sábado, 16 de janeiro de 2016

Exames médicos que todo homem deve fazer



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ReproduçãoTodo mundo conhece um cara que trata do carro com mais carinho do que com a própria mulher. Lava todo final de semana, leva na revisão todo ano, troca óleo com frequência… Não só com carros, muitos caras possuem esse mesmo tipo de cuidado e atenção com diversas outras coisas: futebol, cerveja, reformar a casa… Mas quando o assunto é cuidar de saúde, o sexo masculino é o mais desleixado possível

Segundo uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia, 50% dos homens que procuram urologistas, fizeram isso apenas porque as namoradas ou esposas fizeram pressão.  Boa parte do problema é uma questão de cultura.
São poucos os pais que ensinam os filhos quais cuidados e exames eles devem ter. Diferente das mulheres, que desde a primeira menstruação, frequentam ginecologistas e estão mais ligadas a questões de saúdes.
Fazer no mínimo um check-up anual é uma das melhores formas que você pode prevenir uma doenças como diabetes, câncer de próstata e até mesmo DSTs. Muitas doenças, só tem sinais perceptíveis com ajuda de procedimentos médicos específicos.
Para te ajudar a manter a saúde em dia, preparamos uma lista com os exames médicos que voce deve fazer todo ano. Se liga:

Exame da próstata

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Comecemos pelo mais polêmico. Muitos caras deixam de fazer exame de próstata por puro preconceito, achando que vão se tornar menos homens após o exame de toque. Mas não se engane: exames de câncer de próstata podem salvar vidas.
O exame é recomendado para homens a partir do 50 anos e deve ser feito anualmente. O diagnóstico é feito por um exame retal digital, onde o médico insere um dedo de luva no reto para sentir caroços e anormalidades; e um teste de PSA, que mede uma proteína chamada antigênio específico da próstata no sangue. Se o paciente já teve casos de câncer de próstata na família, deve começar a realizar o exame antes, aos 45;

Doenças sexualmente transmissíveis

Não importa se você transou faz uma semana ou há um ano. Nunca é uma má ideia fazer uma bateria de exames de sangue para detectar uma possível DST. Muitas infecções sexualmente transmissíveis permanecem desapercebidas por anos. É normal pessoas viveram com HIV por até 10 anos sem demonstrar nenhum sintoma do mal.

Colesterol

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A Associação do Coração recomenda que todos homens avaliem seu nível de colesterol a cada quatro a seis anos, depois de completarem 20 anos de idade. Homens mais chances de possuírem uma doença cardiovascular do que uma mulher e o colesterol é um grande fator nessa equação.
Você deve se preocupar mais ainda com seu colesterol caso tenha casos de doenças no coração, pressão alta ou diabetes na família. Você pode saber como estão seus níveis de colesterol através de um exame rápido de sangue.

Índice de massa corporal

O IMC (índice de massa corpórea) relaciona sua altura e peso e  é utilizado para determinar se você está com o peso ideal ou não. O cálculo é um bom indicativo se você deve começar a se preocupar em começar uma dieta saudável e praticar uma atividade física. Normalmente, pacientes com IMC muito alto estão sujeitos a diabetes, problemas cardíacos e outras complicações.

Colonoscopia

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O exame é feito para detectar sintomas do câncer do intestino. A maioria dos caras deve fazer o exame a partir dos 50 anos, mas se você tiver algum histórico na família deve fazer antes. Apesar de muitos caras temerem o exame, ele não é desconfortável já que o paciente fica totalmente sedado durante o procedimento.
Existe uma alternativa que é fazer o exame de sangue oculto nas fezes, porém o exame é pouco sensível. Pode ser rastreado, também, por exames mais caros e específicos, que procuram qualquer sinal de hemoglobina nas fezes.

Diabetes

Metade das pessoas não sabem que tem diabetes porque os sintomas da doença são muito lentos. Por isso ela é chamada de silenciosa. Se você não tem nenhum caso na sua família e se mantem num peso saudável com um colesterol saudável, nunca precisará se preocupar.
Agora, homens que não mantém uma atividade física regular ou estão acima do peso, devem fazer o exame com regularidade a partir dos 45 anos. Existem dois tipos de exames para serem feitos. Um simples, que requer apenas uma gota de sangue e o teste de glicemia, que vai precisar ser feito em um laboratório médico.

Hemograma completo

É o exame de sangue tradicional e costuma sempre ser pedido por médicos. Ele mostra se o paciente tem anemia, como andam os globulos brancos e plaquetas

Orgasmo diário reduz as chances de câncer de próstata

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Sabe aquele ditado: “uma maçã por dia mantém o médico distante”? Troque a maçã pelo orgasmo e o resultado é a redução de até 22% nas chances de desenvolver câncer de próstata.

Divulgado pelo jornal britânico “The Mirror”, o estudo, realizado pela Harvard Medical School em parceria com o Brigham and Women Hospital, alegou que o orgasmo também pode melhorar o sono – algo que muita gente já sabia – aumentar a imunidade e até proteger contra doenças cardíacas.
Para alcançar esse benefício, inclusive, você nem precisa estar transando com outra pessoa! Basta se masturbar mesmo, afinal, o remédio é o orgasmo.
Os dados coletados no estudo mostraram que os participantes que ejacularam mais de 21 vezes em um mês tinham uma chance 22% menor de desenvolver a doença. De acordo com Jennifer Rider, da Harvard Medical School, apesar desse estudo sobre os benefícios do orgasmo ser, até agora, o mais empolgante, os dados ainda são apenas observacionais – sem nenhuma evolução empírica com método científico amplamente desenvolvido – e, por isso, é preciso enxergá-los com cautela.
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Porém, ela disse: “Em paralelo, devido à ausência de fatores de risco modificáveis para o câncer da próstata, os resultados deste estudo são particularmente encorajadores”.
Esse tipo de câncer é o mais comum entre os homens além do câncer de pele. Ou seja, ele é responsável por 8% de todos os novos casos de câncer e 15% dos novos casos entre homens. A cada 7 homens, 1 será diagnosticado com ele ao longo de sua vida, e 1 a cada 38 vai morrer pela doença.
Recentemente, publicamos uma pesquisa ressaltando alguns perigos da masturbação em excesso e, nele, concluímos que o segredo para o sucesso é o equilíbrio. O mesmo vale aqui! Alivie-se uma vez por dia e, se não fizer tão bem assim para te proteger do câncer, pelo menos você gozou no final.

Tremor nas pálpebras: o que é e como curar

 
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Você provavelmente já deve ter sentido aquele leve tremor involuntário em uma das pálpebras ou presenciado alguém que viveu momentos de extremo desconforto por não conseguir controlar esse mesmo movimento repetitivo.
Uma crise prolongada pode chegar a durar dias e, apesar de inicialmente não trazer complicações mais severas à visão, o tremor pode representar um pedido de socorro do seu corpo.
Apesar das causas para o tremor serem diversas, há um indicador presente em praticamente todas as pessoas que apresentam esse sintoma: o estresse.
Para entender a origem desse sintoma e o que ele representa, selecionamos algumas explicações realizadas por clínicos gerais e oftalmologistas.
Para o oftalmologista Dr. Luis Fernando Rebelo Barros, por exemplo, o estresse é o mal do século e “O tremor nas pálpebras é um sinal de alerta mas, na maioria das vezes, ele não tem relação com a saúde dos olhos em si”.
Mas, para a diretora medica da Clínica dos Olhos São Francisco de Assis, Andrea Lima Barbosa: “O correto é procurar um especialista mesmo. Esse tremor pode ser um sinal de fadiga, ansiedade, resultado de noites mal dormidas ou problemas pessoais, por exemplo”.

Como ele acontece

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Uma característica comum desse tremor é ser quase sempre unilateral. Ele aparece porque liberamos hormônios ligados ao estresse que vão para o sistema nervoso autônomo. Esses hormônios, então, levam estímulos para as pálpebras que começam a ter contrações involuntárias.

Quais fatores podem desencadear o tremor

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Se o quadro for causado por estresse, algumas atitudes podem piorá-lo e desencadear uma crise, como, por exemplo:
– Ingestão excessiva de cafeína;
– Carência de vitaminas;
– Fadiga causada por muitas horas na frente do computador – síndrome da visão do computador;
– Idade avançada;
– Má qualidade do sono;
– Ingestão de nicotina.

E se não for estresse?

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Na maioria das vezes, o tremor é consequência de uma rotina estressante e estímulos excessivos causados por consumo de substâncias energéticas mas, mesmo assim, é importante procurar um médico porque, se for algo além disso, pode ser necessário o acompanhamento de um neurologista.
Algumas doenças como conjuntivite e olho seco também podem causar espasmos e, nesse caso, ter uma relação direta com a saúde dos olhos.
No segundo caso, uma boa solução pode ser utilizar colírios lubrificantes preventivamente e também aumentar a umidade dentro do ambiente de trabalho – pois, muitas vezes, a secura nos olhos pode ser causada por exposição em excesso à tela de computadores, principalmente em ambientes com ar condicionado.
Pessoas com mal de Parkinson e Síndrome de Tourette – uma desordem neurológica que causa tiques em extremidades do corpo e também nas cordas vocais – também sofrem com o tremor nas pálpebras, então, é sempre importante consultar um especialista.

Riscos futuros

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Se o tremor for um sintoma causado pelo estresse, ele é apenas um dos primeiros alertas do seu corpo. Para a oftalmologista do HCO, Roberta Abdulmassih: “Esses tremores são chamados de blefaroespasmo ou trismo palpebral e significam um alerta do corpo informando que algo não está bem”.
Então, as consequências posteriores podem ser verdadeiramente perigosas: além das doenças já amplamente relacionadas com o estresse, como a depressão, doenças cardíacas, hipertensão e ansiedade, um novo estudo descobriu que os hormônios do estresse também inibem a atividade cerebral e, por isso, podem potencializar o risco do paciente sofrer de Alzheimer, por exemplo.

Como curar esses tremorer

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Dê um tempo para o seu organismo. Você está exigindo demais do seu corpo e, como consequência, ele está pedindo que você descanse.
Melhore a qualidade do seu sono, tente resolver os problemas sem deixá-los formar uma pilha de preocupações que, posteriormente, pode ser ainda mais difícil de solucionar.
Caso você fique tempo demais na frente do computador, intercale o trabalho com períodos de descanso dos olhos mudando o foco por cerca de 15 minutos.
Reduza a ingestão de café e diminua o cigarro, invista em uma atividade física relaxante como natação, hidroginástica ou até yoga. Essas dicas são importantes não só para reduzir os tremores mas, principalmente, para aprimorar sua qualidade de vida.
Caso queria uma solução ainda mais prática, você pode fazer compressas de chá de camomila e também de gelo para anestesiar a musculatura. Porém, a solução é de dentro para fora, não o contrário: é preciso tratar a causa, e não apenas o sintoma.

E se for uma doença crônica?

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Apesar de rara, a doença do espasmo essencial pode ser crônica e, quando identificada pelo oftalmologista, pode exigir um tratamento através de injeções de Botox.
A toxina botulínica, utilizada nesse tratamento, paralisa o músculo e, assim, interrompe os tremores.

Procure um médico

Créditos: Reprodução© Fornecido por MHM Créditos: Reprodução Antes de realizar qualquer diagnóstico por conta própria, consulte um médico e se informe sobre sua condição. Quando o tremor demorar muito tempo para parar ou você se sentir extremamente incomodado com ele, não realize tratamentos caseiros em excesso pois eles podem mascarar esses sintomas e, por isso, retardar um tratamento sério para alguma condição mais grave.

Janot pede a cassação do mandato de Collor



BRASÍLIA - Nas denúncias encaminhadas no ano passado ao Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República pediu que os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Benedito de Lira (PP-AL) e os deputados federais Vander Loubet (PT-MS), Nelson Meurer (PP-PR) e Arthur Lira (PP-AL) percam os cargos para os quais foram eleitos caso sejam condenados na Operação Lava Jato, após o fim de uma eventual ação penal.
Os cinco parlamentares são alvo de denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal ao Supremo entre agosto e dezembro do ano passado. Todos eles foram citados pelo doleiro Alberto Youssef, peça-chave do esquema de corrupção na Petrobrás e um dos delatores da Lava Jato, como beneficiários dos desvios ocorridos na Petrobrás.Nas peças encaminhadas à Corte, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede "a decretação da perda de função pública para o condenado detentor de cargo ou emprego público ou mandato eletivo, principalmente por ter agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade".
Rodrigo Janot ofereceu denúncias contra políticos ao Supremo em 2015© Fornecido por Estadão Rodrigo Janot ofereceu denúncias contra políticos ao Supremo em 2015
O requerimento tem como base o artigo 92 do Código Penal, que prevê a sanção quando penas por crimes como abuso de poder ou contra a administração pública for igual ou superior a um ano e maior que quatro anos nos demais casos.A denúncia contra Collor - sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro - foi oferecida em agosto do ano passado ao Supremo e é mantida até o momento em segredo de Justiça, mas a informação foi confirmada ao Estado. As investigações indicam que Collor recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás, e por outros contratos da estatal com empreiteiras e que são alvo da Lava Jato.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o pedido é praxe nas denúncias oferecidas contra parlamentares. Há denúncias, no entanto, já encaminhadas pelo Ministério Público Federal ao Supremo em que não consta no pedido protocolado inicialmente no tribunal a solicitação de perda do cargo.

Eduardo Cunha. Na denúncia oferecida em agosto do ano passado contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o requerimento não foi incluído. Em dezembro, no entanto, a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao Supremo um pedido de afastamento do peemedebista da cadeira de deputado e do comando da Casa. Nesse caso, Janot entende que os atos do presidente da Câmara justificam seu afastamento mesmo antes que ele seja condenado.

Irã liberta quatro prisioneiros americanos








O Irã anunciou a libertação de quatro prisioneiros iranianos com dupla nacionalidade neste sábado (16/01), dia em que entra em vigor o acordo nuclear histórico alcançado entre o país e seis potências mundiais.
O jornalista irano-americano Jason Rezaian, correspondente do jornal Washington Post em Teerã, e outros três prisioneiros – Saeed Abedini, Amir Hekmati and Nosratollah Khosravi – ganharam a liberdade em troca da liberação de sete iranianos presos nos Estados Unidos. Rezaian, preso em julho de 2014, tinha sido condenado em novembro do ano passado por espionagem.
O acordo nuclear entre o Irã e o chamado Grupo 5+1 – formado por Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha – foi assinado em 14 de julho de 2015, depois de quase dois anos de negociações.
O secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, anunciam ainda neste sábado em Viena a implementação do acordo.
© Fornecido por Deutsche Welle
Em reuniões com representantes dos EUA e da União Europeia, Zarif sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, certifique-se de que o Irã cumpriu todos os detalhes do acordo. "Todas as sanções opressivas impostas contra o Irã serão anuladas hoje", afirmou.
A retirada das sanções vai permitir um descongelamento automático de 100 bilhões de dólares em ativos iranianos no exterior.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Novo advogado vê 'tsunami' contra Lula Estadão


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
© Fornecido por Estadão O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
RIO - Escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se juntar à equipe de advogados responsável por sua defesa, o criminalista Nilo Batista diz estar certo de que não haverá denúncia criminal contra principal líder do PT. Alertou, porém, para o “sentido político” das acusações que têm vindo a público com o avanço das Operações Lava Jato e Zelotes, da Polícia Federal.
“No fim, quando não pesar nenhuma acusação sobre o Lula, haverá um prejuízo político dramático”, afirmou Batista. Ele foi governador do Rio de Janeiro entre abril e dezembro de 1994, quando o titular Leonel Brizola (PDT) se afastou para disputar a Presidência da República.
Nilo se associou aos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin em meados de dezembro para a defesa do ex-presidente e, desde então, disse ter se reunido “três ou quatro vezes” com Lula. Em delação premiada na Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró disse ter sido indicado por Lula para a diretoria financeira da BR Distribuidora, subsidiária da petroleira, em agradecimento pela contratação da Schahin Engenharia para operar no navio-sonda Vitória 10.000. A suspeita dos investigadores é que o contrato com a empreiteira foi uma compensação pelo fato de o Banco Schahin ter feito empréstimo de R$ 12 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. O dinheiro, segundo Bumlai, serviu para saldar dívidas do PT.
Zelotes. Outro motivo de preocupação para Lula é a Operação Zelotes, que investiga esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos. Um dos filhos do petista, Luís Cláudio Lula da Silva, é dono da empresa LFT Marketing Esportivo, que recebeu R$ 2,4 milhões do escritório Marcondes e Mautoni Empreendimentos.
O empresário Mauro Marcondes é acusado de negociar a edição de uma medida provisória que prorrogou incentivos para montadoras. Luís Cláudio diz que o pagamento foi feito por serviços prestados na área de marketing esportivo. Em outubro, a LFT foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal.
Nilo diz que Luís Cláudio tem atuação conhecida na área de marketing esportivo e reclama do que chama de “leviandade acusatória” contra Lula e sua família. O criminalista afirmou ter se juntado a Teixeira e Zanin para “ajudá-los a enfrentar esse tsunami, esse esforço artificial para tentar criminalizar o presidente Lula”.
“Acho que é uma causa muito importante para além do pouco que há nela de jurídico-penal. O principal é o sentido político de (tentativa de) neutralizar uma liderança política”, afirmou.
Segundo Nilo, "não há perspectiva de ação criminal concreta, o que existem são coisas imaginativas, tentativas fantasiosas e até ridículas de relacionar fatos". Nilo diz que cabia aos partidos indicar postos importantes como as diretorias da Petrobrás. “Quando se convida um aliado a participar, ele tem justa expectativa de exercer poder e os partidos decidem soberanamente. Querem transformar o Executivo em fiador das indicações, e isso não existe”, declarou.
Para o advogado, as informações de delações premiadas devem ser tratadas com "cuidado redobrado", pois “vêm de pessoas que terão penas muitíssimo diminuídas em troca de informações”. “O delator é recompensado. A tendência é falar o que os ouvidos de quem está inquirindo querem ouvir”, afirmou.
O criminalista reclamou do tratamento dado pela mídia às acusações feitas pelos acusados e do vazamento de informações sigilosas. "Há uma colisão séria entre a liberdade de comunicação, com a qual todos estamos de acordo, e a presunção de inocência e o direito a julgamento justo", declarou.
Nilo explicou por que decidiu não cobrar honorários de Lula. "Levo em conta a natureza da causa e do cliente. Integro o mesmo campo político do presidente Lula", afirma. Segundo ele, seu escritório não cobra honorários de cerca de 50 causas em andamento.
Questionado se a defesa de Lula pretende tomar alguma medida preventiva em relação ao ex-presidente, o criminalista repetiu que não há nada de concreto contra Lula. "Como em Pirandello, a defesa do presidente Lula é uma defesa à espera de uma acusação", brinca, referindo-se à peça "Seis personagens à procura de um autor", do italiano Luigi Pirandello.

Novas regras para operadoras de planos de saúde entram em vigor em maio

Agência Brasil

Plano de Saúde 
© Arquivo/Agência Brasil Plano de Saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta sexta-feira (15) novas regras de atendimento prestado por operadoras de planos de saúde nas solicitações de procedimentos e serviços de cobertura assistencial. As medidas, definidas pela Resolução Normativa 395, entram em vigor no dia 15 de maio.
A multa em casos de descumprimento da norma varia de R$ 30 mil a R$ 100 mil. Uma das principais mudanças é a implantação, por parte das operadoras, de unidade de atendimento presencial, em horário comercial durante os dias úteis nas capitais ou regiões de maior atuação dos planos. Ficam isentas as operadoras de pequeno porte, as exclusivamente odontológicas, as filantrópicas e as de autogestão.
As empresas de grande porte também terão que oferecer atendimento telefônico durante 24 horas, sete dias por semana, enquanto as de médio e pequeno porte, as exclusivamente odontológicas e as filantrópicas deverão ter canal telefônico para atendimento em horário comercial nos dias úteis.
Além disso, as operadoras, quando demandadas, devem prestar imediatamente informações e orientações sobre o procedimento ou serviço assistencial solicitado, esclarecendo se há cobertura prevista no rol da ANS ou no contrato.

Procedimentos e serviços

A resolução exige ainda que, sempre que houver solicitação de procedimento ou serviço, independentemente do canal pelo qual seja feita, deverá ser fornecido número de protocolo no início do atendimento ou logo que o atendente identifique tratar-se de demanda que envolva cobertura assistencial.
Nos casos em que não for possível fornecer resposta imediata à solicitação, as operadoras terão prazo de até cinco dias úteis para responder diretamente aos beneficiários.
Se a resposta apresentada negar a realização de procedimentos ou serviços, devem ser informados detalhadamente o motivo e o dispositivo legal que o justifique.
Nas solicitações de procedimentos de alta complexidade ou de atendimento em regime de internação eletiva, o prazo para resposta das operadoras é de até dez dias úteis. Já para procedimentos de urgência e emergência, a resposta deve ser imediata.
O consumidor também poderá pedir o envio das informações por escrito em até 24 horas e requerer a reanálise da solicitação, que será avaliada pela Ouvidoria da empresa.
“Se a empresa dificultar ou tentar impedir essa reanálise, será configurada infração por não observância às regras sobre atendimento aos beneficiários nas solicitações de cobertura assistencial”, informou a ANS.

Arquivamento

O texto prevê ainda que as operadoras deverão arquivar, pelo prazo de 90 dias, e disponibilizar, em meio impresso ou eletrônico, os dados do atendimento ao beneficiário, identificando o registro numérico de atendimento, assegurando a guarda, manutenção da gravação e registro.
O beneficiário poderá requerer que as informações prestadas sejam encaminhadas por correspondência ou meio eletrônico, no prazo máximo de 24 horas. Caso solicitem, também poderão ter acesso aos registros de seus atendimentos, em até 72 horas a contar da realização do pedido.
“Em caso de descumprimento das regras previstas na resolução normativa, a operadora está sujeita a multa de R$ 30 mil. Caso a infração venha a se configurar em negativa de cobertura, a operadora também estará sujeita a multa – neste caso, os valores vão de R$ 80 mil a R$ 100 mil”, concluiu a ANS.

Janot revela 'bando de asseclas de Collor'



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o senador Fernando Collor (PTB/AL) tinha um ‘bando de asseclas’ agindo na BR Distribuidora. Na denúncia que entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 17 de dezembro contra o deputado Vander Loubet (PT/MS), a quem acusa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o procurador descreve em 199 páginas o esquema de corrupção instalado na subsidiária da Petrobrás.
Janot destaca que a BR foi controlada por dois grupos políticos, um do PT, outro do PTB – este sob o comando de Collor, o outro de Loubet.
“O grupo do deputado Vander Loubet era distinto do bando de asseclas do senador Fernando Affonso Collor de Mello, mas os dois grupos agiam de modo conexo”, assinala Rodrigo Janot.
O procurador registra que os grupos de Collor e Loubet tinham como elos o empresário Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos – ex-ministro na gestão do então presidente Collor (1990/1992) – e o doleiro Alberto Youssef, réu confesso e delator da Operação Lava Jato. Na avaliação de Janot, o petista e o petebista formaram ‘uma grande, complexa e estruturada quadrilha’.
Segundo o procurador-geral, as ‘investigações realizadas no Inquérito 3883/DF conduziram à identificação de uma complexa organização criminosa em atuação no âmbito da BR Distribuidora’.
Rodrigo Janot é enfático: “O esquema de desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro referente à Petrobras Distribuidora tinha como operador exatamente Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, que atuava principalmente em favor de seu amigo pessoal, Fernando Collor de Mello, senador pelo PTB de Alagoas. Isso ocorreu essencialmente em razão da influência, sobre a sociedade de economia mista em questão, do Partido Trabalhista Brasileiro, notadamente de seu senador pelo Estado de Alagoas, Fernando Collor, bem como de seu amigo pessoal e ‘operador particular’, Pedro Paulo Leoni.”
O procurador aponta categoricamente para o envolvimento de Loubet. “As investigações do Inquérito 3990/DF evidenciaram que, para que o grupo criminoso em questão atuasse, era necessário o repasse de valores ilícitos para o deputado federal Vander Luís dos Santos Loubet, em função da ascendência que o Partido dos Trabalhadores exercia sobre parte da Petrobrás Distribuidora S/A. O parlamentar, em conjunto com seus auxiliares, acabou aderindo à organização criminosa preordenada à prática de crimes de peculato, de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro no âmbito da BR Distribuidora.”
Na denúncia contra Loubet, o procurador revela como Collor e Loubet repartiram as quatro diretorias estratégicas da subsidiária da Petrobrás.
A Diretoria de Redes de Postos de Serviço, ocupada por Luiz Claudio Caseira Sanches entre 2009 e 2013 e por Luís Alves de Lima Filho entre 2013 e 2015, era de indicação do PTB, ’em especial do senador Fernando Collor’.
A Diretoria de Operações e Logística, ocupada por José Zonis entre 2009 e 2013 e por Vilson Reichemback Silva entre 2013 e 2015, também era de indicação do PTB, ’em especial do senador Fernando Collor’.
A Diretoria de Mercado Consumidor, ocupada por Andurte de Barros Duarte Filho entre 2009 e 2015, era de indicação do PT.
A Diretoria Financeira e de Serviços, ocupada por Nestor Cerveró entre 2008 e 2014, também era de indicação do PT.
“Assim, as forças políticas que dominavam a Petrobrás Distribuidora S/A eram o senador Fernando Collor, do PTB, e o Partido dos Trabalhadores.
É nessa denúncia que o procurador-geral afirma que Collor obteve do então presidente Lula ‘ascendência’ sobre a BR ’em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional’.
“O grande agente do senador Fernando Collor na BR Distribuidora era Pedro Paulo Leoni Ramos”, afirma Janot. “Em nome de Fernando Collor, Pedro Paulo Leoni realizou os principais contatos na sociedade de economia mista, operacionalizou negócios em favor de empresas privadas, cobrou vantagens indevidas e a dotou de estratégias de intermediação e ocultação da origem e do destino da propina relacionada a tais contratos.”
Núcleos. O procurador-geral da República destaca que o esquema de corrupção instalado na BR é similar ao relacionado à Petrobrás, com atuação simultânea de quatro núcleos: administrativo, econômico, financeiro e político – este ‘formado tanto pelos parlamentares responsáveis pela indicação e manutenção em seus cargos dos diretores e funcionários de alto escalão da BR Distribuidora que, sob orientação sua, principalmente por meio de seus operadores, cometeram ilegalidades que beneficiaram empresas contratadas pela sociedade de economia mista, como pelos auxiliares que colaboraram diretamente para o recebimento de vantagens indevidas pelos políticos em questão, como contrapartida pela viabilização do funcionamento do esquema’.
Janot relata que o núcleo administrativo era composto por diretores e funcionários de alto escalão da BR ‘que ocuparam seus cargos por indicação político-partidária e que, nessa condição, praticaram ilegalidades em contratos celebrados em beneficio de determinadas empresas, conforme orientação direta ou indireta do parlamentar que os apadrinhara’.
O núcleo econômico, descreve o procurador, era formado por empresas e empresários que celebraram contratos com a BR e foram beneficiados pelas ilegalidades cometidas pelos diretores e funcionários de alto escalão da sociedade de economia mista apadrinhados e que, em contrapartida, pagaram vantagens indevidas aos parlamentares responsáveis pela indicação e manutenção em seus cargos (apadrinhamento) dos integrantes do núcleo administrativo’.
O financeiro era ‘formado por operadores e intermediários que se encarregaram de articular os vários núcleos do grupo criminoso e, particularmente, de receber as vantagens indevidas das empresas beneficiadas e repassá-las aos parlamentares que viabilizavam o funcionamento do esquema, fazendo tudo isso mediante estratégias de ocultação de sua origem ilícita, através do uso de diversas empresas e pessoas, manipulando sobretudo dinheiro em espécie’.

COM A PALAVRA, A DEFESA DO SENADOR FERNANDO COLLOR (PTB/AL)

O senador Fernando Collor não é acusado na referida denúncia, não é parte no mencionado processo, e, portanto, não comentará as conjecturas e especulações do Dr. Rodrigo Janot. (Dr. Rogério Marcolini – advogado do senador)

COM A PALAVRA, O DEPUTADO VANDER LOUBET (PT/MS)

A assessoria de Vander Loubet informou que o deputado não iria comentar a acusação porque ainda não teve acesso à denúncia do procurador-geral da República nem à delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.

COM A PALAVRA, PEDRO PAULO LEONI RAMOS

A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni Ramos disse que ele não vai se manifestar por não ter tido acesso ao teor da denúncia.

Dilma critica vazamentos e diz que nada tem a esconder



Últimas denúncias que saíram "são repetições", diz presidente© Foto: Reuters Últimas denúncias que saíram "são repetições", diz presidente
A presidente Dilma Rousseff voltou a dizer nesta sexta-feira, 15, que não teme denúncias, criticou vazamentos e se mostrou disposta a apresentar qualquer documentação sobre qualquer tema. "Nos últimos dias tem havido denúncias, essas denúncias são de vazamentos. Eu não sei se as delações estão feitas ou não.
Delação de quem, vazamento de quem. Mas me permita dizer, nós responderemos, eu especialmente, responderei qualquer coisa, em quaisquer circunstâncias", disse a presidente durante café da manhã com jornalistas de sites, revistas e agências internacionais.
Dilma disse ainda que as últimas denúncias que saíram "são repetições". "Para cada um dos jornais que pediram nós enviamos toda uma resposta a respeito de quem quer que seja. Se tornarem a pedir, nós tornaremos a enviar. Não tem nenhuma novidade nesta questão", afirmou.
Essa semana foi revelado que, em delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró declarou à Procuradoria-Geral da República ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente. Segundo Cerveró, em setembro de 2013, Collor afirmou que Dilma permitiu que ele tivesse liberdade para indicar os cargos de comando na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Segundo Dilma, as informações veiculadas não são claras. "A gente não sabe quem disse, quem falou e se é garantido. Não tem clareza. Para nós as perguntas nunca vêm claras", reclamou. "Quem disse? Quem me garante? Disse aquilo mesmo? E em que contexto?", questionou a presidente.
Cerveró mudou em sua delação premiada a versão sobre um suposto pagamento de US$ 4 milhões à campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. O montante, segundo publicou nesta semana o jornal Valor Econômico, teria vindo de obras da refinaria de Pasadena.
Segundo a reportagem, menções à presidente Dilma também sumiram na delação. No documento prévio, Cerveró a citava três vezes; no depoimento posterior, nenhuma. Uma das menções originais era que "Dilma incentivou Nestor Cerveró para acelerar as tratativas sobre Pasadena. Sempre esteve a par de tudo que ocorreu na compra daquela refinaria, e realizou diversas reuniões com Nestor durante todo o trâmite".
Sem citar Cerveró, a presidente afirmou que as não há nenhuma novidade sendo veiculada e que as notícias já são publicas há dois anos. "Já teve até em CPI", lembrou a presidente. "Querem a informação? Dou calhamaço feito com todas as atas do Conselho da Petrobras", disse. "Se alguém quiser poderia me pedir hoje, estou fornecendo hoje. Como eu sempre fiz", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Novo líder do PMDB não pode se transformar em um assessor do governo, diz Cunha


Cunha_1201: O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) 
© Fornecido por Estadão O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
BRASÍLIA - Ao deixar seu gabinete nesta quarta-feira, 13, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu que o novo líder da bancada do PMDB não se comporte como um representante do Palácio do Planalto na Casa. "A liderança do PMDB não pode se transformar em um assessor do governo ou alguém que represente o governo. Ele (novo líder) não pode ser nem de governo, nem de oposição, tem de representar a bancada", pregou.
Cunha, que nos bastidores atua contra a recondução do atual líder Leonardo Picciani (RJ), disse que a bancada precisa de um perfil de líder que reúna os 67 deputados e lembrou que o PMDB da Câmara sofreu nos últimos tempos um processo de divisão. "Alguém que tenha essa condição de compor a bancada de novo, de unir a bancada. Não necessariamente alguém que seja contra o governo ou a favor do governo", declarou.
Para Cunha, Picciani contribuiu para a desunião entre os peemedebistas. "Me parece que ele não conseguiu unir, ao contrário, conseguiu desunir. É importante buscar alguém que una", reforçou o presidente da Câmara. O peemedebista reafirmou seu desejo de votar na eleição deste ano, ao contrário do ano passado, quando não votou.
Cunha deixou a Câmara nesta tarde evitando comentar as últimas denúncias envolvendo a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, e nomes como do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, sua sucessora Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ao ser questionado se gostaria que Renan recebesse o mesmo tratamento dado a ele pela Procuradoria Geral da República (PGR), Cunha respondeu apenas que não.
Sobre o conteúdo da delação de Cerveró que menciona a presidente Dilma, Cunha evitou relacionar os desdobramentos da Operação Lava Jato com o processo de impeachment iniciado na Câmara. "A motivação (da abertura do processo) é por causa das pedaladas e não tem a ver com as denúncias. Isso é mais uma questão de sentimento que alguém possa ter. As motivações do pedido de impeachment são outras", afirmou.

Em mensagens de executivos da OAS, Lula e Dilma eram 'Luma'


Lula e Dilma: O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff 
© Fornecido por Estadão O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff
BRASÍLIA - As mensagens obtidas por investigadores da Operação Lava Jato no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, mostram que os executivos da empresa não só articulavam com políticos a obtenção de favores e o apoio financeiro a candidatos, mas também faziam avaliações sobre a política nacional. "Vai ser duro!!!! Haja Luma (Lula+Dilma)", sugeriu um dos executivos da empresa sobre a vantagem do candidato ACM Neto (DEM) sobre o petista Nelson Pelegrino, na campanha à prefeitura de Salvador em 2012. Dois anos depois, executivos da empresa citavam a vitória de ACM Neto como um indicativo de que "acabou o tempo de eleger 'poste'".
Diante do avanço da campanha do atual prefeito da capital baiana, ACM Neto, o ex-presidente da OAS e o ex-diretor da empreiteira Manuel Ribeiro Filho começaram a discutir por mensagens as formas de salvar a campanha eleitoral de Pelegrino, a quem deram apoio. "Dilma/ Lula/Militância ofensiva. São as únicas formas de vencer", escreveu Ribeiro Filho. O apoio da empreiteira ao petista Nelson Pelegrino, em 2012, foi intermediado pelo então governador da Bahia e hoje ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), de acordo com os investigadores da Lava Jato.
Nas mensagens, os executivos discutiram propaganda na TV em que ACM Neto "desconstrói" Pelegrino. "Só Lula e o Papa. Ainda bem que cheguei em Roma", escreve um número supostamente ligado a Léo Pinheiro, em 19 de outubro de 2012, antes do segundo turno eleitoral, a respeito de possível vitória do PT. "Leo: se não partir para desconstruir (ACM) Neto, nem Javeh. Virou Onda. A propaganda está inteligente. Neto não bate ou bate com elegância", respondeu o ex-diretor. Manuel Ribeiro Filho se afastou da OAS no final de 2012 e em janeiro de 2014 foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, ainda na gestão de Wagner no governo.
Quase dois anos depois das trocas de mensagens sobre a campanha de 2012, outros executivos da empresa voltam a falar com Léo Pinheiro a respeito da preocupação com as eleições na Bahia. Em janeiro de 2014, ano em que foram realizados pleitos para presidente da República e para os governos estaduais, César Mata Pires, fundador da OAS, diz a Léo Pinheiro que "acabou o tempo de eleger poste" e faz referência à eleição de 2012, quando Pelegrino, mesmo com apoio dos governos federal e estadual, perdeu as eleições.
"LP (Léo Pinheiro), Acabou o tempo de eleger poste. JW (Jaques Wagner) que se cuide... não aprendeu com a vitória do grampinho (apelido usado para se referir a ACM Neto). Temos que pensar nessa hipótese X nossos interesses na Bahia. Deus nos proteja. CMP (César Mata Pires)", escreveu.
Após as conversas terem vindo à tona, reveladas na semana passada pelo Estado, o ministro Jaques Wagner disse estar à disposição das autoridades e do Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre o assunto. Em nota, Wagner disse estar "absolutamente tranquilo" quanto à sua "atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil". Procurada, a OAS afirmou por meio de assessoria que "não tem nada a comentar a respeito".

Lula contrata novo advogado para reforçar sua equipe de defesa



<p>A cúpula do PT entende que recorrer a um criminalista experiente foi uma maneira de tentar evitar "o ambiente criado para a prisão de Lula".</p>© Fornecido por Notícias ao…
As investigações das operações Lava Jato e Zelotes, incentivaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a reforçar sua equipe de advogados. Segundo a Folha de S. Paulo, Lula contratou o criminalista Nilo Batista para fazer parte da sua defesa.
Segundo aliados, Lula "tomou consciência de que algo mais grave pode acontecer". A publicação recorda que, nesta semana, o delator Nestor Cerveró citou Lula diretamente em um negócio investigado na Lava Jato.
Nilo Batista foi governador do Rio de Janeiro em 1994 e é considerado um dos principais criminalistas do Estado.
Lula chegou cogitar convidá-lo para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal em 2003, mas optou por Cezar Peluso, por sugestão do então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.
Batista disse à reportagem da Folha que está trabalhando de graça para Lula. No entanto, o jornal estima que os honorários dos advogados da Lava Jato variem entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, mas alguns figurões chegam a cobrar R$ 15 milhões pelo trabalho.
Batista declarou que sua estratégia será "mostrar movimentos processuais e as hipóteses fantasiosas" utilizadas para "criminalizar" o petista.
"Há um esforço para a criminalização do ex-presidente", afirmou o advogado, que preferiu não atribuir a prática a nenhuma pessoa ou órgão. "Não quero fulanizar."
A cúpula do PT entende que recorrer a um criminalista experiente foi uma maneira de tentar evitar "o ambiente criado para a prisão de Lula".
Auxiliares de Dilma Rousseff também ficaram satisfeitos com a decisão, pois consideram como a profissionalização da defesa do petista, ainda tido no Planalto como principal fiador do governo.

Defesa

Batista se une aos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira. O criminalista foi indicado pelo deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), amigo de Lula e que tem coordenado as iniciativas jurídicas do PT, no Congresso, em defesa do governo.
Ainda de acordo com a Folha, o ex-presidente não é acusado em nenhum dos processos em que seu nome aparece. Ele apenas é investigado pela Procuradoria da República no Distrito Federal sob suspeita de favorecer a Odebrecht, que pagou palestras e viagens do petista a países onde fez obras financiadas pelo BNDES.
Porém, Cerveró disse em delação que foi indicado por Lula para cargo na BR Distribuidora como gratidão pela contratação da Schahin Engenharia. Segundo Cerveró, o negócio serviu para quitar empréstimo de R$ 12 milhões, no Banco Schahin, que saldou dívidas do PT.
A reportagem destaca que Lula negou a versão e afirma que nunca tratou "com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT" e que Cerveró foi indicado pelo PMDB.

Topógrafo diz que 'compadre de Lula' indicou serviços em sítio de Atibaia



Lava Jato investiga se empreiteira OAS fez reforma a pedido de petista.© Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Lava Jato investiga se empreiteira OAS fez reforma a pedido de petista.
O agrimensor Claudio Benatti, identificado pela Polícia Federal como responsável pelas medições e plantas do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – frequentado pelo ex-presidente Lula – afirmou ao Estado que o advogado Roberto Teixeira, compadre do petista, era o responsável por determinar os serviços a serem prestados na propriedade, no ano de 2011. A Operação Lava Jato investiga se uma reforma feita no local, no mesmo ano, foi executada pela OAS – uma das líderes do cartel que fatiava obras na Petrobrás – a pedido do ex-presidente, como compensação por contratos da empreiteira no governo.
“Quem indicou tudo, quem arrumou para eu fazer o serviço lá foi o Roberto Teixeira. Que é o advogado, que é o compadre do Lula”, afirmou Benatti. “Eu fui lá fazer um serviço. Eu fiz a topografia do sítio, fiz o levantamento.”
O advogado amigo do ex-presidente não aparece nos registros de propriedade do sítio. Oficialmente, o imóvel está em nome de dois empresários ligados à família de Lula. Ambos compraram a propriedade – que têm duas matrículas no Cartório de Registro de Imóveis de Atibaia – em 29 de outubro.
A PF determinou nesta terça-feira, 12, que Benatti seja ouvido no inquérito da OAS. Ele foi identificado pela Lava Jato após o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de São Paulo localizar registro de seus serviços no sítio Santa Bárbara, em 2011. O órgão localizou a Anotação de Registro Técnico (ART) do levantamento planialtimétrico, assinado por Benatti, após ser intimado a buscar dados sobre obras no local.
Benatti mora em Monte Alegra do Sul, no interior de São Paulo. É de lá que ele diz conhecer o compadre de Lula. “Roberto Teixeira eu conheço ele desde 1972. Ele tem sítio aqui em Monte Alegre. Foi aqui que o Lula vinha tomar as pingas dele, em Monte Alegre.”
O topógrafo afirma que guarda os mapas do serviço prestado. “Eu faço serviço para o Roberto Teixeira há uns 40 anos. É conheci ele de muito tempo, acho que bem antes dele conhecer o Lula.”
Compra sob suspeita. A Lava Jato passou a investigar a obra no sítio Santa Bárbara, após a informação de que a propriedade teria passado por grande reforma, em 2011, executada supostamente pela OAS. Os serviços atenderiam pedido de Lula ao ex-presidente da empreiteira José Aldemário Pinheiro – preso em novembro de 2014 e solto em abril de 2015 -, segundo reportagem da Revista Veja, em abril de 2015.
Na cópia da ART enviada pelo CREA para a Lava Jato, com data de 4 de janeiro, o contratante dos serviços é o empresário Jonas Leite Suassuna Filho – dono do Grupo Gol de editoras e ligado a um dos filhos do ex-presidente Lula.
Na entrevista ao Estado, o agrimensor diz que não chegou a conhecer pessoalmente Suassuna, mas apontou seu nome como um dos proprietários. “Não conheci (Suassuna). Eu fui no escritório desse proprietário, que eu acho que é o Suassuna, ali em uma travessa da Paulista.”
Os empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar não foram localizados.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ROBERTO TEIXEIRA

Procurado, o advogado Roberto Teixeira, por meio de sua assessoria de imprensa, não se manifestou sobre o assunto.

COM A PALAVRA, OAS

Procurada, a empreiteira OAS informou, por meio de assessoria de imprensa, que “não tem nada a declarar sobre esses temas”.

COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE LULA

Procurado via assessoria de imprensa do Instituto Lula, o ex-presidente Lula não comentou o caso.

Cerveró muda versão sobre pagamento de propina à campanha de Lula


© Fornecido por Notícias ao Minuto
A delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor de Internacional da Petrobras e delator do esquema de corrupção na estatal na Operação Lava Jato, sofreu uma mudança. O delator modificou sua versão original sobre um suposto pagamento de propina de US$ 4 milhões à campanha de reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, com recursos que teriam origem na obra de Renovação do Parque de Refino (Revamp) da refinaria de Pasadena, no Texas, de acordo com um documento obtido pelo "Valor".
Os advogados de defesa do delator deram informações iniciais aos investigadores da Lava-Jato de que "foi acertado que a Odebrecht faria o adiantamento de US$ 4 milhões para a campanha do presidente Lula, o que foi feito". Cerveró ainda alegou que o pagamento seria realizado em contrapartida a um contrato obtido pela empreiteira e a UTC para o Revamp de Pasadena, contudo, ainda segundo o "Valor", a menção ao suposto caixa dois não consta no depoimento de número 5 da delação premiada de Cerveró, homologada pelo ministro Teori Zavascki, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Lula não é mencionado no termo de declarações sobre Pasadena e a fonte de pagamento do suposto suborno foi alterada, passando a ser a UTC e não mais a Odebrecht.
"Foi decidido que (...) a contrapartida da UTC pela participação nas obras do Revamp seria o pagamento de propina; que se acertou que a UTC adiantaria uma propina de R$ 4 milhões, que seriam para a campanha de 2006, cuja destinação seria definida pelo senador Delcídio do Amaral [PT-MS] ", consta no documento.
Outra diferença entre o acordo de delação inicial e o depoimento se refere à presidente Dilma Rousseff. No resumo de informações, Cerveró citou a presidente em três momentos, quando falou sobre Pasadena. Contudo, não há citação a Dilma no termo homologado pelo STF.