O aumento de 32 para 48 seleções a partir da Copa do Mundo de 2026 irá consolidar o futebol nos países periféricos, onde a modalidade não é tão tradicional, segundo o presidente da Fifa Gianni Infantino.
Em
coletiva concedida horas depois do anúncio oficial da entidade
confirmando a mudança, o mandatário defendeu o novo formato, que o fez
vencer o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim al-Khalifa, seu principal
rival na eleição de fevereiro do ano passado.
“O novo formato traz
mais associações para participar da maior celebração do futebol. Temos
que moldar o futebol, vendo que ele é mais do que a Europa e a América
do Sul. O futebol é global. A febre do futebol em grandes partes do
mundo, que hoje não têm chances, é algo que estava no topo de nossas
ideias”, afirmou Infantino, que também prevê um alívio no calendário.
“Primeiro
coloquei a expansão da Copa no meu manifesto, com 40 equipes em oito
grupos de cinco, sendo oito jogos para o time que conquista a Copa, mas
chegamos a um formado melhor, porque ele reduz o número de jogos se
comparado ao inicial”, acrescentou.
A partir de 2026, 48 seleções
serão divididas em 16 grupos de três equipes, sendo que as duas melhores
colocadas avançarão para a disputa do mata-mata. A cobrança de pênaltis
definirá os classificados nas três primeiras etapas eliminatórias. As
prorrogações só serão jogadas nas semifinais e final. O tempo de disputa
da Copa do Mundo continuará sendo de 32 dias.
A expectativa é que
os continentes africano e asiático sejam os maiores beneficiados com o
inchaço da Copa. “Temos de ter um equilíbrio na questão esportiva. A
África, por exemplo, tem 54 representantes e apenas cinco vagas. São
questões que precisam ser revistas. É uma questão matemática, não apenas
uma opinião, são fatos”, argumentou o suíço.
O presidente da Fifa
afirmou que ainda não há uma definição de como serão repartidas as
novas vagas nas eliminatórias pelo mundo. A prioridade da entidade neste
momento é avaliar as candidaturas para receber o torneio antes de
anunciar a sede do Mundial de 2026 em maio deste ano. Os favoritos na
disputa são os Estados Unidos, que poderão anunciar uma candidatura
conjunta com México e Canadá.
“Não é necessário tomar essa decisão
agora. Vamos esperar esses quatro meses e pensar no processo de
candidatura. É importante definir como será a logística e quantos
estádios serão necessários para progredirmos”, concluiu.
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