SÃO PAULO - O ex-ministro Antônio Palocci pode revelar que dividiu um
terço das propinas provenientes da criação da Sete Brasil com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele teria revelado a informação
a seu advogado, segundo o jornal Valor Econômico, a quem informou a
intenção de se tornar um delator. "Não vou pagar essa pato sozinho",
disse.
A revelação sobre o esquema teria sido feita na última
quarta-feira (19), um dia antes do depoimento prestado ao juiz Sérgio
Moro, em Curitiba, no âmbito do processo a que o petista responde por
corrupção relacionado à Operação Lava Jato. A intenção de Palocci seria
saber a viabilidade de fechar um acordo de delação premiada com a PGR
(Procuradoria-Geral da República).
A intenção do ex-ministro dos
governos Lula e Dilma de revelar o que sabe sobre esquemas de corrupção
já teria sido informado a procuradores da força-tarefa. Segundo ele, o
ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, poderia confirmar a informação.
Duque, condenado a mais de 40 anos de prisão tenta se tornar um delator
há cerca de um ano.
A reportagem informa ainda que, além dos 33%
da propina que Palocci e Lula teriam dividido, os outros dois terços
restantes ficava com funcionários e operadores ligados à Petrobras e
executivos da Sete Brasil, respectivamente.
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