Dicas para cuidar da pele durante a radioterapia e quimioterapia
As
mulheres podem e devem cuidar da beleza durante o tratamento de câncer.
Quem afirma são os especialistas. Segundo eles, apesar da fragilidade
do momento, alguns efeitos colaterais causados pelas medicações podem
ser minimizados se você souber quais os procedimentos adequados e
produtos indicados para cuidar da beleza.
E mais do que isso,
pode ajudar a manter a autoestima elevada se elas conseguirem cumprir
com rituais simples de fazer para recuperar pele, cabelos, pelos e
unhas, explica Dolores Gonzalez Fabra (CRM: 65154-SP), que é membro
especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Dicas para colocar em prática!
Você
sabia, por exemplo, que o azeite de oliva ajuda na hidratação dos
lábios [que ficam rachados e ressecados] e na recuperação das unhas,
enfraquecidas e quebradiças por conta do câncer? Além disso, que o creme
antienvelhecimento deve ter o uso cancelado e o de hidratação da pele
não deve conter ureia?
“Durante muito tempo o médico
dermatologista pedia para os pacientes com câncer esperar para cuidar do
corpo, sempre após a cura, com medo de receitar algo que interferisse
no tratamento oncológico, que de fato é um procedimento prioritário
mesmo. Acontece que é bem no momento do tratamento que essas pessoas
vivem um drama desesperador, soma-se a isso o medo do tumor com os
cabelos caindo, sobrancelha e cílios desaparecendo, surgimento de
espinhas, ganho de peso, cicatrizes e diversas patologias de pele, pois a
imunidade cai muito. E elas precisam também de respaldo sobre esses
assuntos, pois alguns danos são irreversíveis e deixam sequelas físicas e
emocionais”, defende a médica que começou a atender mulheres nessa
situação em 2004, num ambulatório montado por ela na faculdade de
medicina do ABC (FMABC), na grande São Paulo.
Desde então,
interessada em ajudar a levantar a autoestima dessas mulheres, Dolores
procurou aprender sobre oncologia e trocar conhecimentos com outros
médicos para introduzir esses cuidados durante o tratamento, a fim de
prevenir ou minimizar danos. “Vi que muitas mulheres ficavam deprimidas
também porque se sentiam destruídas fisicamente, às vezes eram
rejeitadas, mas também se excluíam e tinham a falsa impressão de que
foram os outros que a abandonaram, o que dificulta ainda mais o
tratamento oncológico. O que vou ensinar a seguir pode parecer simples e
pequeno, mas faz a diferença. É, sim, possível cuidar delas na vigência
do tratamento, desde que haja diálogo entre especialistas, aceitação e
parceria entre médicos. Isso vai fazer a diferença para as pacientes”,
defende a médica, que também é membro especialista da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
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