O clareamento dental está entre os procedimentos estéticos mais
desejados dos brasileiros, afinal, um belo sorriso faz toda diferença
para a autoestima. Porém, conquistar a arcada dentária dos sonhos requer
muitos cuidados, começando pela orientação de um profissional. De
acordo o Censo da Odontologia, realizado pela Associação Brasileira da
Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares
e de Laboratórios (ABIMO) em 2014, cerca de 70% dos consultórios do
Brasil realizam de um a cinco clareamentos por mês.
O que muitas
pessoas não sabem é que antes de fazer o clareamento, seja em casa ou no
consultório, é preciso passar por uma avaliação completa da saúde da
boca. O presidente da Academia Brasileira de Odontologia Estética,
Carlos Loureiro Neto (CROSP 29722), alerta: “Caso o paciente resolva
aplicar algo em si sem o aval do profissional, ele pode sofrer vários
danos, desde uma desarmonia na coloração dos dentes, principalmente se a
pessoa possui restaurações, pois elas não clareiam como os dentes, até
problemas gengivais e dentários”.
Em casa ou no consultório?
Há
três formas de fazer o clareamento odontológico. A mais comum é a
realizada em casa, quando o paciente é orientado pelo dentista a usar
uma moldeira feita sob medida com um gel clareador. Essa modalidade de
tratamento pode ser feita de duas formas: por um tempo determinado
durante o dia ou a noite, ou enquanto a pessoa dorme. Outra opção é o
clareamento realizado em consultório. Nesse tipo de procedimento, o gel
utilizado tem uma concentração maior e deve ser manuseado apenas por
profissionais. As sessões são feitas a cada quatro ou cinco dias.
Também
é possível combinar as duas técnicas: utilizar a moldeira em casa e ir
ao consultório para a aplicação de géis mais fortes, o que acelera a
obtenção de resultados. “A tendência é usar géis menos concentrados, que
são os utilizados para o clareamento doméstico. É importante advertir
que a ciência não recomenda o uso de fontes de calor, como luzes ou
lasers para o clareamento”, afirma Carlos Loureiro.
Nem todos
podem fazer clareamento. O procedimento é contraindicado para pessoas
que fizeram quimioterapia e radioterapia há pouco tempo, menores de 18
anos, grávidas e lactantes. Também não é indicado para quem tem
xerostomia (boca seca). É possível fazer o clareamento uma vez por ano
com gel de concentração menor, apenas para estabilizar a cor. O que não
se pode fazer é usar os clareadores todo mês.
De acordo com o
dentista, o gel utilizado no tratamento caseiro possui propriedades que
agem de forma mais estável nas partículas que dão cor aos dentes, por
isso ele é o mais indicado. Estimar o tempo do tratamento é difícil,
pois o resultado depende também do metabolismo de cada pessoa. “É
importante que o paciente tenha uma excelente higiene bucal sempre, mas
principalmente durante o tratamento. Caso isso não ocorra o clareamento
pode ficar comprometido”, salienta o dentista.
Cuidados posteriores
Para
manter o novo sorriso, a pessoa precisa evitar o cigarro e ter cuidado
com o que ingere. Não é indicado consumir alimentos ácidos (que têm o pH
baixo) e que mancham os dentes, além de bebidas que têm o pH muito
baixo, como energéticos, refrigerantes, vinho e sucos em pó. “Tudo o que
você vê no seu prato, vai estar no seu dente. Por isso é importante não
exagerar em comidas e bebidas muito pigmentadas.
Durante o
tratamento (aplicação do gel) também há uma restrição alimentar de cerca
de três horas após a utilização da moldeira, o que é chamado de dieta
branca, na qual o paciente não deve ingerir alimentos pigmentados”,
esclarece Carlos Loureiro. Outras dicas para o clareamento durar o
máximo possível são: procurar sempre um profissional experiente, usar
produtos de ótima qualidade, seguir as recomendações do dentista e
respeitar os limites biológicos do dente (após determinado tom, não há
como clarear mais).
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