quarta-feira, 31 de agosto de 2016

'Conciliador', 'apagador de incêndios' ou 'usurpador'? quem é Michel Temer, o novo presidente do Brasil



Michel Temer: presidente liderou rebelião na base governista durante maior recessão econômica em décadas, escândalo de corrupção nacional e impeachment da ex-aliada Dilma Rousseff. 
  © Foto: Getty Images Michel Temer: presidente liderou rebelião na base governista durante maior recessão econômica em décadas, escândalo de corrupção nacional e impeachment da ex-aliada Dilma Rousseff. 
 
Thiago Guimarães - @thiaguima
Ele já foi chamado de "charmosão" a "mordomo de filme de terror". Escreve poemas em guardanapos e já foi descrito como professor "bonzinho" que não cobrava presença de alunos. Passa raspando por escândalos e até nas urnas, mas lidera o partido (PMDB) que, mesmo sem disputar uma eleição presidencial há mais de 20 anos, irá comandar o país mais uma vez.

O julgamento pelo Senado do impeachment contra Dilma Rousseff levou Michel Temer, aos 75 anos, ao posto mais alto do país - ele foi empossado no Congresso pouco antes das 17h nesta quarta-feira.

Até dezembro de 2015, prevalecia a imagem cultivada por Temer em 34 anos de vida pública e alimentada por amigos e aliados: a do político "ponderado", "formal", "conciliador" e "tranquilo".

A crise política, contudo, revelou aspectos diferentes da persona política do presidente da República, político conhecido como "esfinge" do PMDB.

O jogo mudou na histórica carta-desabafo dirigida a Dilma Rousseff após a abertura do processo de impeachment, em dezembro de 2015. No texto, em tom sentimental, ele lamentava a condição de "vice decorativo" e se dizia alvo de "desconfiança" e "menosprezo" do governo.

Se até então o peemedebista avançava casa a casa no xadrez do poder, o episódio foi um ponto fora da curva que marcou o afastamento de Temer do governo - e mostrou outra nuance da personalidade do então vice-presidente.

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