sábado, 3 de setembro de 2016

POTIRAGUÁ: LUIZ SOARES RUMO A REELEIÇÃO






ONTEM 03/09/2016 1º COMICIO DO PREFEITO LUIZ SOARES CANDIDATO A REELEIÇÃO, CONTOU COM UMA CARREATA E PASSEATA QUE MOBILIZOU A POPULAÇÃO DA SEDE, DISTRITO DE ITAIMBÉ E GURUPÁ-MIRIM. ESTEVE PRESENTE O DEPUTADO ESTADUAL ROSEMBERG PINTO, O SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE DA BAHIA, O EX-PREFEITO JOÃO BIQUINI, O VICE-PREFEITO JOSÉ AMARAL, O CANDIDATO A VICE NA CHAPA DRº ANTONIO, OS VEREADORES: CARLINHOS DE DANIEL, NILTON PEREIRA REIS (BISCOITO), TOM, JOSÉ CARLOS SIGANO, MARQUINHOS ALICATE, TODOS PLEITEANDO REELEIÇÃO E OS CANDIDATOS A VEREADOR PELA 1ª VEZ.
 









PMDB vai expulsar senadora Katia Abreu



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A senadora Katia Abreu (TO) atuou para defender a ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment e a relação da parlamentar com o PMDB ficou prejudicada.

O blog de Matheus Leitão, do G1, conversou com peemedebistas que confirmaram que a ex-ministra de Dilma será expulsa do partido e que o processo deve começar em breve. O partido ainda discutiu o caso de Roberto Requião (PR), outro senador do PMDB que votou contra o impedimento da ex-presidente.

A publicação explica que a legenda considera que Katia está na vida política "de passagem, muda de posição, de partido e de lado com muita facilidade e rapidez", disse um peemedebista que acredita que Katia não é e não tem nada com o PMDB.

A senadora atuou incansavelmente contra o impeachment de Dilma e pequenos grupos do PT já chegam a cogitar o nome de Katia Abreu para estar numa eventual chapa em 2018 como vice de Lula, caso o ex-presidente seja candidato ao cargo.

Advogado investigado na Lava Jato integra ação contra Dilma no STF



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Investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de recebimento de propina no esquema da Petrobras, o advogado Tiago Cedraz é um dos setes advogados que aparecem como responsáveis pelo texto do mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) por partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff no Congresso (PSDB, DEM, PMDB e Solidariedade).

O advogado afirmou à reportagem, por meio de sua assessoria, que apenas encaminhou uma procuração ao PSDB, 'responsável pela coordenação' do documento e negou ter participado da produção do mandado. Após ter sido procurada pela reportagem, a assessoria cogitou 'retirar o nome do advogado' dos autos.

Os partidos pedem que o STF suspenda a habilitação de Dilma para o exercício de função pública, direito que havia sido concedido pelo plenário no Senado em votação nesta quarta-feira (31) na mesma sessão do julgamento do impeachment que decidiu pela perda do mandato da então presidente afastada.

O texto do mandado de 17 páginas em que Tiago Cedraz consta como subscritor foi distribuído à imprensa pela assessoria de imprensa do PSDB na tarde desta sexta-feira (2). Em site do partido Solidariedade na internet, Tiago aparece como 'secretário de Assunto de Jurídico'. Ele também foi defensor, no STF, do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), principal nome do Solidariedade.

Tiago é filho do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz. O advogado foi acusado em delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, em desdobramento da Operação Lava Jato como parte de acordo de colaboração fechado com a PGR (Procuradoria-Geral da República).

O delator disse que fazia pagamentos a Tiago 'em razão de o mesmo apresentar ao declarante informações privilegiadas, por antecipadas, notadamente registros da área técnica do TCU', o Tribunal de Contas da União.

Além do depoimento, Pessoa entregou à PGR uma tabela que aponta pagamentos totais de R$ 2,2 milhões a Tiago, parte dos quais teria sido entregue em espécie. A tabela registra repasses de R$ 50 mil entre 2012 e 2014 e uma parcela de R$ 1 milhão em fevereiro de 2014.

Os valores aparecem ao lado da inscrição 'Thiago/Luciano'. De acordo com o depoimento do delator, Luciano é uma referência ao primo de Tiago, Luciano Araújo, que ocupava o cargo de tesoureiro do partido Solidariedade, comandado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD), o Paulinho da Força.

Pessoa também forneceu uma relação de registros de 51 entradas de Tiago em prédios da empresa entre 2012 e 2014 e outras 80 de Luciano entre 2013 e 2014.Tiago Cedraz é investigado no inquérito que tramita no STF tendo como outros investigados os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ministro do TCU Raimundo Carreiro.

O inquérito apura supostas irregularidades na licitação da usina nuclear de Angra 3 e também se Carreiro foi o destinatário de recursos captados por Tiago do empreiteiro Ricardo Pessoa.

Em depoimento, Pessoa disse que Tiago havia lhe afirmado 'que tinha contato com Raimundo Carreiro e por meio dele iria resolver o julgamento acerca das impropriedades ditas como existentes no contrato de Angra 3'. Carreiro, na época, era relator de um processo que tramitava no TCU sobre irregularidades na usina nuclear.

Em diversas manifestações ao longo dos meses, tanto Tiago Cedraz quanto Raimundo Carreiro negaram quaisquer irregularidades.

EDUARDO CUNHA 

Além de Tiago, também subscreve como parte do mandado de segurança dos partidos contra a habilitação de Dilma o advogado Renato Oliveira Ramos, profissional de confiança do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ramos atuou em defesa do parlamentar em vários processos de interesse particular do parlamentar.

Como integrante do escritório de advocacia que atende ao PMDB, Ramos ocupou um cargo na presidência da Câmara em dezembro passado. Desde então, assinou as principais ações movidas por Cunha no STF a propósito do processo de impeachment na Câmara, como o recurso pelo qual Cunha fez questionamentos acerca do rito processual definido pelos ministros do Supremo.

Em abril passado, a Folha de S.Paulo revelou que Ramos também atuou ao lado com o relator do impeachment, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO).

Ramos sentou-se ao lado de Jovair Arantes durante a leitura do relatório final sobre o pedido que apoiou o impeachment de Dilma. Em diversos momentos da sessão, Arantes consultou Ramos sobre supostas dúvidas no texto. Com informações da Folhapress.

Dilma critica imprensa nacional e alfineta Janaina Paschoal




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Dois dias após perder seu mandato na Presidência, Dilma Rousseff concedeu nesta sexta-feira (2) uma coletiva à mídia estrangeira, em Brasília, na qual criticou os jornais nacionais na cobertura do seu processo de impeachment.

"Não podem falar que o NYT é petista, que o Le Monde, o El País são petistas. O viés da mídia nacional a favor do golpe foi total e inequívoco", disse Dilma, em resposta à ANSA.

"Meu afastamento deve servir para uma análise muito séria das consequências de termos quatro grupos de mídia controlando toda a informação no Brasil". Ao longo desta semana, vários jornais internacionais comentaram o impeachment da petista.

O norte-americano NYT disse que os senadores brasileiros "expulsaram" Dilma, enquanto o espanhol El País disse que era "a mudança de governo mais traumática e esquizofrênica das últimas décadas".

Na coletiva, Dilma também disse que foi "expelida" dos jornais brasileiros assim que o Senado deu prosseguimento ao processo de impeachment e a afastou do cargo, em maio. "Fui literalmente expelida de alguns meios de comunicação a partir do dia que fui afastada".

Sobre a votação "fatiada" no Senado, que tirou o mandato de Dilma por 61 votos a 40, mas, de forma inédita na história da Constituição, manteve seus direitos políticos por 42 votos a 36, a petista se esquivou das polêmicas. "Está se tentando criar uma teoria na mídia de que, já que mantiveram os meus direitos, tem que manter os de Eduardo Cunha também. Não mesmo", disse Dilma.  

No entanto, analistas políticos afirmaram que a votação separada de perda de mandato e da perda de direitos políticos abre um procedente no Senado que poderá ser utilizado na Câmara dos Deputados. Com isso, o deputado Eduardo Cunha poderá ter seu mandato cassado, mas não perder seus direitos de recandidatura. Responsável por dar início ao processo de impeachment de Dilma, o parlamentar será votado no próximo dia 12 na Câmara.

Destituída por crimes de responsabilidade fiscal, Dilma também voltou hoje a dizer que é inocente e alfinetou a jurista Janaína Paschoal, uma das autoras da denúncia de impeachment.

"Para os meus netos, eu quero um Brasil democrático e cheio de oportunidades. E eles terão, e não é por conta da Dra. Janaína", afirmou Dilma, respondendo à advogada, que argumentara que havia dado seguimento às acusações por querer o bem dos "netos da presidente".

"Vou contribuir para que o Brasil seja um país mais desenvolvido, mais justo e democrático. Eu farei oposição a este governo", prometeu a petista.

"Essa história eu conheço, sei como começa e termina. Eu tenho a consciência de que a democracia foi julgada comigo. Infelizmente, nós perdemos. Espero que nós, todos juntos, saibamos reconstruí-la". (ANSA)

'Amargurado', Lula diz 'que não tem que negociar' com Temer




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Dizendo-se amargurado com o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o PT a travar duro embate com o governo do presidente Michel Temer (PMDB).

Em reunião com a cúpula do partido, nesta sexta-feira (2), Lula afirmou que cabe aos movimentos sociais apresentar pautas de reivindicações ao atual presidente, mas que o "PT vai à luta e não tem que negociar com Temer", nem mesmo projetos em tramitação no Congresso.

O ex-presidente repetiu que se enganam aqueles que apostam no fim do partido. "Ninguém vai matar o PT", frisou.

Ele disse, porém, que Dilma não ouviu seus conselhos. E recomendou uma "reciclagem" rápida do PT, num prazo de até um ano. Lula diz que o partido não deve consumir muito tempo em balanços. Numa alusão aos aliados, afirmou que "até os amigos estão contentes" com enfraquecimento do PT para herdar o exército de militantes. Daí, a pressa.

"Para fazer balanços, contratem especialistas. Temos que nos recuperar rapidamente", recomendou.

Afirmando que se dedicará ao partido, o ex-presidente defendeu, no entanto, a renovação partidária. Aos velhos como ele, acrescentou, cabe apenas aconselhar. "Dei conselhos a Dilma, mas ela não ouviu", afirmou.
Lula disse ainda que a petista e o prefeito Fernando Haddad cometeram falhas na comunicação de seus governos. Um dos exemplos apresentados pelo ex-presidente foi o fato de Dilma ter anunciado mudanças no registro de pescadores no dia 29 de dezembro de 2014, às vésperas da virada do ano. Ele reclamou ainda de ela ter classificado como "pacotes" medidas cujo anúncio poderia ser diluído ao longo do ano.

LAVA JATO

O ex-presidente sugeriu que o partido apoie a Lava Jato, mas se queixou da atuação dos agentes responsáveis pelas investigações, comparando-os a motoristas que, inexperientes após tirar a carta, cometem "barbeiragens". Segundo Lula, esses agentes têm formação acadêmica, sem que sejam necessariamente experientes.

Ele reclamou também de politização nas investigações, contando que a Rede Globo levou ao ar uma cópia da decisão da Receita Federal de suspender isenção do Instituto Lula sem que sua diretoria tivesse sido notificada.

Ao pregar oposição, ele pediu atenção especial ao caso do pré-sal, afirmando que o movimento pelo impeachment foi alimentado por empresários interessados em sua desnacionalização.

Lula disse que o PT deve manifestações, como o Grito dos Excluídos, sem ser protagonistas dos atos. Após o encontro, o presidente do PT, Rui Falcão, informou a decisão de "engrossar os protestos". "Não somos autores da convocação. Não pretendemos autoria disso."

O PT decidiu também reeditar a campanha Diretas-Já, pela antecipação das eleições pela presidência. O formato será debatido com integrantes de movimentos e partidos de esquerda. "Não queremos ser a vanguarda de nós mesmos", disse Falcão.

Após o discurso de Lula, o secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, disse que o tom dos discursos e a conclusão do encontro representam uma "vitória de esquerda" do partido.

Avisando que falaria pouco para poupar a garganta, Lula discursou por uma hora, insistindo que o PT tem um legado e não será destruído. Com informações da Folhapress.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Tribunal de São Paulo mantém com Moro denúncia contra Lula no caso tríplex





A 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter a denúncia do caso tríplex 164-A do Guarujá atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo, com a Justiça Federal do Paraná. A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal Central remeteu, em abril deste ano acusação para a Justiça Federal do Paraná. A defesa do petista nega que ele seja o dono do tríplex.

Nesta denúncia, Lula é acusado por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro por supostamente ocultar a propriedade de imóvel no Guarujá, reformado pela OAS. Também foram denunciados no caso tríplex a ex-primeira-dama Maria Letícia Lula da Silva, o filho do casal Fábio Luiz Lula da Silva e mais 13 investigados. Na lista estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empresário Léo Pinheiro, da empreiteira OAS, e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).

A investigação da Promotoria de São Paulo no caso tríplex provocou uma convulsão em São Paulo. Em fevereiro deste ano, o promotor Cássio Conserino tentou ouvir o ex-presidente e sua mulher no inquérito. No dia marcado, uma multidão de militantes petistas em protesto à intimação do casal e centenas de manifestantes contrários a Lula cercaram a entrada do Fórum Criminal da Barra Funda.Segundo informação divulgada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, nesta quinta-feira, 1, a decisão de manter o processo no âmbito federal teve votação unânime dos desembargadores e manifestação favorável da Procuradoria de Justiça. Em seu voto, o relator do recurso, desembargador Nuevo Campos, ressalta que "o caso aponta para a existência de robusta conexão com os fatos apurados na operação denominada 'Lava Jato', em trâmite perante o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR)".

O texto destaca ainda que o entendimento jurisprudencial e doutrinário em casos como esse é o de prevalecer a competência da Justiça Federal. Acompanharam o voto do relator os desembargadores Carlos Bueno e Galvão Bruno.

O caso tríplex levou à indiciação do ex-presidente Lula pela Polícia Federal, na Lava Jato do Paraná. O petista foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Dona Marisa por corrupção e lavagem.

A conclusão do delegado federal Márcio Adriano Anselmo é que o casal "foi beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões referentes as obras de reforma no apartamento 164-A do Edifício Solaris, bem como no custeio de armazenamento de bens do casal".A apuração do inquérito teve como ponto central reforma realizada no tríplex, construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários), que teve como presidente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto - preso desde abril de 2015. O imóvel foi adquirido pela OAS e recebeu benfeitorias da empreiteira, acusada de corrupção na Petrobrás. O ex-presidente seria o verdadeiro dono do tríplex- a defesa do petista nega taxativamente.Além da reforma e compra de equipamentos para o tríplex do Guarujá, o indiciamento aponta o custeio pela OAS de armazenamento de bens do de Lula na empresa Granero Transporte.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA

A decisão proferida pelo TJSP (RESE nº 0022708-35.2016.8.26.0050) em nada altera os questionamentos que já apresentamos, em nome do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a competência da Justiça Federal de Curitiba para investigar aspectos relacionados a um apartamento situado no Guarujá, Estado de São Paulo. Tais questionamentos foram deduzidos em uma "exceção de incompetência" protocolada em 05/07/2016 e ainda não foram apreciados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4).

O principal critério estabelecido na lei para determinar o local das investigações é aquele onde o fato teria ocorrido (CPP, art. 69, I). Não há previsão legal para que um juízo ou um juiz se torne competente para investigar supostos fatos ocorridos em qualquer local do País. A existência de um juízo universal ou de um juízo temático na esfera penal fere a garantia constitucional do juiz natural.Lula e os seus familiares não são proprietários de qualquer apartamento no Edifício Solaris, no Guarujá (SP) e, por isso mesmo, não foram beneficiados por qualquer melhoria realizada nesse imóvel.

O apartamento 164-A está registrado no Cartório de Registro de Imóveis em nome da empresa OAS, que, portanto, detém a propriedade do imóvel por força de expressa disposição legal (CC, art. 1.245).Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

PMDB subscreve pedido para que Dilma perca direito a exercer função pública



Agência Brasil

Brasília - Romero Jucá é o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão escolhido pelo presidente interino Michel Temer  
© Fábio Pozzebom/Agência Brasil Brasília - Romero Jucá é o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão escolhido pelo presidente interino Michel Temer 
 
O PMDB decidiu apoiar e subscrever a ação que deve ser protocolada nesta sexta-feira (2) pelos advogados do PSDB no Supremo Tribunal Federal pedindo que seja anulada a segunda parte do julgamento da presidente Dilma Rousseff. O mandado de segurança a ser impetrado argumenta que ao ser condenada pelo Senado e perder o mandato, Dilma também deve ficar automaticamente inabilitada para assumir funções públicas por oito anos.

Ontem, os senadores do PT apresentaram um destaque para que essa decisão sobre a perda dos direitos da ex-presidenta fosse votada separadamente e ela foi absolvida na segunda votação.

A ação é assinada por PSDB, DEM, PPS e agora também pelo PMDB - que teve boa parte da bancada no Senado votando a favor de Dilma neste quesito. Segundo a assessoria do presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), a decisão de subscrever a ação é do partido e não tem relação com o governo de Michel Temer.

Temer comenta decisão do Senado e diz que está acostumado a "pequenos embaraços"


Agência O Globo

Presidente classificou como "movimentozinhos" as manifestações contra o governo. © Foto: Beto Barata/Presidência da República Presidente classificou como "movimentozinhos" as manifestações contra o governo. 
 
Ao comentar pela primeira vez a decisão do Senado Federal de analisar separadamente a perda dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Roussef durante o processo de impeachment, o presidente Michel Temer afirmou que está acostumado a "pequenos embaraços".

— Eu estou acostumando a isso há mais de 34 anos na vida pública e acompanho permanentemente esse pequenos embaraços, que logo são superados. Ontem mesmo, antes de sair de lá, falei companheiros PSDB, PMDB, do DEM e essa questão toda será superada. Não tem a menor dificuldade.

Ele evitou fazer juízos de valor sobre a decisão que teria sido considera uma manobra e, disse que, se certa ou errada, trata-se de uma decisão do Senado.

— Não se tratou de manobra, mas de uma decisão que se tomou. Eu sempre disse, desde o começo, como interino, sempre disse que respeitosamente aguardo a decisão do Senado Federal. Se o Senado tomou essa decisão, não importa, certo ou errada, tomou a decisão. Me parece que ela está sendo questionada agora juridicamente. Então, ela sai agora do plano exclusivamente político para o quadro de uma avaliação de natureza jurídica, o que convém às instituições brasileiras.

— Quando digo que vamos reconstitucionalizar o país, ou reconstitucionalizar o país, é exatamente isso. Cada poder exerce o seu papel. Claro que essas coisas dependem de um certo tempo.

Temer disse que a mensagem que lançou de reunificação e pacificação nacional não é em benefício pessoal, é em benefício dos brasileiros. E disse que se tratam de "movimentozinhos" as manifestações de quem se insurge.

— Tenho absoluta convicção que os brasileiros querem isso. Quem muitas vezes se insurge, como um movimentozinho é sempre um grupo muito pequeno de pessoas, não é? Não são aqueles que acompanham a maior da vontade dos brasileiros.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Na estreia de Tite, Gabriel Jesus brilha e seleção atropela o Equador




Apenas três dias de preparação, altitude de 2.750m acima do nível do mar e confronto com o vice-líder da eliminatória sul-americana. O cenário estava longe de ser o ideal para Tite estrear pela seleção brasileira. Mas a estrela do treinador brilhou tanto a ponto de outro debutante, Gabriel Jesus, brilhar. O atacante do Palmeiras sofreu um pênalti, fez um gol de calcanhar e marcou um golaço. A equipe canarinho atropelou o Equador: 3 a 0, em Quito.

O resultado da noite desta quinta-feira alivia bastante a situação da equipe canarinho na eliminatória da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. De sexta colocada, a seleção passou para o quarto lugar, já no grupo dos classificados ao Mundial, com 12 pontos.

O Equador  é o terceiro, com 13.

Os gols do Brasil foram marcado por Neymar, aos 26 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti. A penalidade foi sofrida por Gabriel Jesus, no primeiro jogo dele pela seleção principal, que depois ampliou de calcanhar, aos 41 minutos, e com um chute que mandou a bola no ângulo, aos 46 minutos.

Mais do que o resultado, o que animou nesta quinta foi o desempenho da seleção. Apesar da altitude, a equipe fez um duelo equilibrado contra o Equador, com lampejos de bom futebol, isto é, toque de bola, inflitração pelo centro da defesa rival e marcação coesa.

Gabriel Jesus, do Palmeiras, o volante Casemiro, Real Madrid, foram os melhores em campo. Quem também jogou bem foi o volante Paulinho, justamente a surpresa do treinador na convocação. Jogador do Guangzhou Evergrande, ele estava 'escondido' na China, mas ganhou um voto de confiança do técnico gaúcho e justificou.

Não bastasse o bom resultado, a seleção ainda quebrou um tabu. Nunca havia vencido o Equador fora de casa em partidas pela eliminatória. Eram duas derrotas e um empate. O último triunfo na casa do rival foi uma goleada de 6 a 0 pela Copa América-1983.

A seleção volta a jogar na próxima terça-feira, dia 6, contra a Colômbia, em Manaus, pela oitava rodada da eliminatória para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

LAMPEJOS DE BOM FUTEBOL

Com apenas três dias para treinar a equipe e diante da altitude de 2.780m acima do nível do mar, não seria justo cobrar um futebol de alto nível da seleção brasileira na estreia de Tite. Mas houve alguns lampejos de bom futebol durante o primeiro tempo.

Apesar de iniciar o duelo muito pressionado, a defesa conseguiu suportar a pressão. Com o decorrer da partida, a seleção equilibrou bem as ações.

Quando atacava, o Brasil utilizava a formação 4-3-3, com Gabriel Jesus centralizado ou invertendo a posição com Neymar, que jogou pelo lado esquerdo. Assim, confundiu a marcação do Equador e criou boas chances para fazer gols.

Aos 15 minutos, Gabriel Jesus fez boa jogada individual e finalizou de fora da área com perigo. O goleiro Domínguez precisou fazer a defesa em dois tempos.

A seleção chegou bem ao ataque aos 29 minutos em uma triangulação. Renato Augusto passou a bola para Neymar, que fez a jogada pelo meio de campo e tocou para Gabriel Jesus, na área. Ele finalizou com estilo, mas para fora. A jogada, no entanto, parou por impedimento do camisa 9.

Na defesa, a equipe de Tite mudava para um 4-1-4-1, mas pecou em muitos momentos, especialmente na proteção aos laterais. Os equatorianos utilizaram muito o lado direito (que quase sempre ficou desprotegido com Marcelo confuso) e pelo esquerdo.

EMPOLGOU NO SEGUNDO TEMPO

A seleção brasileira mostrou dificuldades no início do segundo tempo, possivelmente pelos efeitos da altitude. Sem tanta organização como no primeiro tempo, a equipe explorou bolas longas, lançamentos e chutões para sair da defesa e chegar ao ataque.

Essa forma de jogar facilitou a partida para o Equador, que abafou a defesa brasileira nos primeiros minutos e ficou próximo de conseguiu o gol.

Tite percebeu o risco que corria e trocou Willian, apagado, por Philippe Coutinho, aos 16 minutos do segundo tempo. Uma única mudança, mas que mexeu com todo o time. E a seleção brasileira finalmente empolgou e caminhou para a vitória.

O Brasil criou a melhor chanceaté então no jogo aos 19 minutos. A bola caiu nos pés de Marcelo, que finalizou em um chute de três dedos. A bola passou rente a trave esquerda de Domínguez. Era o começo.
Sete minutos depois a seleção abriu o placar. O tento foi marcado de pênalti por Neymar, mas a jogada é que demonstrou a diferença da seleção brasileira. Em jogada iniciada por Casemiro, Gabriel Jesus recebeu a bola na área, passou por Mina e foi derrubado pelo goleiro Domínguez, pênalti claro e que foi comemorado por Tite.

Aos 41 minutos, Marcelo cruzou na área e Gabriel Jesus, com muita personalidade, usou o calcanhar para fazer o segundo gol brasileiro. Cinco minutos depois ele recebeu a bola de Neymar na área. Com estilo, finalizou no ângulo do gol de Domínguez, um golaço.

FICHA TÉCNICA:

EQUADOR 0 X 3 BRASIL

Data: 1º de setembro de 2016, quinta-feira

Horário: 18 horas (de Brasília)

Local: Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito (Equador)

Público: 34.887 pagantes 

Árbitro: Enrique Cáceres (Paraguai)

Assistentes: Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar (ambos do Paraguai)

Cartão amarelo: Domínguez, Miller Bolaños, Jefferson Montero e Paredes; Paulinho

Cartão vermelho: Paredes

Gol: Neymar, aos 26, e Gabriel Jesus, aos 41 e aos 46 minutos do 2º tempo

EQUADOR: Domínguez; Paredes, Mina, Achilier e Ayoví; Noboa e Gruezo; Enner Valencia, Miller Bolaños e Jefferson Montero (Arroyo); Caicedo. Técnico: Gustavo Quinteros

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Willian (Philippe Coutinho), Gabriel Jesus e Neymar. Técnico: Tite

O presidente Michel Temer está inelegível pela Lei da Ficha Limpa?


Michel Temer © Fornecido por BBC World Service Trading Limited Michel Temer 
 
Rafael Barifouse
Com a posse definitiva de Michel Temer como presidente da República, sua situação perante a Justiça eleitoral voltou ao centro do debate. Afinal, ele está ou não inelegível?

Temer foi condenado em maio por unanimidade pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por ter feito doações ilegais para as campanhas de 2014 de dois candidatos a deputado federal do seu partido, o PMDB, no Rio Grande do Sul.

O valor total doado (R$ 100 mil) representou 11,9% de seus rendimentos em 2013, ultrapassando o limite legal de 10% da renda de uma pessoa física estabelecido em lei.

O caso transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso - e Temer foi condenado a pagar uma multa de R$ 80 mil.

Seu caso se enquadra, portanto, entre aqueles previstos pela Lei da Ficha Limpa, segundo a qual ficam inelegíveis por oito anos a partir da data da condenação a "pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral", como o TRE-SP.

Mas restou uma dúvida quanto à situação de Temer, porque, como destacou sua assessoria da época da condenação, ainda que ele tenha reconhecido ter doado R$ 16 mil além do limite legal por um "erro de cálculo", "em nenhum momento foi declarada pelo TRE sua inelegibilidade".

Alerta

Urna eleitoral 
  © Fornecido por BBC World Service Trading Limited Urna eleitoral 
  De fato, o termo não consta no acórdão de sua condenação. Ao mesmo tempo, o tribunal enviou à 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, onde Temer está cadastrado, um comunicado para que seja incluída em sua ficha essa condenação.

O texto da mensagem diz que "foi transmitida mensagem eletrônica à 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, para o comando do ASE 540 - inelegibilidade no Sistema ELO em nome de Michel Miguel Elias Temer Lulia".

À BBC Brasil, a assessoria de imprensa do TRE-SP esclareceu que esse comunicado é um "trâmite" comum da Justiça eleitoral e serve para alertar, caso ele se candidate a um cargo público no futuro, sobre uma condenação que pode impedi-lo de concorrer.

"Mas a Justiça Eleitoral não pode decretar sua inelegibilidade agora", disse a assessoria do tribunal. "Isso caberá ao juiz responsável ao avaliar o pedido do registro de sua candidatura", caso esta ocorra.

Isso está em concordância com a nota enviada à imprensa pela assessoria de Temer. "Só a Justiça pode declarar alguém inelegível. Qualquer manifestação neste sentido é especulação e precipitação", afirmou o comunicado.

Se Temer pedir esse registro, será informado que há um possível impeditivo e terá um prazo para se defender.

O caso será julgado pelo colegiado do Tribunal Superior Eleitoral se ele for candidato à Presidência ou por um juiz do TRE-SP se quiser concorrer a outros cargos.

Conheça seis polêmicas sobre Michel Temer



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  Após cerimônia de posse da tarde desta quarta-feira (31) no Senado, Michel Temer passou da condição de interino a presidente da República efetivo. Em cargos eletivos desde 1986, ele foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo seis vezes antes de se tornar vice da agora ex-presidente Dilma Rousseff.

Entre as primeiras polêmicas de seu gestão ainda como interino, houve a convocação de um gabinete de ministros exclusivamente masculino e branco; a citaçãos em latim e o uso de mesóclises; e o patrimônio de Michelzinho, seu filho de sete anos. A revista Superinteressante listou outras curiosidades.

Temer escreveu um livro em que defende o impeachment de um vice-presidente 
 
Em Elementos do Direito Constitucional, de 1982, Temer discorre sobre a possibilidade de um vice-presidente sofrer impeachment. O trecho se encontra no sexto capítulo da obra. "Quais as pessoas passíveis de responsabilização política? São: a) o Presidente da República (arts. 85 e 52, I) e o Vice-Presidente da República (art. 52, I); b) os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nos crimes conexos com aqueles praticados pelo Presidente da República (art. 52, I); c) os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União (art. 52, II)", defende Temer no livro.

Ele foi a favor da legalização do jogo do bicho 
 
Na época em que era Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Temer defendeu a regulamentação do jogo do bicho. "Eu não vejo razão para deixar de lutar pela legalização do jogo", afirmou em depoimento à Comissão Especial de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado em 1984.

Temer tem cinco filhos, mas não gosta de trocar fraldas 
 
Numa entrevista à revista Rolling Stone, em 2009, o agora presidente falou sobre sua vida íntima: "[Eu, e Marcela] temos um filho de quase 2 meses. Já tenho três filhas e quatro netos. Tenho um filho, que hoje tem uns 10, 11 anos, de uma relação que mantive durante certo período, e a quem eu prestigio. Mas estou vivendo o dia a dia, a mudança da rotina da casa", disse ele. O repórter perguntou se ele trocava fraldas, e ele respondeu que "não chegava a tanto".

Ele quis criar o "Dia Nacional do Vencedor" quando era deputado 
 
Em 1986, Temer foi eleito como suplente na Câmara. Ainda assim, propôs a PL 1658/1989, um projeto de lei que visava a criação do Dia Nacional do Vencedor. Porém, no ano seguinte, o projeto foi rejeitado pelo plenário da casa, assim como pela Mesa Diretora. Em 22 anos de Câmara, Temer propôs 22 projetos de lei, segundo o site da Casa.

O presidente teve diversos cargos políticos 
 
Temer iniciou a carreira em 1982 como procurador geral do Estado de São Paulo no governo de Franco Montoro, do PSDB. Dois anos depois, assumiu a secretaria de Segurança do estado. Em 1986 foi eleitou deputado federal, e se tornou presidente da Câmara em 1995. Na época, teve conflitos com Fernando Henrique Cardoso - também do PSDB. Em 2004, revelou que seria vice de Luiza Erundina (PSB), hoje PSOL, para a disputa da prefeitura de capital paulista. Seis anos depois, se tornou vice de Dilma (PT). Hoje é presidente.

Ele tem ficha suja

Dilma recorre ao STF para anular impeachment




A ex-presidente da República, Dilma Rousseff © image/jpeg A ex-presidente da República, Dilma Rousseff

A ex-presidente Dilma Rousseff apresentou nesta quinta-feira uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a condenação no impeachment e determinar que o Senado realize uma nova votação no processo. O mandado de segurança foi distribuído por sorteio para o ministro Teori Zavascki, que será o relator do caso.

Na ação, Dilma também pede que o atual presidente da República, Michel Temer, volte à condição de vice até o julgamento final. Ela também solicita que seja feito um novo julgamento no Senado, dessa vez, porém, sem levar em conta dois artigos da Lei 1.079, de 1950, usados pela acusação para imputar crimes de responsabilidade.

Os principais argumentos apresentados na peça são que: foram aplicados preceitos inconstitucionais, uma vez que o texto da Lei 1.079/50 não consta na Constituição de 1988; e que devem ser considerados apenas os fatos narrados na inicial,  sem que sejam agregados fatos novos ao curso do processo. “Estas graves violações ao ordenamento jurídico ocorreram no processo que culminou com a condenação da Impetrante”, diz o documento.

Comparando o sistema eleitoral brasileiro com o americano, a defesa de Dilma disse que o pluripartidarismo no país faz com que as eleições sejam disputadas por chapas integradas por um candidato a presidente, de um partido, e um candidato a Vice Presidente, de outro partido, de forma que o vice presidente passe a ser “um elemento de desestabilização institucional”. “Ao invés de cooperar com o presidente, no sentido da garantia da governabilidade, o vice presidente tem fortíssimos estímulos institucionais para se engajar em conspirações.”

Os problemas do pluripartidarismo, porém, não apareceram no impeachment do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) porque, naquela ocasião, de acordo com a defesa da ex-presidente, “todas as forças políticas de relevância no Brasil apoiavam o impeachment do presidente [Collor]”. “O impeachment foi objeto de consenso”, diz o texto.

“Essa consensualidade garantiu que o julgamento abarcasse grau razoável de juridicidade, e as disfunções do impeachment em um sistema pluripartidário e excessivamente pragmático, como o brasileiro, não se revelaram.”