quinta-feira, 22 de junho de 2017

Senador que chamou Temer de corrupto tem 3º aliado demitido



Senador Hélio José (PMDB-DF) durante reunião deliberativa da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para apreciação do PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista - 20/06/2017 © Marcos Oliveira Senador Hélio José (PMDB-DF) durante reunião deliberativa da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para apreciação do PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista - 20/06/2017

Um dia depois de ter chamado o presidente Michel Temer (PMDB) de “corrupto”, após dois apadrinhados seus terem sido demitidos do governo federal por causa do seu voto contrário à reforma trabalhista em comissão do Senado, o senador Hélio José (PMDB-DF) viu outra aliada sua na administração ser demitida: Aline Rezende Peixoto perdeu o cargo de superintendente do Ibama no Distrito Federal.

A demissão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira. Na quarta-feira, um dia após o senador contrariar o governo, foram exonerados Vicente Ferreira, da Diretoria Planejamento e Avaliação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), e Nilo Gonsalves, que era superintendente do Patrimônio da União no Distrito Federal (SPU-DF).

Após as duas primeiras demissões, Hélio José partiu para o ataque ao governo Temer. “Nós não podemos permitir que o governo transforme votações em balcão de negócios. Esse governo está podre. Esse governo corrupto tinha que ter vergonha na cara e renunciar”, afirmou.

O peemedebista surpreendeu o governo ao votar contra o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Um texto alternativo, contra a reforma, do senador Paulo Paim (PT-RS) foi aprovado por 10 votos a 9.

“A reforma trabalhista é equivocada. Vem precarizar ainda mais as relações de trabalho. É inadmissível que um governo mergulhado nesse emaranhado de corrupção tome esse tipo de atitude de retaliação de quem quer fazer as coisas de forma adequada. É uma falta de consideração”, afirmou Hélio José na quarta-feira.”Não dá para ser coagido, chantageado, por causa de posto no governo.”

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