BRASÍLIA — O advogado Antônio Cláudio Mariz disse, depois de
protocolar a defesa do presidente Michel Temer, que a peça acusatória é
"uma peça de ficção" e desafiou o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, a provar as acusações.
Mariz vai enviar vídeo de três minutos a cada deputado explicando a denúncia de 98 paginas.
Ele disse que adoraria enfrentar Janot na CCJ, mas ponderou que sabe que essa figura não tem previsão no Regimento da Casa.
Após protocolar o documento, Mariz foi para uma reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Maia.
A
sustentação oral da defesa só vai acontecer depois do parecer do
relator da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Sérgio
Zveiter (PMDB-RJ), como é de praxe.
A partir do momento em que for
feita a sustentação oral, passará a contar um prazo de cinco sessões da
Câmara para que a CCJ se manifeste sobre a denúncia. O relator Sérgio
Zveiter (PMDB-RJ) deve apresentar seu parecer na próxima segunda-feira,
dia 10, conforme antecipou O GLOBO.
Em seguida a defesa se
pronunciará, e a expectativa é que haja um pedido de vista. Se isso se
confirmar, somente na quarta-feira, dia 12, seria retomado o assunto e
iniciado o debate, com previsão de mais de 40 horas de discussão.
Após
se reunir com todos os partidos, Pacheco decidiu dar a todos os 132
membros da CCJ — 66 titulares e 66 suplentes — o direito de discursar.
Cada um poderá falar por 15 minutos.
Além deles, outros 40
deputados que não integram a CCJ poderão debater o assunto também: 20
contra a denúncia e 20 a favor. Nesse caso, o tempo será de 10 minutos.
Afora o tempo concedido a líderes de partidos que o solicitarem.
Depois
do debate, o relator pode defender seu relatório por 20 minutos e a
defesa de Temer pode falar em seguida, também por 20 minutos.
Depois
de tudo isso, os deputados votam em painel nominal. Seguindo esse rito,
dificilmente a denúncia será votada na CCJ na próxima semana,
devendo-se a estender para a semana do dia 17 de julho.
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