O site de VEJA apurou que a renúncia à defesa está ligada ao últimos acontecimentos. Joesley Batista, da JBS, gravou o presidente Michel Temer (PMDB) dando aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e mergulhou o Planalto numa crise sem precedentes.
O empresário teria afirmado a Temer que estava pagando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para eles ficarem calados.
Na Lava-Jato, Arns atuou na costura dos primeiros acordos de delação premiada de empreiteiros enrolados no petrolão. Arns tem equipe sediada em Curitiba e trabalhou também nas tentativas – frustradas – dos acordos de colaboração do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e do publicitário Ricardo Hoffmann, ligado ao deputado cassado André Vargas.
O ex-deputado Eduardo Cunha, do PMDB, está preso desde setembro, quando foi levado pela força tarefa da Lava Jato a Curitiba. Ele, agora, se mostra peça central no caso da JBS -que jogou o presidente Michel Temer no meio da crise.
Condenado
O ex-deputado Eduardo Cunha foi condenado pelo
juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato
na primeira instância, em Curitiba, a quinze e quatro meses de prisão
pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de
divisas. O processo se refere ao pagamento de propina milionária que
envolveu a compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela
Petrobras, em 2011.
Na decisão, o juiz titular da 13ª Vara Federal
do Paraná escreveu que Eduardo Cunha “traiu o seu mandato parlamentar” e
que a sua culpabilidade é “elevada”. “A responsabilidade de um
parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua
culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do
que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o
povo nele deposita para obter ganho próprio”, escreveu o magistrado.
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