminuir o colesterol ruim, grande favorecedor das doenças cardiovasculares, entre elas o AVC.
Salmão
O peixe de águas frias é rico DHA (ácido docosahexaenóico), gordura ômega-3 predominante no cérebro, encontrada também em sardinhas e atum, conhecida por proteger contra o Alzheimer. O salmão também é fonte de vitamina D, nutriente cuja falta no organismo é associada ao declínio cognitivo — um estudo publicado em 2010 nos Archives of Internal Medicine revela que pessoas mais velhas com deficiência de vitamina D tem 40% mais chances de sofrer de perda de memória conforme a idade avança.
Fontes: Universidade da Califórnia (www.universityofcalifornia.edu); WebMD (webmd.com); Hospital Israelita Albert Einstein (www.einstein.br).
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