Organizadoras dos principais atos de rua contra o presidente Michel
Temer, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam
entidades ligadas aos movimentos sociais e centrais sindicais, vão
incluir o mote de 'Fora Temer" à pauta da greve geral, convocada para
acontecer na próxima sexta-feira, 30. As centrais também vão manter o
"Diretas Já" e o "não às reformas" trabalhista e previdenciária em
tramitação no Congresso como outros dois destaques para a mobilização.
No
manifesto batizado de Dia Nacional de Greve, Mobilizações e
Paralizações estão previstos atos como o trancamento de ruas e rodovias
importantes nas principais cidades brasileiras. Os organizadores não
revelam os locais das ações nem a expectativa de público.
Em
São Paulo está sendo organizado um ato na Avenida Paulista, com
concentração marcada para as 16h. Os manifestantes pretendem caminhar em
marcha da Paulista até a prefeitura de São Paulo, no Centro.
O
advogado Raimundo Bonfim, um dos coordenadores nacionais da Frente
Brasil Popular, disse que a marcha até a prefeitura de São Paulo é um
protesto contra o programa de privatizações e a postura de
"criminalização" dos moradores do Centro da cidade. "Já que o prefeito
João Doria quer entrar na pauta nacional, vamos colocá-lo no centro das
mobilizações de oposição", disse.
Para
o coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e
da frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, a denúncia contra o
presidente Michel Temer por corrupção passiva, apresentada nesta semana
pela Procuradoria Geral da República, reforça a necessidade de novas
mobilizações de rua.
"A denúncia do Ministério Público Federal
deixa claro a incapacidade deste governo de continuar. Não se trata
apenas de uma denúncia, mas de provas consistentes de crimes flagrantes.
Isso reforça a retomada das ruas no Brasil inteiro para a derrubada
desse governo e derrota de sua agenda política", disse.
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