sábado, 14 de novembro de 2015

O perigo oculto dos mastigadores caninos feitos com couro animal

Pedigree

Assim como as crianças, os cães bebês também sofrem bastante com o início da dentição, sempre procurando algo para mastigar e aliviar aquela coceira que parece não ter fim. Para salvar os seus sapatos e móveis da destruição, os mastigadores caninos logo viram os melhores amigos dos donos. Porém, de acordo com o veterinário holístico Patrick Mahaney, em entrevista ao site Rover, escolher ossos feitos de couro animal pode apresentar riscos para o seu peludinho.

Momento da limpeza do objeto pode gerar riscos 
Mastigadores feitos com couro animal podem liberar substâncias tóxicas para seu cãozinho© Shutterstock Mastigadores feitos com couro animal podem liberar substâncias tóxicas para seu cãozinho
Aqueles famosos ossos feitos de couro, muito comuns em pet shops, costumam ser feitos a partir da camada interna do couro de vacas ou cavalos, que chegam às lojas já limpos e com uma coloração branca ou marrom. De acordo com o veterinário Patrick Mahaney, o grande perigo está justamente na limpeza desses materiais. 
Substâncias como peróxido de hidrogênio e de branqueamento, assim como corantes e conservantes como benzoato de sódio, são normalmente utilizados para limpar os mastigadores antes de serem levados para as lojas e podem afetar o organismo do seu cãozinho. "Os fabricantes estão usando conservantes químicos para garantir que o couro cru não estrague", explicou Mahaney, em entrevista ao site Rover.

Sempre olhe os rótulos das embalagens

Apesar dos fabricantes não serem obrigados a colocar nos rótulos os produtos utilizados para o tratamento do couro, o veterinário Patrick Mahaney afirma que a melhor forma de evitar que as substâncias tóxicas cheguem ao seu pet é verificando a embalagem dos produtos. Escolha sempre aquelas que garantam que o produto não contém conservantes.

Mastigadores também podem oferecer outros riscos ao pet

Além dos muitos produtos químicos utilizados para a limpeza e conservação, os mastigadores caninos ainda podem reservar outros riscos para seu melhor amigo. O couro animal pode ficar preso na garganta, causando asfixia, ou até mesmo se alojar no esôfago. Isso tudo além de oferecer riscos para os dentes do pet. "Mastigadores rígidos podem prejudicar os dentes. Normalmente eles amolecem com saliva, mas nem sempre", explicou o veterinário.
Para manter o seu melhor amigo saudável, o ideal é escolher mastigadores que não soltem partes e que sejam mais moles, além de delimitar um tempo de no máximo uma hora por dia para o cãozinho brincar com o objeto. 

93% dos brasileiros não acredita que país voltará a crescer com Dilma, revela pesquisa



InfoMoney (Bloomberg) 
© Foto: Bloomberg InfoMoney
O pessimismo do brasileiro com relação ao atual momento vivido pelo país e as condições de se superar a crise a curto e médio prazos cresceu vertiginosamente ao cabo de um ano. Na mesma linha que outros institutos de pesquisa de opinião têm apontado recentemente, um estudo realizado em conjunto pela Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) e TNS Brasil em outubro mostrou que 66% dos brasileiros acreditam que o quadro recessivo do país ainda vai piorar. O número supera em duas vezes o resultado de um ano atrás, quando a esperança por melhorias com relação ao crescimento da economia era de 38%.
De acordo com a pesquisa feita em outubro, 69% dos entrevistados agora também acreditam que o Brasil caminha na direção errada após as últimas medidas econômicas de ajuste fiscal. Só para se ter uma ideia, em 2004, a mesma avaliação era compartilhada por 24%. Porém, a variação é pequena em uma comparação com os dados dos meses de abril (65%) e julho (66%) deste ano. O pessimismo com relação ao futuro somou 11% em março, o que representa uma leve queda ante julho, quando ficou em 13%. A preocupação também apresentou poucas alterações, permanecendo no elevado patamar de 66% - dois pontos abaixo o percentual registrado em abril, mas um acima julho deste ano e nove dos números de outubro de 2014.
Maior pessimismo também foi visto na avaliação sobre o consumo das famílias. Em 2014, 35% dos entrevistados acreditavam em melhora, contra 30% esperavam a manutenção do cenário e 35% esperavam piora. Essa relação mudou para respectivos 12%, 19% e 62% em abril de 2015; 11%, 17% e 72% em junho; e, mais recentemente, em outubro, 11%, 23% e 72%. Movimento similar foi visto na percepção sobre o movimento da taxa de juros. Enquanto no ano passado 24% esperavam por uma melhora, 27% acreditavam na manutenção e 49% em piora, em outubro deste ano apenas 6% acreditam que a situação vá melhorar neste quesito, o grupo dos que esperam manutenção contou com 12% dos votos e a piora bateu a marca dos 82%.
Do lado da oferta de crédito, um ano atrás, 39% estavam otimistas, 37% nem tanto e 23% manifestaram posição pessimista. Em abril deste ano, a relação se deteriorou para respectivos 12%, 26% e 62%. Um mês depois, o pessimismo cresceu mais um tanto: 10%, 24% e 66%, respectivamente. Hoje, 68% dos entrevistados esperam piora na oferta de crédito para os próximos meses e apenas 11% revelaram um olhar mais positivo. A pesquisa ainda mostrou que 66% apontaram ter dívidas, sendo o cartão de crédito o principal vilão (73%). Quando questionados se estariam dispostos a tomar mais crédito, 82% dos entrevistados responderam que não. Entre os 18% que disseram que sim, a categoria de crédito consignado (36%) aparece como a opção preferida, seguida pelos automotivo (33%) e imobiliário (33%) empatados.
O endividamento, mostra a pesquisa da TNS Brasil, tem uma explosiva combinação com a piora do mercado de trabalho e o aumento da sensação de insegurança dos brasileiros com relação às condições de conseguir manter o emprego atual. Apenas 36% declararam-se seguros quanto à manutenção do emprego nos próximos meses, enquanto 28% negaram e 36% disseram que estão desempregados - fator que gera questionamento sobre o universo das entrevistas realizadas pela pesquisa. Conforme apresentou o CEO da companhia, James Conrad, em palestra realizada durante o 10º Simpósio Internacional Acrefi, a pesquisa foi feita no campo online, contou com 1000 entrevistas realizadas em todas as regiões do Brasil, com pessoas com idade entre 18 e 65 anos, sendo 51% mulheres e 49% homens.
Todo esse avanço de pessimismo certamente acabaria por desembocar sobre um crescente descrédito da presidente Dilma Rousseff em relação a parcelas cada vez mais expressivas da sociedade - incluindo seu eleitorado natural, altamente refratário ao ajuste fiscal proposto por sua equipe econômica e que vai de encontro ao que foi apresentado durante a campanha eleitoral do ano passado.  Neste quesito, o estudo revela que a confiança sobre a capacidade da petista reeleita em resolver cada uma das prioridades listadas apresentou trajetória de queda quase que ininterrupta de outubro de 2014 para cá. Quando questionados se a presidente conseguirá promover a recuperação do crescimento econômico, apenas 7% dos entrevistados responderam afirmativamente. Em julho, este número foi de 16%, enquanto em abril foi de 10%, e um ano atrás, 52%. Cenário similar é visto com relação à reforma política - cujo otimismo recuou de 43% em 2014 para 6% hoje -, infraestrutura - de 46% para 10% - e reforma tributária - de 38% para 6%.
A exceção ficou em dois quesitos, que tiveram leve respiro no comparativo de julho para cá, mas também se inserem em contexto dramático. O primeiro deles diz respeito à confiança na redução da taxa de juros. Após chegar a bater a mínima de 3% no início deste semestre, o indicador apresentou recuperação em outubro ao marcar 7%. No entanto, quando comparado com patamares de um ano atrás, a deterioração é expressiva: entre 5 e 14 de outubro do ano passado, a crença de que Dilma seria capaz de trazer a taxa de juros a níveis mais baixos era de 45%. O segundo quesito se refere à inflação: em 2014 a confiança em uma redução no avanço dos preços ao consumidor era de 46%. Em abril e junho ficou estável em 8%, enquanto no mês passado apresentou leve alta para ainda modestos 11%.
Depois da reforma política, o combate à inflação foi apontado pelos entrevistados como prioridade a ser combatida pela presidente, conforme apontou a pesquisa da consultoria TNS. A inflação, mostra o estudo, tem impactado no padrão de consumo de 90%, sendo lazer (84%), vestuário (80%) e alimentação (74%) as áreas mais afetadas pelas mudanças de hábitos dos entrevistados. Quando a pergunta é sobre o prazo de validade da crise, a maioria não soube responder tamanho clima de incertezas e pessimismo aflorado. Para 18%, as coisas melhorarão significativamente somente em 2018 - mesmo percentual daqueles que esperam mudanças significativas na segunda metade do ano que vem. É ver para crer. Quem dá mais? Enquanto isso não acontece, cada vez mais brasileiros acreditam em piora de situação financeira pessoal, padrão de vida, capacidade de fazer compras de casa e investimentos em carro ou casa. A crise atingiu um dos grandes pilares da economia brasileira dos últimos anos: a resiliência do consumo.

A crise torna inevitável aceitar um salário menor?



As equipes encolheram e os salários para as novas contratações também. “Antes da crise, as empresas estavam oferecendo remunerações até 20% maiores do que a média para fechar contratos com novos profissionais, hoje o que se vê são ofertas salariais que correspondem a 70% e 80% da média”, diz Marcelo Braga, sócio da Search RH.
Para ele, é a velha lei da oferta e da procura azedando as negociações acerca dos pacotes de remuneração. “Há exceções, claro, mas, em geral, com a crise a tendência é de redução nos salários”, diz.
Salário menor: lei da oferta e da procura© Creatas Images/Thinkstock Salário menor: lei da oferta e da procura
Com a estimativa de um milhão de postos de trabalho fechados nos últimos 12 meses, a disputa mais acirrada nos processos de recrutamento e seleção faz com que muitos profissionais aceitem rendimentos menores e até cortejem cargos hierarquicamente inferiores aos seus empregos anteriores.
Sim, há diretores voltando às cadeiras gerentes, gerentes disputando vagas de coordenadores e até gestores flertando com posições de especialista.
Situação inevitável para quem está desempregado? A necessidade dá o tom, obviamente. “Melhor reduzir do que ficar sem rendimento algum”, diz Braga. Para ele, repensar a pretensão de salário variável e negociar redução de salário fixo é o mais indicado caso esta seja a condição para uma recolocação no mercado. Ainda mais com previsões pessimistas já respingando em 2016. “Acredito que comece a melhorar apenas em 2017”, diz Braga.

Jogo de xadrez

Carlos Felicíssimo, sócio do Group4, compara a situação a um jogo de xadrez. De um lado o mercado e o julgamento de recrutadores em relação à inflexibilidade ou não dos executivos em aceitar pacotes menos robustos. Do outro, os profissionais que necessitam de uma recolocação ao mesmo tempo em que não querem perder ritmo no movimento crescimento na carreira. “Um receio dos recrutadores é que o executivo que aceitou um salário menor saia na primeira oportunidade mais vantajosa de mercado que bater à sua porta”, diz Felicíssimo. Já os profissionais, diz ele, se perguntam: por que a empresa pode me demitir quando ela quer mas, se eu saio após pouco tempo, eu me queimo? “No fim do dia, é claro que todo mundo joga para ganhar”, diz.
De acordo com ele, situação financeira e o potencial de carreira da posição devem ser levados em conta na tomada de decisão. Você vai usar esse cargo para ganhar uma carona até outro melhor ou ele traz uma possibilidade de crescimento em médio e longo prazo?

Arrogância ou baixa autoestima só atrapalham

O desconforto pode ser consequência direta da readequação, seja ela salarial e/ou de posicionamento de carreira. “Por isso profissional deve levar em conta que uma decisão deste tipo não deve ser tomada por impulso”, diz Braga.
Demostrar uma atitude arrogante por já ter ocupado cargos mais altos na hierarquia ou abaixar a cabeça envergonhado e deprimido por ter se sujeitado a um salário menor são armadilhas.
A dica do sócio da Search RH é continuar investindo em qualificação e assim, aumentar o valor do seu passe quando a tormenta dissipar. “A crise torna urgente o corte de custos mas não de investimentos. Educação é um investimento e vai trazer retorno”, diz Braga.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Sete hábitos que ajudam a conviver melhor com gastrite

Pratique exercícios para aliviar o estresse: O estresse é um importante fator desencadeante da gastrite. Contudo, 30 minutos de exercícios três vezes por semana já são suficientes para verificar os benefícios na redução do estresse. "Segundo estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Maryland, o exercício moderado ajuda as pessoas a lidar com a ansiedade e estresse por um longo período de tempo pós-treino, ajudando a amortecer os efeitos da exposição emocional. Ou seja, se você se exercita, não irá somente reduzir a ansiedade, mas terá mais condições de controlá-la quando confrontado com eventos que causam estresse", explica o psiquiatra Pérsio Gomes de Deus. De acordo com o especialista, os exercícios aeróbicos são os melhores para se espantar a tensão, mas é muito importante ter uma avaliação médica das condições cardiopulmonares e osteomusculares antes de começar as atividades. 
© Getty Images O estresse é um importante fator desencadeante da gastrite. Contudo, 30 minutos de exercícios três vezes por semana já são suficientes para verificar os benefícios na redução do estresse. "Segundo estudo realizado por pesquisadores da Faculdade…
"Aquela dor no estômago que não passa, que comendo ou não aparece e acaba com o dia." Esta descrição é bastante comum para quem sofre de gastrite - que é uma inflamação, infecção ou erosão do revestimento do estômago. A comida, a bebida, os temperos, o trabalho e até os pensamentos podem piorar ou melhorar os sintomas da gastrite. Confira sete dicas para passar pelas crises de gastrite e evitá-las:

Pratique exercícios para aliviar o estresse

O estresse é um importante fator desencadeante da gastrite. Contudo, 30 minutos de exercícios três vezes por semana já são suficientes para verificar os benefícios na redução do estresse.
"Segundo estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Maryland, o exercício moderado ajuda as pessoas a lidar com a ansiedade e estresse por um longo período de tempo pós-treino, ajudando a amortecer os efeitos da exposição emocional. Ou seja, se você se exercita, não irá somente reduzir a ansiedade, mas terá mais condições de controlá-la quando confrontado com eventos que causam estresse", explica o psiquiatra Pérsio Gomes de Deus. De acordo com o especialista, os exercícios aeróbicos são os melhores para se espantar a tensão, mas é muito importante ter uma avaliação médica das condições cardiopulmonares e osteomusculares antes de começar as atividades.

Faça refeições balanceadas

Faça refeições balanceadas: Cuidar da alimentação sempre é muito importante, mas para quem tem gastrite é essencial, uma vez que os alimentos e a dieta balanceada são importantes para evitar complicações graves. "A gastrite pode piorar para uma forma erosiva, ulcerada, causando sangramento do estômago - com vômitos sanguinolentos - e até perfuração do estômago", diz André Ibrahim David, coordenador do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Logo, a dieta balanceada funciona para que não se sobrecarregue o estômago de nenhuma maneira. 
© Getty Images Cuidar da alimentação sempre é muito importante, mas para quem tem gastrite é essencial, uma vez que os alimentos e a dieta balanceada são importantes para evitar complicações graves. "A gastrite pode piorar para uma forma erosiva, ulcerada, causando sangramento do estômago - com vômitos sanguinolentos - e até perfuração do estômago", diz André Ibrahim David, coordenador do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Logo, a dieta balanceada funciona para que não se sobrecarregue o estômago de nenhuma maneira. Cuidar da alimentação sempre é muito importante, mas para quem tem gastrite é essencial, uma vez que os alimentos e a dieta balanceada são importantes para evitar complicações graves. "A gastrite pode piorar para uma forma erosiva, ulcerada, causando sangramento do estômago - com vômitos sanguinolentos - e até perfuração do estômago", diz André Ibrahim David, coordenador do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Logo, a dieta balanceada funciona para que não se sobrecarregue o estômago de nenhuma maneira.

Abuse de alimentos que ajudam na digestão

Abuse de alimentos que ajudam na digestão: Os alimentos que são mais facilmente digeridos pelo estômago ajudam indiretamente no tratamento da gastrite, "uma vez que eles aumentam o PH do estômago, diminuem a acidez gástrica e não forçam o estômago a trabalhar muito", explica o gastroenterologista David. Dentre os alimentos que ajudam na digestão estão as frutas não ácidas, como a laranja lima, banana, maçã, mamão e pera, uma salada leve e sem muito tempero, couve, iogurte desnatado com probióticos, biomassa de banana verde, carnes magras, como as de peixe e frango e, no caso da carne vermelha, que esteja sem a capa de gordura e com poucas enervações. Outra dica é "tomar chá de alecrim ou hortelã 30 minutos antes de dormir, pois eles diminuem a acidez e a azia, ajudando na digestão; e o suco de aloe vera, que tem alto poder cicatrizante, ou seja, se a pessoa tem uma ferida ou úlcera estomacal ele ajuda a cicatrizar", diz Marcela Voris, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Lembre-se que é preciso comer a cada três horas para não ocasionar a piora dos sintomas.© Getty Images Os alimentos que são mais facilmente digeridos pelo estômago ajudam indiretamente no tratamento da gastrite, "uma vez que eles aumentam o PH do estômago, diminuem a acidez gástrica e não forçam o estômago a trabalhar muito", explica o gastroenterologista David. Dentre os alimentos que ajudam na digestão estão as frutas não ácidas, como a laranja lima, banana, maçã, mamão e pera, uma salada leve e sem muito tempero, couve, iogurte desnatado com probióticos, biomassa de banana verde, carnes magras, como as de peixe e frango e, no caso da carne vermelha, que esteja sem a capa de gordura e com poucas enervações. Outra dica é "tomar chá de alecrim ou hortelã 30 minutos antes de dormir, pois eles diminuem a acidez e a azia, ajudando na digestão; e o suco de aloe vera, que tem alto poder cicatrizante, ou seja, se a pessoa tem uma ferida ou úlcera estomacal ele ajuda a cicatrizar", diz Marcela Voris, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Lembre-se que é preciso comer a cada três horas para não ocasionar a piora dos sintomas. Os alimentos que são mais facilmente digeridos pelo estômago ajudam indiretamente no tratamento da gastrite, "uma vez que eles aumentam o PH do estômago, diminuem a acidez gástrica e não forçam o estômago a trabalhar muito", explica o gastroenterologista David. Dentre os alimentos que ajudam na digestão estão as frutas não ácidas, como a laranja lima, banana, maçã, mamão e pera, uma salada leve e sem muito tempero, couve, iogurte desnatado com probióticos, biomassa de banana verde, carnes magras, como as de peixe e frango e, no caso da carne vermelha, que esteja sem a capa de gordura e com poucas enervações. Outra dica é "tomar chá de alecrim ou hortelã 30 minutos antes de dormir, pois eles diminuem a acidez e a azia, ajudando na digestão; e o suco de aloe vera, que tem alto poder cicatrizante, ou seja, se a pessoa tem uma ferida ou úlcera estomacal ele ajuda a cicatrizar", diz Marcela Voris, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Lembre-se que é preciso comer a cada três horas para não ocasionar a piora dos sintomas.

Selecionar bem os temperos

Selecionar bem os temperos: O excesso de sal está relacionado a diversos problemas de saúde, como a hipertensão e a retenção hídrica que, na "questão da digestão, aumenta o estimulo do esfíncter esofagiano, fazendo com que se tenha mais azia e queimação, o que podem piorar os sintomas da gastrite", explica Marcela. A especialista recomenda fazer um tempero verde, uma mistura de salsinha e cebolinha com sal light - que tem uma quantidade reduzida de sódio. Também pode usar o sal iodado e o sal rosa, que em menores quantidades salgam mais o alimento, em comparação com o sal convencional. Já os temperos apimentados devem ser evitados uma vez que eles, sendo termogênicos, estimulam a mucosa gástrica, o que pode causar irritabilidade.© Getty Images O excesso de sal está relacionado a diversos problemas de saúde, como a hipertensão e a retenção hídrica que, na "questão da digestão, aumenta o estimulo do esfíncter esofagiano, fazendo com que se tenha mais azia e queimação, o que podem piorar os sintomas da gastrite", explica Marcela. A especialista recomenda fazer um tempero verde, uma mistura de salsinha e cebolinha com sal light - que tem uma quantidade reduzida de sódio. Também pode usar o sal iodado e o sal rosa, que em menores quantidades salgam mais o alimento, em comparação com o sal convencional. Já os temperos apimentados devem ser evitados uma vez que eles, sendo termogênicos, estimulam a mucosa gástrica, o que pode causar irritabilidade. O excesso de sal está relacionado a diversos problemas de saúde, como a hipertensão e a retenção hídrica que, na "questão da digestão, aumenta o estimulo do esfíncter esofagiano, fazendo com que se tenha mais azia e queimação, o que podem piorar os sintomas da gastrite", explica Marcela. A especialista recomenda fazer um tempero verde, uma mistura de salsinha e cebolinha com sal light - que tem uma quantidade reduzida de sódio. Também pode usar o sal iodado e o sal rosa, que em menores quantidades salgam mais o alimento, em comparação com o sal convencional. Já os temperos apimentados devem ser evitados uma vez que eles, sendo termogênicos, estimulam a mucosa gástrica, o que pode causar irritabilidade.
 

Atenção para a preparação das carnes

Atenção para a preparação das carnes: As carnes normalmente demoram para serem digeridas, fazendo com que o esvaziamento gástrico fique mais lento, o que pode acabar piorando os sintomas da gastrite. Por isso, vale a dica dos especialistas de escolher sempre carnes magras, com poucas gorduras, e prepará-las grelhadas, cozidas ou assadas - jamais fritas. Também prefira as versões sem molhos ou óleos para ajudar na digestão. Além disso, "mastigar bem a carne, comer devagar, é essencial para facilitar o trabalho do estômago e ajudar no esvaziamento gástrico", diz o gastroenterologista David.© Getty Images As carnes normalmente demoram para serem digeridas, fazendo com que o esvaziamento gástrico fique mais lento, o que pode acabar piorando os sintomas da gastrite. Por isso, vale a dica dos especialistas de escolher sempre carnes magras, com poucas gorduras, e prepará-las grelhadas, cozidas ou assadas - jamais fritas. Também prefira as versões sem molhos ou óleos para ajudar na digestão. Além disso, "mastigar bem a carne, comer devagar, é essencial para facilitar o trabalho do estômago e ajudar no esvaziamento gástrico", diz o gastroenterologista David. As carnes normalmente demoram para serem digeridas, fazendo com que o esvaziamento gástrico fique mais lento, o que pode acabar piorando os sintomas da gastrite. Por isso, vale a dica dos especialistas de escolher sempre carnes magras, com poucas gorduras, e prepará-las grelhadas, cozidas ou assadas - jamais fritas. Também prefira as versões sem molhos ou óleos para ajudar na digestão. Além disso, "mastigar bem a carne, comer devagar, é essencial para facilitar o trabalho do estômago e ajudar no esvaziamento gástrico", diz o gastroenterologista David.

Cuidado com o leite

Cuidado com o leite: O leite, principalmente a versão integral, é uma verdadeira armadilha para quem tem gastrite. "Ele dá uma sensação de melhora no momento que você toma, mas como o leite é muito rico em cálcio, acaba estimulando a produção de ácido do estômago e com isso o paciente tem uma piora depois de ter melhorado um pouco", afirma David. Os sintomas podem aparecer com qualquer quantidade de leite porque, dependendo do grau da gastrite, mesmo uma pequena porção pode desencadear os sintomas. 
© Getty Images O leite, principalmente a versão integral, é uma verdadeira armadilha para quem tem gastrite. "Ele dá uma sensação de melhora no momento que você toma, mas como o leite é muito rico em cálcio, acaba estimulando a produção de ácido do estômago e com isso o paciente tem uma piora depois de ter melhorado um pouco", afirma David. Os sintomas podem aparecer com qualquer quantidade de leite porque, dependendo do grau da gastrite, mesmo uma pequena porção pode desencadear os sintomas. O leite, principalmente a versão integral, é uma verdadeira armadilha para quem tem gastrite. "Ele dá uma sensação de melhora no momento que você toma, mas como o leite é muito rico em cálcio, acaba estimulando a produção de ácido do estômago e com isso o paciente tem uma piora depois de ter melhorado um pouco", afirma David. Os sintomas podem aparecer com qualquer quantidade de leite porque, dependendo do grau da gastrite, mesmo uma pequena porção pode desencadear os sintomas.

Medicamentos x Automedicação

Medicamentos x Automedicação: A medicação para gastrite deve ser indicada após o diagnóstico do problema, que é feito pela história e quadro clínico, exame físico e confirmado por endoscopia. "O tratamento dura de dois a três meses, dependendo do grau da gastrite, e o remédio pode ser administrado de uma a duas vezes por dia. Depois deste período, o médico poderá solicitar uma nova endoscopia e recomendar que o paciente utilize uma dose menor da medicação, para manutenção", afirma David. Além disso, durante a endoscopia será investigada a presença de uma bactéria, a Helicobacter pylori, pois ela está relacionada à formação de úlceras estomacais e precisa ser tratada com antibióticos. "É importante lembrar que a gastrite é uma lesão prévia e eventual que se persistir pode virar uma úlcera", alerta o gastroenterologista. E justamente por isso a automedicação é tão perigosa, por mascarar os sintomas de um paciente que pode ter uma úlcera. "Por vezes é necessário fazer uma biópsia nesta úlcera, pois ela pode ser um tumor, que precisa de tratamento cirúrgico e, se não tratado, pode ter complicações como a metástase", completa.© Getty Images A medicação para gastrite deve ser indicada após o diagnóstico do problema, que é feito pela história e quadro clínico, exame físico e confirmado por endoscopia. "O tratamento dura de dois a três meses, dependendo do grau da gastrite, e o remédio pode ser administrado de uma a duas vezes por dia. Depois deste período, o médico poderá solicitar uma nova endoscopia e recomendar que o paciente utilize uma dose menor da medicação, para manutenção", afirma David. Além disso, durante a endoscopia será investigada a presença de uma bactéria, a Helicobacter pylori, pois ela está relacionada à formação de úlceras estomacais e precisa ser tratada com antibióticos. "É importante lembrar que a gastrite é uma lesão prévia e eventual que se persistir pode virar uma úlcera", alerta o gastroenterologista. E justamente por isso a automedicação é tão perigosa, por mascarar os sintomas de um paciente que pode ter uma úlcera. "Por vezes é necessário fazer uma biópsia nesta úlcera, pois ela pode ser um tumor, que precisa de tratamento cirúrgico e, se não tratado, pode ter complicações como a metástase", completa. A medicação para gastrite deve ser indicada após o diagnóstico do problema, que é feito pela história e quadro clínico, exame físico e confirmado por endoscopia. "O tratamento dura de dois a três meses, dependendo do grau da gastrite, e o remédio pode ser administrado de uma a duas vezes por dia. Depois deste período, o médico poderá solicitar uma nova endoscopia e recomendar que o paciente utilize uma dose menor da medicação, para manutenção", afirma David. Além disso, durante a endoscopia será investigada a presença de uma bactéria, a Helicobacter pylori, pois ela está relacionada à formação de úlceras estomacais e precisa ser tratada com antibióticos. "É importante lembrar que a gastrite é uma lesão prévia e eventual que se persistir pode virar uma úlcera", alerta o gastroenterologista. E justamente por isso a automedicação é tão perigosa, por mascarar os sintomas de um paciente que pode ter uma úlcera. "Por vezes é necessário fazer uma biópsia nesta úlcera, pois ela pode ser um tumor, que precisa de tratamento cirúrgico e, se não tratado, pode ter complicações como a metástase", completa.

Mantega ajudou empresário 'amigo' a fraudar processos no Carf, diz MPF


Relatório do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega nomeou integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para ajudar um empresário amigo a fraudar um processo em tramitação no órgão – espécie de “tribunal” que avalia débitos de grandes contribuintes com a Receita Federal. 
Os indícios colhidos pela Procuradoria da República no Distrito Federal embasaram decisão da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, que na última quarta-feira, 11, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro – ele chefiou a Fazenda de março de 2006 a dezembro do ano passado. Também foram ordenadas as mesmas medidas em relação à Coroado Administração de Bens, empresa de consultoria e negociação de imóveis em nome do petista. A decisão, do juiz Vallisney de Souza Oliveira, ordena a abertura dos dados entre janeiro de 2011 e outubro deste ano.
Ao pedir as quebras, o MPF se baseou em trocas de mensagens e interceptações telefônicas entre os envolvidos no esquema de corrupção do “tribunal da Receita”, investigado na Operação Zelotes. O objetivo é, a partir dos dados, avaliar se houve eventual recebimento de “vantagem indevida” por Mantega, o que configuraria a prática de crime de corrupção passiva.
Mantega culpa cenário externo, seca e feriados pela retração do PIB: O ministro da Fazenda comentou que a política monetária restritiva adotada pelo BC para combater a inflação deve gerar um impacto negativo de 0,7 ponto porcentual do PIB em termos anualizados© Fornecido por Estadão O ministro da Fazenda comentou que a política monetária restritiva adotada pelo BC para combater a inflação deve gerar um impacto negativo de 0,7 ponto porcentual do PIB em…
Relatório

Conforme o relatório obtido pelo Estado, o ex-ministro nomeou em julho de 2011 Valmar Fonseca de Menezes para a 1ª Turma Ordinária da Primeira Câmara do Carf. Depois, teria manobrado para que ele e o conselheiro José Ricardo da Silva – outro investigado na Zelotes , atualmente preso por suposto envolvimento na “compra” de medidas provisórias – fossem alçados à Câmara Superior Superior do órgão.
Mantega teria agido por influência do empresário italiano Victor Garcia Sandri, que seria seu amigo. Depois das nomeações, supostamente com a ajuda dos conselheiros, o Grupo Comercial de Cimento Penha, que pertente ao empresário, conseguiu abater débito de R$ 106 milhões em julgamento no Carf.
“A partir de negociatas ilícitas, o grupo criminoso em questão, poucos meses antes do julgamento em testilha, logrou inserir pelo menos dois novos conselheiros na Câmara Superior do Carf. (...) Cumpre salientar a existência de substanciais elementos de informação que denotam a participação do então ministro da Fazenda”, argumentou o procurador da República Frederico Paiva.
No relatório, o MPF diz que Mantega chegou a se reunir com Menezes em 6 de junho de 2011, um mês antes de sua nomeação. O encontro teria sido articulado por Sandri e outros investigados. Num e-mail enviado a Sandri, José Ricardo diz que “V” (suposta referência a Valmar) foi chamado pela “Amiga” (suposta referência a Mantega).
Dias depois, José Ricardo envia outro e-mail para Menezes, explicando que Sandri, citado como “Italiano”, usaria sua influência para emplacá-lo no cargo. “Dissemos peremptoriamente ao Italiano que sua atuação na 1ª (Câmara) é a única chance que ele tem para solucionar a questão específica. Ele concordou e vai levar isso à Amiga”, diz o texto.
Na mensagem, José Ricardo afirma que Otacílio Cartaxo, ex-chefe da Receita, identificado como “Carteiro”, tinha outro nome para o posto, mas que prevaleceria a vontade de Sandri. “O Italiano achou estranho o fato de o Carteiro ter dito que já tinha outro nome para a 1ª. E ficou muito aborrecido com o fato de o Carteiro estar duvidando da real influência que ele, Italiano, teria junto à Amiga”, escreveu. Ao fim, José Ricardo diz que quem definiria a questão seria o próprio empresário: “O cargo é dele (Sandri), independentemente da posição do Carteiro”.
Menezes foi nomeado para a Câmara Superior em julho de 2011 e José Ricardo, em novembro daquele ano. Referências à influência de Sandri sobre Mantega também aparecem em diálogos do ex-conselheiro Paulo Cortez, outro investigado.
Há fundados indícios de que Guido Mantega, ao nomear os conselheiros José Ricardo e Valmar Menezes, fê-lo com o objetivo de satisfazer interesses pessoais de Victor Garcia Sandri, e não de atender o interesse público”, alegou o MPF.
Em sua decisão, o juiz Vallisney justifica que, “diante do liame” entre os envolvidos, “é necessário apurar se a finalidade das nomeações pelo então ministro, no contexto em que se deram, tiveram realmente o fito de influenciar no julgamento do aludido processo administrativo fiscal”.

Violência

O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, disse que as quebras de sigilo são “uma violência inominável”. Ele argumentou que não há nada nas investigações que justifique o afastamento dessas garantias constitucionais, que só caberia em casos muito excepcionais.
O advogado afirmou que a escolha de conselheiros do Carf é feita por uma comissão de notáveis do governo e que cabe ao ministro da Fazenda apenas assinar as portarias de nomeação. “O ministro não apita. Só oficializa”, alega. Ele acrescentou que Mantega não tem qualquer conhecimento sobre o processo da Cimento Penha no Carf.
Batochio explicou que, há mais de 20 anos, Mantega vendeu um terreno para Sandri, que pagou com imóveis construídos na área. Depois disso, assegurou, os dois não tiveram mais relações comerciais. Ele também negou vínculo de amizade entre os dois, apesar de alguns episódios noticiados pela imprensa indicarem a proximidade. No carnaval de 2007, Mantega foi feito refém num assalto num sítio em Ibiúna (SP) que pertence a Sandri.
Batochio afirmou que Mantega não tem qualquer preocupação com a quebra de seus sigilos e que os dados vão demonstrar que ele não obteve qualquer valor suspeito. “Mas quem vai reparar o dano de imagem (do ex-ministro) quando se demonstrar que ele não recebeu nada?”, questionou. “Isso (os apontamentos do MPF) são ilações gratuitas. Está na hora de o Brasil deixar de ser o País do talvez, do quem sabe”, acrescentou.
Mantega não respondeu a pedido do Estado para informar a lista de clientes de sua empresa, aberta em agosto deste ano. Sandri negou que tenha atuado para emplacar conselheiros e fraudar processo no Carf. Ele alegou que o processo de nomeação no órgão segue uma liturgia que não permite influências como a descrita no relatório do MPF. "O meu relacionamento com o Mantega não permitiria uma conversa dessas. É uma pessoa muito digna. Mandaria me prender", declarou. "Nunca tive autonomia para colocar alguém no Carf", acrescentou.
O empresário afirmou que as quebras de sigilo vão demonstrar que não houve pagamento de propina de sua parte no "tribunal" da Receita: "Prisão perpétua se paguei ou recebi algo de alguém".
Sandri disse ainda que não é amigo de Mantega. Explicou que o conhece desde a época em que fizeram negócio e mantêm um relacionamento "casual". No carnaval de 2007, segundo ele, Mantega apenas aceitou um convite para jantar em sua casa. "Não tem amizade. Tem respeito", ressaltou. "Nem tenho o telefone dele."
A defesa de José Ricardo informou que as acusações são "improcedentes", o que "será demonstrado no momento oportuno". O Estado não conseguiu contatar Valmar Menezes.

Justiça condena INSS a pagar diferença de aposentadorias com erro


O Ministério Público Federal no Espírito Santo obteve na Justiça a condenação do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para revisão da concessão de aposentadoria dos segurados no Estado que tiveram benefício calculado com erro. A sentença determina ainda que sejam pagos os valores atrasados. O montante é referente a fevereiro de 1994 (governo Itamar Franco), quando a instituição não aplicou a correção do Índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM), no porcentual de 39,67%, ocorrida no mês anterior.
As informações foram divulgadas no site da Procuradoria-Geral da República nesta quarta-feira, 4.(O número do processo para consulta no site da Justiça Federal é: www.jfes.jus.br///2003.50.01.010887-4)
A sentença já está em fase de cumprimento. Até aqui, já foram ajuizadas execuções em favor de 80 beneficiários. O total de pessoas com saldo a receber pode chegar a quatro mil. Nas execuções já ajuizadas, o valor a ser recebido pelos beneficiários varia de R$ 44,08 a até R$ 170.164,88.
Acordo Com o objetivo de simplificar o pagamento dos valores devidos, o Ministério Público Federal no Espírito Santo, o INSS e a Justiça Federal firmaram acordo para que a execução da sentença ocorra coletivamente, ou seja, não haverá a necessidade de que cada beneficiário tenha um advogado para requerer individualmente o pagamento.
O INSS realizou a revisão dos valores e está convocando os beneficiários com montante a receber por meio de carta.
Caso o beneficiário já tenha falecido, aí sim o dependente deverá requerer o pagamento por meio de advogado ou da Defensoria Pública da União (DPU).
O telefone da Justiça Federal para tirar dúvidas sobre a ação é o 27-3183-5237 e o atendimento é feito das 12hs às 17hs.
A sentença obtida é resultado de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo, em setembro de 2003, com o objetivo de averiguar a conduta do INSS. O erro se deu no período em que houve uma mudança na moeda e os salários foram convertidos de cruzeiros reais para Unidade Real de Valor (URV). A diferença que agora começa a ser paga pelo INSS será corrigida para preservar o valor econômico do benefício.

COM A PALAVRA, O INSS:

“Trata-se de uma ação conhecida pelo Instituto que determina a revisão judicial para aqueles beneficiários do estado do Espírito Santo que não assinaram, à época, o termo de acordo para a revisão administrativa processada pelo INSS (ficou conhecida como Revisão do IRSM).
A ação, que é antiga, abrange, portanto, um número reduzido de processos diante do montante já revisado. O INSS, por meio da Advocacia-Geral da União, exigiu que as execuções do julgado na ação sejam individuais e, ao tempo em que elas forem ocorrendo, o Instituto adotará as medidas judiciais cabíveis.”

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O que a ciência diz sobre Moisés, as dez pragas, o êxodo e a travessia do Mar Vermelho


Cientistas investigam há décadas se episódios bíblicos de fato ocorreram.© Foto: Fornecido por BBC Cientistas investigam há décadas se episódios bíblicos de fato ocorreram. Uma das principais figuras religiosas do mundo, o profeta Moisés e sua história fundamentam há séculos a fé de bilhões de pessoas – e intrigam cientistas em igual medida.
A Bíblia diz que Moisés foi escolhido por Deus para liderar a saída dos hebreus do Egito, onde eram escravos, rumo à terra prometida de Canaã. Após o reino ser atingido pelas dez pragas, o faraó Ramsés 2º admite sua libertação, pedida por Moisés.
Durante o êxodo, um dos momentos mais marcantes, segundo o relato bíblico, é a abertura do Mar Vermelho pelo profeta para que seu povo fugisse da perseguição do faraó, que havia se arrependido de sua decisão. É nesta jornada que Moisés recebe de Deus as tábuas dos dez mandamentos.
Após vagar 40 anos no deserto, os hebreus chegam a seu destino, mas Moisés falece no fim do caminho, depois de avistar Canaã ao longe.
Esta história está na base não só do Cristianismo, como também do Judaísmo, e Moisés também é reconhecido pelo Islamismo e outras religiões.
Ela também inspirou diversas interpretações artísticas no cinema, no teatro e na televisão. Entre as produções mais recentes, está o filme Êxodo: Deuses e Reis (2014), dirigido por Ridley Scott. Atualmente no ar, a novela Os Dez Mandamentos, da TV Record, vem atraindo o interesse do público brasileiro e obtendo altos índices de audiência para a emissora.
De forma inédita, o folhetim foi líder de audiência na Grande São Paulo durante a exibição de todo o capítulo em que Moisés abre o Mar Vermelho, na última terça-feira, com pico de 31 pontos no Ibope e média de 28,1 pontos (cada ponto equivale a 67 mil domicílios), tornando-se o programa mais visto no país neste dia.
Estes resultados fizeram a Record anunciar uma segunda novela bíblica para substituir a atual produção e uma continuação de Os Dez Mandamentos para o próximo ano.
Mas seria o texto bíblico ficção ou um reflexo de fatos históricos? Seus acontecimentos têm correspondência em registros históricos desta sociedade antiga? Quais evidências foram encontradas em investigações científicas realizadas ao longo das últimas décadas?

Dilma responsabiliza Samarco por desastre em Mariana

Dilma responsabiliza Samarco por desastre em Mariana e anuncia multa estimada em R$250 mi


Reuters

© Fornecida por Reuters
A presidente Dilma Rousseff responsabilizou nesta quinta-feira a mineradora Samarco pelo desastre provocado com o rompimento de duas barragens operadas pela empresa em Mariana (MG) e anunciou uma multa "preliminar" de 250 milhões de reais à companhia.
Em entrevista a jornalistas em Governador Valadares (MG), depois de sobrevoar a área afetada pela lama que veio das barragens, Dilma disse ainda que a Samarco precisa ser responsabilizada pela falta de atendimento à população, pela reconstrução da região e que pode sofrer outras multas, além da que será aplicada pelo Ibama estimada em 250 milhões de reais.
"Essas multas são preliminares, poderão ainda ser contemplados vários outros tipos de multa, mas, além disso, tem as indenizações, tanto à União quanto aos Estados, o Estado de Minas Gerais e o Estado do Espírito Santo, quanto as comunidades", disse Dilma aos jornalistas.
A presidente disse que a multa se deve ao fato de a Samarco, uma joint venture entre a brasileira Vale (VALE5.SA) e a anglo-australiana BHP Billiton (BHP.AX), ter descumprido várias leis.
"Estamos empenhados em responsabilizar quem tem de ser responsável: a empresa privada Samarco, uma empresa grande, que tem como sócias a Vale e a BHP", disse.
"As empresas têm de ser responsabilizadas por várias coisas: primeiro, pelo atendimento emergencial da população; segundo, pela busca de soluções mais estáveis e perenes; terceiro, pela reconstrução e capacidade de resolver os problemas da vida de cada um afetado por esse desastre."
Dilma disse ainda que entre os motivos para a multa estimada em 250 milhões de reais estão a poluição gerada no Rio Doce pelo rompimento das barragens com riscos à saúde humana, lançamento de resíduos no meio ambiente fora dos padrões previstos em lei, tornar área rural ou urbana imprópria para a ocupação humana e provocar poluição hídrica que leve à interrupção do abastecimento de água.
O rompimento de duas barragens de uma mina de minério de ferro da Samarco, em Mariana, fez com que um mar de lama com rejeitos da mineração destruísse o distrito de Bento Rodrigues, na cidade mineira, matando pelo menos oito pessoas e deixando mais de 20 pessoas desaparecidas e centenas desabrigadas.
Além disso, a onda de lama chegou ao Rio Doce, provocando a interrupção do fornecimento de água de cidades que captam água do rio, como Governador Valadares. A onda de lama está descendo o rio e deve impactar no abastecimento de cidades do Espírito Santo, como Colatina, que também será visitada por Dilma ainda nesta quinta-feira.
(Reportagem da Reuters TV)

Cunha usou nome da mãe como senha



As alegações do presidente da Câmara dos Deputados vão ser entregues ao Conselho de Ética da Casa.© Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo As alegações do presidente da Câmara dos Deputados vão ser entregues ao Conselho de Ética da Casa.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), forneceu o nome da mãe como contrassenha a ser usada em consultas ao banco suíço Julius Baer. A informação consta dos documentos de abertura da conta Triumph-SP, uma das quatro atribuídas ao deputado pela Procuradoria-Geral da República. Para investigadores envolvidos no caso, trata-se de mais um indicativo de que os recursos no exterior eram diretamente controlados pelo peemedebista.
Entre os procedimentos de segurança, o banco exige que o cliente responda a uma pergunta secreta, definida no momento da criação da conta. Ela serve para acessar o serviço de helpdesk (suporte técnico).
A questão escolhida na abertura da Triumph-SP foi “O nome de minha mãe”. A resposta a ser dada, preenchida numa das fichas de abertura, era “Elza”. O deputado é filho de Elza Cosentino da Cunha.
Registro. Documento do banco na Suíça mostra o nome da mãe de Eduardo Cunha como ‘pergunta secreta’© Fornecido por Estadão Registro. Documento do banco na Suíça mostra o nome da mãe de Eduardo Cunha como ‘pergunta secreta’
Para os investigadores, o uso de informações pessoais para acessar a conta enfraquece os argumentos de Cunha, que desde a semana passada afirma não ter ingerência sobre os valores nela depositados.
Em entrevista ao Estado, publicada no sábado passado, o presidente da Câmara afirmou ter repassado recursos de seus negócios no exterior, entre eles a venda de carne enlatada na África, para agentes fiduciários, os quais seriam os responsáveis pela administração dos ativos.
A Triumph-SP seria uma conta de truste, ou seja, uma conta de “confiança”, gerida por terceiros com autorização do deputado. “Contratei o truste, os ativos passaram para o truste, para sua gestão. Sou o beneficiário em vida, como se eu fosse ‘usufrutuário’ do bem”, disse Cunha.

Conselho de Ética

As alegações do presidente da Câmara dos Deputados vão ser entregues ao Conselho de Ética da Casa, que abriu processo para avaliar se ele mentiu, em março deste ano, ao afirmar perante a CPI da Petrobrás que não tinha contas no exterior.
A defesa foi considerada “inconsistente” e “desastrosa” pela oposição. Em reação às explicações, a bancada do PSDB na Casa anunciou nesta quarta-feira, 11, o rompimento com deputado, após hesitar por várias semanas sobre qual posição assumir.
O Ministério Público da Suíça contesta a versão do presidente da Câmara, argumentando que há provas de que ele é o responsável pelas contas e que os depósitos têm origem ilícita. Para as autoridades daquele país, há ainda indícios de lavagem de dinheiro nas operações financeiras.
A Triumph-SP, aberta em 2007 em Genebra, foi encerrada em maio do ano passado, dois meses após a deflagração da Operação Lava Jato, com a transferência de US$ 246 mil para outra conta.
Questionado, o presidente da Câmara afirmou que não reconhece o documento citado pela reportagem. “Não tem qualquer assinatura minha. E não sei o que se trata”, disse o deputado ao Estado.

Inflação e crise expulsam classe média brasileira do paraíso



© Paul Kiernan/The Wall Street Journal
Quando a energia elétrica chegou à favela Santa Marta, às sombras da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a moradora Cândida Oliveira Silva, que há tempos vive lá, ficou feliz por receber a conta de luz.
Para a dona de casa de 52 anos, ela significava ter um comprovante de endereço e poder “se sentir cidadã” pela primeira vez. Mas, nos últimos meses, tem significado também reduzir todo tipo de despesa, mesmo as mais básicas. A redução dos subsídios e a seca que atinge várias regiões do país fez com que sua conta mensal subisse para R$ 280, quase cinco vezes mais do que era há um ano.
“Eu não posso mais viajar, não posso mais pagar para comer fora nem mesmo num restaurante simples”, diz ela. A inflação em alta e a forte desvalorização do real já aniquilaram qualquer chance de ela visitar sua filha que mora em San Francisco, nos Estados Unidos.
A dificuldade que Silva enfrenta para manter seu padrão de vida em meio ao aumento dos preços mostra como a crise econômica que vem se agravando tem prejudicado a classe média do país.
O nível de desemprego nas áreas urbanas subiu para 7,6% em setembro, que juntamente com agosto é a maior taxa em cinco anos. Na média, os economistas esperam que o produto interno bruto recue 3,1% este ano e 1,9% no próximo, de acordo com a pesquisa semanal mais recente feita pelo Banco Central do Brasil. A inflação, que se aproxima da taxa de 10% ao ano, tem forçado as classes mais baixas a deixarem de comprar carne e o BC a elevar as taxas de juros. Esforços desorganizados do governo para conter o crescente déficit do orçamento resultaram em aumentos de impostos dolorosos, apertando ainda mais a renda familiar.
Especialistas dizem que é difícil estimar quantas pessoas podem ser rebaixadas de classe social, já que não há dados oficiais disponíveis. Mas com os salários subindo menos que a inflação, cerca de 35 milhões de pessoas que integram a classe média baixa estão vulneráveis, diz Maurício Prado, sócio da firma de pesquisa Plano CDE. “Elas têm baixo nível educacional e pouca experiência com trabalho formal”, diz ele. “Há uma confluência de fatores negativos.”
A situação ameaça tirar dos trilhos o que os líderes brasileiros vinham exaltando como a transformação da sociedade e da economia do país. Há tempos considerado um dos países com maior desigualdade no mundo, o Brasil fez significativos progressos nos últimos dez anos no sentido de reduzir a disparidade de renda, afirma as autoridades.
Os preços altos das commodities exportadas rechearam os cofres públicos com recursos que foram utilizados para tecer uma rede de segurança social, incluindo o programa Bolsa Família, que envolve cerca de 14 milhões de famílias de baixa renda. O reajuste do salário mínimo em mais de 11% ao ano desde 2003 permitiu a transferência de mais riqueza para a base da pirâmide.
Entre 2003 e 2013, a mediana da renda familiar no Brasil subiu 87% em termos reais, em comparação com uma alta de 30% per capita do PIB, diz Marcelo Neri, economista autor do livro “A Nova Classe Média – o Lado Brilhante da Pirâmide” (Editora Saraiva) e foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos entre março de 2013 e fevereiro de 2015.
“As pessoas que foram deixadas para trás — pessoas com baixo nível educacional, pessoas do Nordeste e de áreas rurais, trabalhadores domésticos, trabalhadores informais — essas pessoas cresceram a um ritmo mais rápido do que o país como um todo”, diz Neri.
A classe média brasileira é muito mais pobre do que a de outros países, como por exemplo a dos EUA, com a renda média variando entre R$ 2.300 e R$ 9.500 por mês. Mas ela era composta por 67,9 milhões de pessoas em 2003 e esse número saltou para 112,6 milhões em 2013, de acordo com estimativas do governo.
Comunidades como a da favela Santa Marta exemplificam essa tendência. Apresentado como um local de extrema pobreza em no vídeo da música “They Don’t Care About Us”, de 1996, do cantor Michael Jackson, hoje ela conta com escolas, centros de atividades, programas habitacionais do governo e bondes que levam os moradores para o alto do morro da favela. A maioria das casas tem eletrodomésticos como TVs e refrigeradores, o que pela metodologia dos cientistas sociais brasileiros os classifica como integrantes da “Classe C”
“Eu não posso dizer que as coisas estão muito ruins, porque para mim elas melhoraram”, diz Uerlem Queiroz, de 27 anos, que trabalha como cameraman. Ele pretende passar o Ano Novo em Salvador, uma viagem que segundo ele era “inimaginável” para um morador de favela no passado.
Paradoxalmente, economistas dizem que as mesmas políticas que tiraram milhões de brasileiros da pobreza nos últimos anos também ajudaram a alimentar a inflação que hoje corrói seus padrões de vida. O nível de produtividade do trabalho no Brasil ficou bem atrás do de outras economias emergentes, revelando a base instável em que foi criada a nova classe média.
“Tendo passado por um período ao longo dos últimos dez anos, quando os trabalhadores conseguiram uma fatia maior do bolo que crescia, agora eles vão ter uma fatia menor do bolo que está crescendo num ritmo muito menor”, diz Neil Shearing, economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics.
Medidas de austeridade tornaram o sistema tributário brasileiro mais regressivo, abocanhando a renda das famílias da classe média e da classe baixa. Em busca de reforçar sua receita, o governo tem aumentado os impostos sobre o crédito ao consumidor, importações e alguns produtos manufaturados. Ele também pressionou as pessoas com renda mais alta ao reajustar a tabela do Imposto de Renda em 4,5%, menos que a metade da taxa da inflação.
O número de brasileiros com dívidas em atraso subiu para 57 milhões em setembro, ou 39% da população adulta do país, segundo o SPC.
Uma dessas pessoas é Maria Eliane de Alcântara, uma faxineira de 46 anos que vive em Santa Marta. Depois de tomar um empréstimo com taxas de juros exorbitantes para reformar sua casa de madeira, hoje seu orçamento para alimentos não consegue ir muito além das compras de arroz e feijão.
“O dinheiro entra e já sai”, diz ela. “E eu ainda devo dinheiro ao pedreiro.”