O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “a desgraça tomou
conta desse país” desde que o presidente Michel Temer assumiu o poder
após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Lula fez o ataque
direto a Temer no domingo à noite, durante a posse de Wagner Santana
como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do
Campo (SP). A semana pode ser decisiva para Lula, já que o juiz Sérgio
Moro pode, a partir da próxima quarta-feira, proferir a sentença contra
ele no caso do tríplex.
— Antes, toda desgraça era culpa do PT e
da Dilma. Então, demonizaram o partido e a presidenta, tiraram a Dilma,
colocaram o (Michel) Temer e o que aconteceu? Aí que a desgraça tomou
conta deste país — disse Lula, em discurso, citando o desemprego e
exortando os metalúrgicos a “não fecharem os olhos” para “reconquistarem
seu direito de cidadania”;
Lula fez o ataque direto a Temer após
a entrevista de Joesley Batista à revista “Época”, em que o dono da JBS
acusa Temer de chefiar “a quadrilha mais perigosa do Brasil’. Sem citar
as palavras de Joesley, que na mesma entrevista disse que a corrupção
foi institucionalizada a partir do governo do PT, Lula se referiu ao
governo Temer como “ditadura” e “governo ilegítimo”. E disse que Dilma,
“mesmo cometendo erros”, havia sido eleita.
No discurso, Lula
aproveitou para criticar as reformas, dizendo que “querem jogar a crise
do país em cima dos trabalhadores e dos aposentados”.
— Mas nós
temos que dizer a eles: ‘não tem que tirar direito de trabalhador e
aposentado. Temos que fazer a economia crescer, gerar emprego, aumentar
salários. Aí, a Previdência então vai dar conta — afirmou.
SENTENÇA PODE SAIR A PARTIR DE QUARTA
A
partir da próxima quarta-feira (21), o juiz federal Sergio Moro,
responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, poderá
proferir a qualquer momento sua sentença no processo em que Lula é réu
no processo do tríplex do Guarujá. O Ministério Público já apresentou
suas alegações finais, e a defesa de Lula tem até terça-feira para
apresentar suas alegações finais — a partir daí Moro pode dar a
sentença.
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