quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Muito Além do Câncer: Conheça Outras Doenças que Atingem a Próstata

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Muito Além do Câncer: Conheça Outras Doenças que Atingem a Próstata
A próstata é uma glândula do tamanho aproximado de uma noz, localizada abaixo da bexiga e ao redor da uretra. Ela faz parte do aparelho reprodutor masculino e sua principal função é produzir o fluído seminal que compõe o sêmen e ajuda a transportar os espermatozóides durante a ejaculação.

Quando pensamos em problemas na próstata, a primeira doença que vem à cabeça é o câncer, grande preocupação do homem de meia idade – afinal, é o câncer masculino mais comum, com cerca de 90% de índice de cura quando descoberto no início. Porém, a próstata pode apresentar outras patologias que, apesar de não serem tão preocupantes, também precisam ser tratadas.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), aproximadamente 75% dos homens com 50 anos ou mais apresentam algum tipo de alteração na próstata. Para homens com mais de 80 anos, a porcentagem sobe para 95%. Todas essas doenças têm como principal sintoma a dificuldade para urinar, já que a glândula fica ao redor da uretra e, ao aumentar de tamanho, comprime-a.

Confira quais são as duas patologias prostáticas mais comuns, além do tão falado câncer:

Prostatite

A prostatite é a inflamação ou infecção da próstata causada por bactérias e atinge cerca de 10% dos homens. Seus sintomas são dores na região perineal (entre o saco escrotal e o ânus), no abdômen inferior, no pênis ou nos testículos e também dor ao urinar.

Quando aguda, a prostatite causa febre, tremores, fraqueza, dificuldade para urinar e infecção urinária constante, com urina escura e de cheiro forte, muitas vezes com a presença de sangue. O diagóstico se dá por exames de urina e da secreção prostática e o tratamento é feito com antibióticos, anti-inflamatórios, banhos de assento e repouso.

Já a prostite crônica tem sintomas mais leves e a indicação de tratamento é com antibiótico prolongado.

Hiperplasia Benigna da Próstata

Mais comum após os 40 anos, quando chega a atingir de 80% a 90% dos homens, a hiperplasia prostática beningna é, como o próprio nome diz, o crescimento benigno da próstata. Com este aumento, a glândula masculina passa a comprimir ou até obstruir a uretra, causando dificuldade para urinar e infecções urinárias frequentes.

Os sintomas mais comuns são jato de urina fraco e com interrupções, sensação de não ter esvaziado a bexiga completamente, gotejamento terminal, necessidade urgente de urinar, sangue na urina, dor ou ardor na micção, entre outros.

O diagnóstico é feito por exame clínico detalhado, apoiado por exames de sangue, urina e muitas vezes ultrassonografia.

O tratamento se dá de três formas, conforme a gravidade da hiperplasia e as condições gerais do paciente: acompanhamento, medicamento e cirurgia. A cirurgia é indicada para aproximadamente 10% dos casos e a mais comum é a Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP), feita por via uretral. Porém, pacientes com próstata muio volumosa ou cálculos na bexiga muitas vezes precisam realizar a intervenção cirúrgica por meio de uma abertura feita na bexiga. Quanto aos medicamentos, os mais indicados são os inibidores das α5 Redutase, que levam à redução do tamanho da próstata, e os αBloqueadores, que causam o seu relaxamento.

Como os sintomas de todas as doenças de próstata envolvem dificuldades no trato urinário, somente um urologista pode dar o diagnóstico correto para o seu caso.

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