sábado, 6 de agosto de 2016

Santana destrói Dilma em negociação de delação premiada


Marqueteiro prometeu ao MP revelar um arsenal de informações que, como o próprio marqueteiro admitiu, vai “destruir” a biografia da presidente afastada


O marqueteiro João Santana guar­da­va segredos tão sulfurosos sobre as campanhas do PT que, por meses a fio, anos a fio, se recusou a revelá-los. Preso em Curitiba e questionado pelo juiz Sergio Moro sobre seu mutismo implacável a respeito das duas campanhas de Dilma Rousseff, Santana desmontou e confessou: “Eu, que ajudei a eleição dela, não seria a pessoa que iria destruir a presidente”. Na semana passada, VEJA levantou o véu sobre o cardápio de revelações que o marqueteiro entregou ao Ministério Público na negociação de sua delação premiada — e, considerando-se o que promete dizer, pode-se finalmente entender por que ele usou a expressão “destruir a presidente”.

A principal revelação que Santana e a sua mulher, Mônica Moura, se dispuseram a comprovar é que a presidente afastada autorizou ela mesma as operações de caixa dois de sua campanha. Ou seja: não se trata de dizer que Dilma sabia do que acontecia nos bastidores clandestinos de suas finanças eleitorais, mas sim que ela própria comandava o jogo. Faz sentido diante da personalidade meticulosa de Dilma, tão dada aos detalhes. Segundo Santana, em 2014, quando Dilma o convidou para tocar sua campanha à reeleição, ele relutou em aceitar a proposta. Argumentou que, nas eleições anteriores, de 2010, havia tido problemas para receber os pagamentos pelos serviços prestados e não queria voltar a enfrentar as mesmas complicações. Para piorar, em 2014, com um cenário político mais competitivo, achava que precisaria de mais recursos do que na campanha anterior. Para convencê-lo a topar a empreitada, Dilma garantiu que dinheiro não seria problema. Santana dirá que ouviu dela que não haveria atraso no pagamento e que o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, se encarregaria de negociar o caixa paralelo com os doadores.

Mantega, o ministro mais longevo da era petista, não era o único operador do caixa dois nas campanhas do PT, segundo Santana. O ex-ministro Antonio Palocci exerceu o mesmo papel até 2011, quando tropeçou nas explicações sobre a multiplicação do próprio patrimônio. Ex-todo-poderoso chefe da Casa Civil e da Fazenda, Palocci ganhou um capítulo exclusivo na proposta de delação do marqueteiro. Ele é apontado como o responsável por esquematizar o fluxo de pagamentos clandestinos que viabilizaram vários serviços nas eleições de 2006 e 2010, incluindo o do próprio Santana. Palocci tinha uma conta junto às empresas envolvidas no petrolão. Também tinha um braço-direito, Juscelino Dourado, que distribuía uma parte do dinheiro.

Os segredos do marqueteiro atingirão outras campanhas. Santana relatou aos procuradores que a reeleição de Lula, em 2006, também recebeu dinheiro sujo. O sistema era semelhante ao utilizado na campanha de Dilma em 2010: Palocci era o principal responsável por articular com os empresários a liberação de recursos para pagar determinados serviços.

Temer é condenado pela Justiça Eleitoral e se torna inelegível até 2024



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Condenado por doar um valor acima do permitido na eleição de 2014, o presidente interino Michel Temer não poderá disputar eleições até 2024.

Segundo informações do Dia, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo condenou Temer a pagar uma multa de R$ 80.037,75, além de o tornar inelegível por 8 anos. O peemedebista tem até 19 de agosto para quitar a multa.

Por lei, uma pessoa física não pode doar mais do que 10% dos rendimentos declarados no Imposto de Renda. Em 2014, Temer desembolsou R$ 100 mil para ajudar os deputados federais pelo Rio Grande do Sul, Alceu Moreira e Darcísio Perondi, que foram reeleitos.

De acordo com a Receita Federal, o presidente interino poderia ter doado até R$ 84 mil. Como o valor foi superior, Temer caiu na Lei da Ficha Limpa e tornou-se inelegível por oito anos a partir da data da condenação.

Temer é vaiado ao abrir os Jogos Rio-2016



Cerimônia de abertura Rio-2016: Michel Temer e Thomas Bach© Fornecido por Abril Comunicações S.A. Cerimônia de abertura Rio-2016: Michel Temer e Thomas Bach
Imerso em profunda crise política e econômica, o Brasil celebrou a tolerância e a diversidade na abertura dos Jogos Rio-2016 – uma festa que refletiu de fato o “espírito da gambiarra”, definido pelos organizadores como “o talento para fazer algo grande a partir de quase nada”. Mas a tensão no país se fez sentir no Maracanã. Para evitar vaias, o nome do presidente interino Michel Temer não foi anunciado ao lado do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, no início da cerimônia. O peemedebista, contudo, não escapou dos protestos: ao declarar aberta a Olimpíada, Temer foi alvo de sonoras vaias – e de alguns aplausos. Ao fazer seu discurso, já no final da cerimônia, Bach apenas agradeceu às autoridades brasileiras, sem citar Temer nominalmente.

Antes do início da festa, um grupo chegou a ensaiar um ”fora Temer” das arquibancadas – e outra parcela do estádio vaiou a manifestação. Ao fim do Hino Nacional, houve quem gritasse o nome do juiz Sergio Moro, que comanda as ações decorrentes da Operação Lava Jato em Curitiba. Na última sexta-feira, Temer afirmou que estava “preparadíssimo” para ouvir eventuais vaias no Maracanã. Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2014, a presidente afastada Dilma Rousseff foi alvo de vaias e xingamentos no estádio Itaquerão.

Estiveram presentes à cerimônia 38 chefes de Estado e governo – número muito inferior aos 70 que assistiram a festa londrina em 2012 e aos 80 que estiveram em Pequim em 2008. O presidente americano Barack Obama prestigiou a abertura em Londres ao lado da mulher, Michelle. Desta vez, os Estados Unidos enviaram o secretário de Estado John Kerry.

No começo da tarde, em Copacabana, na Zona Sul da cidade, um protesto contra Temer alterou o trajeto do revezamento da tocha olímpica, que deixou de passar por um trecho da orla e seguiu por ruas internas do bairro. Diversos movimentos de esquerda e centrais sindicais protestaram com faixas e cartazes em português e em inglês, em frente ao Hotel Copacabana Palace. Houve um momento de tensão, quando a manifestação foi impedida de avançar, até que a tocha deixasse Copacabana.

Em São Paulo, houve protesto contra os Jogos na Avenida Paulista. A Polícia Militar paulista reprimiu com cassetetes e spray de pimenta cerca de 200 manifestantes que iniciaram uma caminhada a partir do vão do Masp.

Em meio à tensão no país, a festa no Maracanã deu espaço a causas socioambientais. As favelas foram representadas com um show de ritmos como o samba e o funk, que reuniu as cantoras Elza Soare e Ludmilla. O rapper Marcelo D2 e o cantor Zeca Pagodinho simularam um duelo de ritmos, representando a diversidade da música do Rio de Janeiro. A importância dos negros para a cultura nacional foi celebrada com as rappers Karol Conka e McSofia. Manifestações culturais como o maracatu, os bate-bolas e o bumba-meu-boi também dividiram o espaço no palco do Maracanã e o treme-treme, do Pará, foi representado pela Gang do Eletro. Houve também espaço para um alerta sobre o aquecimento global.

Os protestos não ofuscaram a festa no Maracanã. Nas redes sociais, a beleza da cerimônia provocou manifestações de orgulho cada vez mais raras em um país desiludido. A Copa do Mundo de 2014 teve como grande legado a alegria que tomou conta do país ao longo da competição – e que sobreviveu até mesmo ao 7 a 1 da semifinal contra a Alemanha. Há dois anos o mundo conheceu o soft power brasileiro: o termo é usado na diplomacia para definir a competência de um país para conseguir o que deseja por meio de sua cultura e de sua imagem, de sorrisos e paciência, em oposição a balas e canhões.

Ao discursar, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, apelou a esse poder: “Nunca desistimos, essa é a força do nosso povo. Os filhos do Brasil não fogem à luta”. Foi ovacionado. Pouco depois, foi vaiado ao falar da cooperação entre os três níveis de governo. É o espírito olímpico em tempos de crise política.

Lava Jato prevê em dois meses denúncia à Justiça contra Lula por corrupção

 

Lula  
© Foto: Sebastião Moreira/EFE Lula 
  A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pretende concluir em dois meses as investigações sobre o pagamento, por empreiteiras beneficiadas por desvios na Petrobrás, de supostas vantagens ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em de obras no sítio de Atibaia e no tríplex do Guarujá.

A previsão dos investigadores é de que esses dois casos embasem a primeira denúncia por corrupção oferecida contra Lula no âmbito da Lava Jato. No fim de julho, a 10ª Vara Federal em Brasília aceitou acusação da Procuradoria da República no DF contra o petista por "obstrução" de Justiça ao, supostamente, tentar evitar a delação premiada do ex-diretor Internacional da estatal Nestor Cerveró.

"O sítio e o tríplex são os fatos mais adiantados. Com certeza, isso vai se resolver nos próximos dois meses. Uma boa parte disso, porque existem diversas investigações contra Lula", afirmou um dos investigadores ao Estado, sem detalhar os casos.

A Lava Jato também apura suposto tráfico de influência praticado pelo ex-presidente para que grandes empreiteiras obtivessem obras no exterior. A tese dos procuradores é de que, em troca, elas fizeram pagamentos vultosos à empresa de palestras do petista, a LILS, e ao Instituto Lula.

Lula nega que os pagamentos das empreiteiras estejam relacionados a contratos obtidos por elas tanto no governo federal quanto no exterior. O ex-presidente, por meio de sua defesa, também nega ser o proprietário do sítio de Atibaia e do tríplex no Guarujá.

Olimpíada. A força-tarefa pretende dedicar as próximas três semanas para as análises sobre as reformas nos imóveis pagas pelas empresas. "O período olímpico não é um período de grandes movimentações. Nem operações nem novidades mais 'dramáticas'. Temos uma agenda interna", disse o investigador.

Lula e a mulher, dona Marisa, são suspeitos de ganhar da OAS uma reforma avaliada em mais de R$ 700 mil num tríplex reservado para a família do ex-presidente no Guarujá. A empreiteira também pagou, por vários anos, o aluguel de contêineres para armazenar os pertences do ex-presidente quando deixou o Palácio do Planalto, em 2010.

Conforme as investigações, a OAS e a Odebrecht também bancaram melhorias no sítio de Atibaia usado pela família de Lula e registrado em nome de amigos do ex-presidente. A suspeita dos investigadores é de que o ex-presidente tenha ocultado a propriedade do imóvel.

Num relatório recente, a Polícia Federal sustenta que só a "cozinha gourmet" do sítio, cujos equipamentos foram instalados em 2014, custou R$ 252 mil. A execução da obra teria sido orientada pelo petista e a esposa.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Lula: Eleitores devem cassar votos de senadores pró-impeachment


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Em evento que oficializou a candidatura do vereador Fábio Inácio (PT) à Prefeitura de Cubatão, no Estado de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os eleitores "cassem" em 2018 o voto dos senadores que apoiarem o impeachment de Dilma Rousseff.

Nesta quinta (4), a comissão especial do Senado que analisa o processo contra a presidente afastada aprovou por 14 votos a 5 o parecer que pede a cassação da petista. O caso vai a plenário na terça (9) e, se aprovado, Dilma será julgada. Para afastar a presidente definitivamente do cargo, são necessários ao menos 54 de 81 votos dos senadores.

"Os senadores que cassaram a Dilma cassaram os votos de vocês", afirmou Lula na noite desta quinta. Apesar do apelo, o ex-presidente tem afirmado a interlocutores que a volta de sua sucessora ao Planalto é improvável.A declaração foi uma das poucas menções ao nome e Dilma no discurso do petista, que falou rapidamente no evento. O jingle de sua campanha à reeleição, em 2006, deu o tom do ato. Os alto-falantes da convenção municipal do PT em Cubatão transmitiam: "Lula de novo com a força do povo".

Nesse clima de campanha, Lula falou sobre seu governo. "Nunca na história desse país um presidente investiu tanto nas universidades públicas como eu investi", afirmou. Evitou, porém, comentários diretos sobre uma possível candidatura em 2018, que tem mencionado como possibilidade.

Lembrou também a aprovação da Lei Maria da Penha, que completa dez anos. "Mulher não é feita para ser saco de pancada", disse para o ginásio não muito cheio.

O ex-presidente culpou a agenda lotada pela brevidade do discurso. Nesta semana, o ex-presidente foi ao Nordeste para participar de convenções em três cidades e ainda participaria, nesta noite, do evento que oficializará Carina Vitral (PC do B) como candidata à Prefeitura de Santos.

Nesta sexta, ele deve participar de convenção em seu berço político, São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Com informações da Folhapress.

Dilma impõe condição para ir a julgamento: não quer perguntas


Agência O Globo

Opositores da petista, no entanto, se recusam a lhe dar essa garantia. © Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo Opositores da petista, no entanto, se recusam a lhe dar essa garantia. 
 
Aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, estão tentando costurar um acordo que permite a ela comparecer ao julgamento final de seu processo no plenário do Senado, sem ser interpelada pelos parlamentares. Os defensores de Dilma a aconselharam a comparecer ao julgamento no final deste mês, mas ela quer a garantia de que não será atacada ou desrespeitada. 

Integrantes da base do presidente interino, Michel Temer, porém, acreditam que será difícil dar essa garantia a Dilma. Eles não querem se comprometer a não fazer perguntas.

O advogado da petista, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, tem dito que só vale a pena para Dilma comparecer se ela “falar e ir embora”. Os aliados da presidente afastada avaliam que ela poderia aproveitar sua presença no julgamento para fazer um discurso de despedida do cargo.

Cardozo esteve esta semana com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para discutir alguns aspectos do julgamento, como o número de testemunhas de acusação e defesa. Lewandowski será o responsável por conduzir o julgamento.

DEM e PSDB não asseguraram que abrirão mão de fazer perguntas. Por isso, dizem que seria melhor Dilma se preservar e sequer comparecer. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a figura da presidente afastada será respeitada:

— Seremos respeitosos, mas não abriremos mão das perguntas. Seremos firmes, mas respeitosos — disse Cunha Lima.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), na mesma linha, disse que os parlamentares farão debates e lembrou que muitos que hoje são opositores a ela e votarão pelo impeachment integraram a base do governo do PT.

— Seria imprevisível. Eu sempre fui oposição, mas outros já foram aliados. Acho que o melhor neste momento seria ela não se expor. Não tem mais momento para isso. Ela tem que se preservar como ex-presidente. E esses tipos de situação, em plenário, são imprevisível, conflituosa e desgastante. Isso não vai reverter nenhum voto — disse Caiado

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que gostaria que a petista comparecesse, mas afirmou temer retaliações: 

— Para mim, Dilma deveria vir, falar e sair. Mas temos três ou quatro senadores que poderiam criar situações muito constrangedoras — disse. 

Em 1992, o então presidente Fernando Collor não compareceu ao julgamento. Segundo interlocutores, Dilma ainda está avaliando a situação, mas já disse que está esgotada. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou em plenário que Dilma, numa conversa, lhe disse que não “aguentava mais”. Em resposta, os petistas discursaram e disseram que isso era “mentira”. Mas, nos bastidores, afirmam a mesma coisa.

Delação da Odebrecht mira 35 senadores, 13 governadores e dezenas de prefeitos



 
© Cicero Rodrigues/ World Economic Forum/15/04/2009
  Um dos principais envolvidos no esquema de corrupção investigado na operação Lava Jato, o empresário Marcelo Odebrecht se reuniu pela primeira vez pessoalmente com integrantes da força-tarefa para tentar viabilizar um acordo de delação.

Durante depoimento de dez horas em Curitiba, na quinta-feira, ele revelou a quatro procuradores a intenção de explicar, em detalhes, como fez pagamentos ilícitos a políticos de diversos partidos nos últimos anos, de acordo com o jornal O Globo.

O acordo de colaboração está em negociação desde maio. Os investigadores afirmaram que a proposta apresentada é “satisfatória”, mas ainda depende de documentação e detalhamento dos fatos. A expectativa é de de que 51 executivos e gerentes da empreiteira contribuam com as investigações.

A Odebrecht promete apresentar provas que envolvem, além de integrantes do governo federal, 35 senadores, 13 governadores e dezenas de prefeitos. O objetivo é detalhar os pagamentos feitos pelo Setor de Operações Estruturadas, conhecido como “diretoria da propina”. A área foi criada pela empresa para repassar valores a políticos.

Um dos pontos de embate para fechar o acordo gira em torno da origem dos repasses a políticos. A empreiteira afirma que a maior parte dos pagamentos foi feita como caixa dois de campanha, sem vinculação direta com obras ou contratos com governo. Os procuradores cobram informações sobre a origem da propina.

Operação Lava Jato: os bens luxuosos das quadrilhas presas:

Criminosos possuíam carros de luxo

Mais de 10 bilhões de reais. Esse é o volume de dinheiro que, segundo investigações da Polícia Federal (PF), foi movimentado por diversas quadrilhas desmontadas em março deste ano, na primeira fase da Operação Lava Jato

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Moro defende teste de integridade para agente público sob suspeita


O juiz federal Sérgio Moro  
© Fornecido por Estadão O juiz federal Sérgio Moro 
 
O juiz federal Sergio Moro é o primeiro convidado a participar da fase de oitivas da Comissão Especial da Câmara que discute medidas de combate à corrupção, nesta quinta-feira, 4. Durante sua fala, o juiz defendeu, dentre outros pontos, que o teste de integridade só seja realizado se existir uma suspeita prévia contra o agente público. O teste está previsto no projeto de medidas de combate à corrupção apresentado pelo Ministério Público Federal e analisado pela comissão especial.

Moro reconheceu que o trecho do projeto que fala sobre teste é “muito polêmico” e sugeriu nova redação, a qual diz que “a submissão do agente público dependerá da existência de fundada suspeita de crimes relacionados à função pública”. “A ideia é impedir que Estado haja para criar criminosos e não para impedi-los”, afirmou o magistrado durante audiência da comissão especial da Casa que debate a proposta.

Há praticamente uma unanimidade entre os membros da comissão contra o chamado "teste da integridade", sugerido na medida que fala sobre prevenção. A ação propõe a "simulação de situações, sem o conhecimento do agente público ou empregado, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer crimes". Os testes poderiam consistir na criação de uma "tentação" comedida ao servidor, a gravação audiovisual do teste e a comunicação prévia de sua realização ao Ministério Público, o qual pode recomendar providências. A realização é incentivada pela Transparência Internacional e pela Organização das Nações Unidas. ?

O juiz também sugeriu que, para efeitos de punição criminal, a realização do teste de integridade tenha de ser autorizada previamente pela Justiça. Na interpretação de Moro, se o teste for realizado sem autorização, o agente público só poderá ser punido administrativamente. Ele também propôs uma pena de 2 a 8 anos para o agente flagrado no teste, segundo ele, menor do que a prevista para crimes de corrupção.

Judiciário

Moro afirmou também que até o momento o Poder Judiciário era "uma voz sozinha no deserto", porém que a instalação do colegiado demonstra que o Congresso também está começando a se envolver nas ações de combate à corrupção.

"Víamos que as respostas desse problema estavam vindo quase exclusivamente do Poder Judiciário, que era uma voz sozinha no deserto. E nos perguntávamos: onde está o Congresso? Onde está o Executivo atuando? E nos dá muita esperança o Congresso respondendo a esse anseio da sociedade para que minoremos esse problema", disse o juiz. Em sua fala inicial, Moro disse que se sente honrado em contribuir para a comissão.

Responsável pela Lava Jato, Moro declarou que o que mais o "perturbou" na condução da operação foi a "naturalidade" com que os envolvidos admitiam receber ou pagar propina. "Se percebeu uma naturalidade. Isso transcende qualquer partido, é uma preocupação de toda pessoa pública." Segundo Moro, os condenados na operação admitiam que participavam do esquema porque fazia parte da "regra do jogo".Moro elogiou o pacote de medidas proposto pelo Ministério Público Federal, porém fez ressalvas e disse que não é apenas uma lei que vai se tornar a "salvação nacional". "O problema da corrupção não se resolve com um passe de mágica, não existe bala de prata, mas é importante que nesse contexto atual que o Congresso também faça a sua parte dando início a um ciclo virtuoso, para que no futuro esses níveis de corrupção sejam reduzidos", afirmou.

Pena menor para réu primário

Moro ainda defendeu a introdução de uma “forma privilegiada” de pena em alguns casos de crimes cometidos contra a administração pública.

Ao analisar projeto que tramita na Casa com medidas de combate à corrupção, Moro sugeriu acrescentar ao artigo terceiro da proposta analisada que trata sobre crimes contra administração pública trecho para estabelecer que juiz poderá diminuir a pena em casos de réu primário e crimes de valor pequeno contra.

Ao comentar o projeto, o magistrado também se posicionou contra a permissão para que o Ministério Público possa ingressar com recursos especial ou extraordinário em processos. Para Moro, o sistema processual brasileiro é “muito generoso em recursos”, o que prejudica o andamento dos processos.

O juiz ainda defendeu trecho do projeto que restringe o uso de habeas corpus apenas em casos de prisão. “No Brasil, há cerca de 20 anos, tem havido certa deturpação o uso de habeas corpus para uso em processos em que o acusado sequer está preso ou existia perspectiva de prisão”, criticou.

Seleção decepciona e empata com a África do Sul na estreia da Olimpíada





No mesmo lugar em que se despediu da Copa do Mundo de 2014 o Brasil iniciou a busca pelo ouro olímpico em casa. Mais do que começar bem a corrida pela medalha, a Seleção tinha o objetivo de apagar a má impressão deixada no último grande evento que participou em casa. E não conseguiu. Assim como na disputa pelo terceiro lugar contra a Holanda, há dois anos, a equipe saiu do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, vaiada após o empate em 0 a 0 com a África do Sul, nesta quinta-feira.

Se na Copa o sentimento era de indignação, agora a frustração é que toma conta. Esperava-se uma Seleção bem diferente da que nos acostumamos a ver no Mundial e depois dele. Pelos treinamentos e entrevistas de Rogério Micale e também pela impressão deixada no amistoso diante do Japão, no último sábado, a expectativa era de uma equipe envolvente, com toques rápidos, marcação no campo de ataque e um trio ofensivo infernizando a vida dos defensores. Nada disso aconteceu.

Parecendo nervosa com a estreia, a jovem equipe brasileira abusou dos cruzamentos no primeiro tempo e dos erros de finalização no segundo. Decepcionou. 

Capitão do time e um dos mais experientes, Neymar esteve tão afoito quanto os demais. Na etapa final, foi fominha em muitas oportunidades e não conseguiu definir sozinho.

Aos 14 minutos do segundo tempo, as coisas pareciam que ficariam mais fáceis, quando Mvala foi expulso. Antes mesmo disso Micale já havia chamado Luan para entrar no lugar de Felipe Anderson e pôr em prática o esquema com quatro atacantes, testado várias vezes nas duas últimas semanas. Nem assim deu certo.

O Brasil pressionou durante toda a etapa final, mas não conseguiu vazar o goleiro Khune. As decisões tomadas foram quase sempre erradas e também faltou pontaria. A chance mais clara foi Gabriel Jesus, que chutou na trave, aos 23 minutos, mesmo com o gol escancarado - o palmeirense estava impedido.

A história (da Copa e da estreia na Olimpíada) já está escrita, mas pode ter seu enredo alterado. Ainda em Brasília, a equipe canarinho tentará melhorar a impressão deixada contra a África do Sul e se recuperar na competição no próximo domingo, quando encara o Iraque.

FICHA TÉCNICA
BRASIL 0 X 0 ÁFRICA DO SUL
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data: 4 de agosto de 2016, às 16h, quinta-feira
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz (ESP)
Assistentes: Pau Cebrian Devis e Roberto Dias Perez (ambos da ESP)
Cartões amarelos: Thiago Maia e Marquinhos (BRA) / Mvala e Mathoho (RSA)
Cartão vermelho: Mvala (RSA)
Público/renda:
Gols:
BRASIL: Weverton, Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos (William 39'2ºT); Thiago Maia, Renato Augusto (Rafinha 21'2ºT) e Felipe Anderson (Luan 15'2ºT); Gabriel Jesus, Neymar e Gabigol. Técnico: Rogério Micale
ÁFRICA DO SUL: Khune, Mobara, Mathoho, Coetzee e Modiba; Mvala, Mekoa e Motupa; Masuku (Morris 12'2ºT), Mothiba e Dolly. Técnico: Owen da Gama.

Meus comentários:

É impressionante como o nosso futebol vem passando por uma transformação causada pelos dirigentes com pouco conhecimento, que só pensa em faturar.

Sofremos na copa do mundo inclusive levando goleada histórica, esperávamos que alguma providência fosse tomada, mas infelizmente continuamos na mesma trilha. Aqueles  menos culpados são os mais responsabilizados pelos desastres em campo "OS JAGADORES".

Será que é tão difícil entender que uma orquestra não toca sem o maestro. Que a cabeça não raciocina sem o cérebro. O mesmo deve-se aplicar ao futebol, hoje essa seleção tem os melhores atacante das Olimpíadas, porém a bola não chega até eles por falta de criatividade, não temos o MAESTRO "CÉREBRO".

Nos dias de hoje pra ser jogador é preciso possuir uma estatura acima de l,80m, ser forte, correr o tempo inteiro, brigar por todas as jogadas. Mas falta o principal "QUALIDADE", Romário era baixinho simplesmente foi o melhor do mundo, MESSI e outros.

Comissão aprova continuidade do processo de impeachment - o que acontece agora?



Presidente Dilma em entrevista à BBC  
© Fornecido por BBC World Service Trading Limited Presidente Dilma em entrevista à BBC 
 
A comissão especial do Senado aprovou nesta quinta-feira por ampla maioria a continuidade do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Após mais uma sessão tensa, foram registrados 14 votos a favor do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e cinco contra.

Na próxima terça-feira, o documento será apreciado pelo conjunto dos 81 senadores. Dilma será julgada no final do mês se mais da metade votar pela continuidade do processo - o que é amplamente esperado.

Já no julgamento final, serão necessários 54 votos para aprovar sua cassação. Se isso ocorrer, cenário mais provável hoje, o presidente interino Michel Temer assume o comando do país até 2018.

Numa tentativa de sensibilizar senadores a votar pela absolvição, Dilma disse em entrevista à BBC Brasil que vai divulgar uma carta aberta defendendo a realização de um plebiscito que consulte a população sobre a necessidade de antecipar a eleição presidencial. 

Entenda melhor abaixo como está o andamento do impeachment e quais as próximas etapas.

1. Em que pé está o processo?

Nas últimas semanas, ocorreu a chamada fase de pronúncia, em que a comissão especial se dedicou a levantar provas dos supostos crimes cometidos por Dilma. 

Nesse período, os senadores ouviram 44 testemunhas e analisaram 171 documentos, entre informações prestadas por órgãos públicos, peritos do Senado e defesa e acusação.

O relator Antonio Anastasia redigiu então um parecer em que concluiu que há provas de que a presidente cometeu crime de responsabilidade na gestão das contas públicas, seja por ação direta ou omissão. 

As irregularidades denunciadas são: atrasos nos repasses para o Banco do Brasil executar o Plano Safra (pedaladas fiscais) e a publicação de decretos aumentando despesas mesmo quando a meta fiscal de 2015 não estava sendo cumprida.

"A gravidade dos fatos constatados não deixa dúvidas quanto à existência não de meras formalidades contábeis, mas de um autêntico 'atentado à Constituição'", escreveu, em seu relatório.

Aliados de Dilma na comissão chamaram de fraudulento o parecer do senador tucano.

2. Qual a próxima etapa?

Com uma semana de atraso em relação ao cronograma inicial, na próxima terça o plenário do Senado vota o relatório de Anastasia. Se for rejeitado por mais da metade dos senadores, Dilma poderá voltar à Presidência. 

No entanto, o cenário tido como mais provável é que a continuidade do julgamento seja aprovado por ampla maioria.
Dilma Rousseff © Fornecido por BBC World Service Trading Limited Dilma Rousseff 
 
Avançando, o processo terá mais um momento para alegações da acusação e da defesa, e, em seguida, os autos serão enviados a Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal e responsável constitucionalmente pelo processo.

É nesse momento que ele marcará o julgamento final. A expectativa é que essa etapa tenha início entre 25 e 29 de agosto e dure cerca de uma semana.

3. Como será o julgamento?

No dia do julgamento, Lewandowski comandará os trabalhos como um juiz. Os 81 senadores serão os "jurados" que definirão o futuro da ré, no caso Dilma.

A sessão incluirá, por exemplo, exposição e debates entre acusação e defesa. No fim, haverá a votação nominal, nos mesmos moldes da ocorrida na Câmara - com todos os senadores indo ao microfone proferir seus votos.

Se dois terços (54 dos 81) dos parlamentares decidirem pelo impeachment, a petista perderá definitivamente o cargo e ficará inelegível por oito anos. Nesse caso, Temer assume definitivamente a Presidência da República, com mandato até 2018.

Se esse número de votos não for obtido, a presidente é absolvida e retoma suas funções.

Apoiadores de Temer têm dito que o governo interino tem 60 votos a favor da cassação de Dilma.

4. Qual a chance de a eleição ser antecipada?

Pesquisas de opinião têm indicado que a maioria da população não quer nem Dilma nem Temer no comando do país e gostaria que a eleição presidencial fosse antecipada.

Em entrevista à BBC Brasil na sexta-feira passada, Dilma disse que é preciso "lutar" pela realização de um plebiscito que consulte a população sobre a antecipação do pleito. A petista contou que divulgará os detalhes de sua proposta em carta direcionada ao povo brasileiro e ao Senado.

"Estou defendendo um plebiscito porque quem pode falar o que eu devo fazer não é nem o Congresso, nem uma pesquisa, ou qualquer coisa. Quem pode falar é o conjunto da população brasileira que me deu 54 milhões e meio de votos", afirmou Dilma.

A Constituição brasileira estabelece que a próxima eleição para o cargo mais importante do país deve ocorrer apenas em 2018 - a antecipação das eleições, na verdade, só pode ocorrer com aprovação de ampla maioria do Congresso (três quintos dos parlamentares) ou se os cargos de Temer e Dilma ficarem vagos ao mesmo tempo ainda neste ano, por exemplo em caso de renúncia simultânea. 

Politicamente, é difícil que a medida seja aprovada, pois a maioria dos parlamentares hoje apoia o governo interino. Além disso, Temer e Dilma rechaçam a possibilidade de renunciar. 

Outro cenário que levaria a uma eleição antecipada é se o Tribunal Superior Eleitoral decidir cassar ainda neste ano a chapa Dilma-Temer, vencedora do pleito de 2014, sob argumento de praticaram irregularidades na campanha presidencial, como por exemplo o recebimento de doações ilegais de empresas. 

O processo, no entanto, tem andado lentamente e não deve ser concluído em 2016. Se eventualmente a chapa for cassada a partir de 2017, quando já terá transcorrido metade do mandato presidencial, o Congresso terá que eleger indiretamente um presidente para o país.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Muito Além do Câncer: Conheça Outras Doenças que Atingem a Próstata

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Muito Além do Câncer: Conheça Outras Doenças que Atingem a Próstata
A próstata é uma glândula do tamanho aproximado de uma noz, localizada abaixo da bexiga e ao redor da uretra. Ela faz parte do aparelho reprodutor masculino e sua principal função é produzir o fluído seminal que compõe o sêmen e ajuda a transportar os espermatozóides durante a ejaculação.

Quando pensamos em problemas na próstata, a primeira doença que vem à cabeça é o câncer, grande preocupação do homem de meia idade – afinal, é o câncer masculino mais comum, com cerca de 90% de índice de cura quando descoberto no início. Porém, a próstata pode apresentar outras patologias que, apesar de não serem tão preocupantes, também precisam ser tratadas.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), aproximadamente 75% dos homens com 50 anos ou mais apresentam algum tipo de alteração na próstata. Para homens com mais de 80 anos, a porcentagem sobe para 95%. Todas essas doenças têm como principal sintoma a dificuldade para urinar, já que a glândula fica ao redor da uretra e, ao aumentar de tamanho, comprime-a.

Confira quais são as duas patologias prostáticas mais comuns, além do tão falado câncer:

Prostatite

A prostatite é a inflamação ou infecção da próstata causada por bactérias e atinge cerca de 10% dos homens. Seus sintomas são dores na região perineal (entre o saco escrotal e o ânus), no abdômen inferior, no pênis ou nos testículos e também dor ao urinar.

Quando aguda, a prostatite causa febre, tremores, fraqueza, dificuldade para urinar e infecção urinária constante, com urina escura e de cheiro forte, muitas vezes com a presença de sangue. O diagóstico se dá por exames de urina e da secreção prostática e o tratamento é feito com antibióticos, anti-inflamatórios, banhos de assento e repouso.

Já a prostite crônica tem sintomas mais leves e a indicação de tratamento é com antibiótico prolongado.

Hiperplasia Benigna da Próstata

Mais comum após os 40 anos, quando chega a atingir de 80% a 90% dos homens, a hiperplasia prostática beningna é, como o próprio nome diz, o crescimento benigno da próstata. Com este aumento, a glândula masculina passa a comprimir ou até obstruir a uretra, causando dificuldade para urinar e infecções urinárias frequentes.

Os sintomas mais comuns são jato de urina fraco e com interrupções, sensação de não ter esvaziado a bexiga completamente, gotejamento terminal, necessidade urgente de urinar, sangue na urina, dor ou ardor na micção, entre outros.

O diagnóstico é feito por exame clínico detalhado, apoiado por exames de sangue, urina e muitas vezes ultrassonografia.

O tratamento se dá de três formas, conforme a gravidade da hiperplasia e as condições gerais do paciente: acompanhamento, medicamento e cirurgia. A cirurgia é indicada para aproximadamente 10% dos casos e a mais comum é a Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP), feita por via uretral. Porém, pacientes com próstata muio volumosa ou cálculos na bexiga muitas vezes precisam realizar a intervenção cirúrgica por meio de uma abertura feita na bexiga. Quanto aos medicamentos, os mais indicados são os inibidores das α5 Redutase, que levam à redução do tamanho da próstata, e os αBloqueadores, que causam o seu relaxamento.

Como os sintomas de todas as doenças de próstata envolvem dificuldades no trato urinário, somente um urologista pode dar o diagnóstico correto para o seu caso.

Nos EUA, Moro afirma por que não julgou políticos do PSDB



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Durante uma palestra no Wilson Center, em Washington, nos Estados Unidos, o juiz Sergio Moro afirmou que não julgou casos relacionado ao PSDB, pois os investigadores não encontraram evidências de que os diretores da Petrobras deram dinheiro para os tucanos.

Esse partido estava na oposição. Então, não faria sentido”, afirmou.

O juiz titular da Operação Lava Jato afirmou que julgou casos envolvendo três partidos: o PT, o PP e o Solidariedade.

“Mas há políticos respondendo investigações e acusações de outros partidos no Supremo Tribunal Federal (STF)”, ressaltou.

Para Moro, o PT está no foco das investigações pois era o partido que estava no governo desde 2003, quando as investigações identificaram um sistema de pagamento de propinas.

“Naturalmente, nessa situação, os políticos que aparecem são aqueles que administram a companhia estatal. E o PT está no poder desde 2003".

"Se pensam que vão acabar comigo, estão enganados", diz Lula



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Na noite desta terça-feira (2), o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva afirmou que não tem nenhum receio com relação às investigações realizadas pela Lava Jato, que envolvem a participação de empreiteiras em obras do sítio de Atibaia e do tríplex em Guarujá, revela o jornal Folha de S. Paulo. 

Durante seu discurso, ele voltou a negar ser o dono dos imóveis e que tudo não passava de invenção.
"Eu estou aqui tranquilo. Se eles pensam que vão acabar com Lula, estão enganados", afirmou o petista em discurso em Natal (RN), ao oficializar a candidatura do deputado estadual Fernando Mineiro (PT) à Prefeitura da cidade. 

O ex-presidente, contudo, não mencionou, em seu discurso, ao fato de ter se tornado réu na Lava Jato, acusado de obstruir a Justiça.

O partido terá cerca de 10 candidatos à prefeitura de capitais com chapa pura.