sábado, 17 de outubro de 2015

Salto alto pode trazer prejuízo ao corpo da mulher



 
© Fornecido por Notícias ao Minuto
Os sapatos de salto estão na vida das mulheres seja por gosto pessoal, local de emprego, ocasiões especiais, etc. Mas o que poucas pessoas sabem é que o uso assíduo desse artigo pode trazer sérios problemas ao bem-estar do corpo.
O ortopedista Dr. Artur da Fonseca alerta que os saltos a partir de 6 cm são os mais prejudiciais. “Vale lembra que saltos com menos de 3 cm, transferem cerca de 50% do peso uniformemente entre o calcanhar e a base dos dedos. Mas, caso o tamanhos supere 5 cm, o peso transferido para os dedos chega a 90%, ficando apenas 10% do peso no calcanhar”, explica o ortopedista. O médico pontua que os principais problemas causados pelo uso prolongado de salto são: dor na coluna, bolhas, calos, Halux Valgo (joanete), encurtamento da musculatura posterior da perna (batata da perna), tendinite do tendão calcâneo (tendão de aquiles), dificuldade de andar descalço e torções, uma vez que o salto prejudica o equilíbrio deixando a mulher muito mais propensa a esse tipo de lesão.
Para as mulheres que já sofrem com as conseqüências do uso frequente de salto alto as orientações do Dr. Artur da Fonseca são para primeiramente limitar o tempo de uso do salto alto e reduzir o seu tamanho, depois iniciar fortalecimento e alongamento muscular de coxa, perna e lombar. “Em casos de tendinite, pode-se iniciar a fisioterapia e, em alguns casos de dor mais intensa, acupuntura”, explica o médico.
Dr. Artur ainda avisa as mulheres que o tipo de salto mais recomendado é anabela, pois o peso fica mais bem distribuído pela planta do pé. “A recomendação para as mulheres que usam saltos com mais de 3cm é para não ultrapassarem um período de 6 horas por semana. Mas como muitos ambientes de trabalho exigem o uso do acessório, aconselho a mulher a tentar ir e voltar do trabalho usando tênis ou um calçado mais confortável para preservar pé, joelhos, coluna e lombar”, finaliza.

PF vai apurar doações à campanha de 2014 de Dilma


Agência O Globo

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar suspeita de que a campanha à reeleição da presidente Dilma foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. A investigação foi recomendada pelo ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral, para quem há indícios de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, o que ensejaria abertura de ação penal pública.
As contas foram aprovadas com ressalvas em dezembro de 2014. Mas Gilmar, relator da prestação de contas, manteve o processo aberto, para averiguar eventuais irregularidades. “É importante ressaltar que, julgadas as contas da candidata e do partido em dezembro de 2014, apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investigações no suposto esquema de corrupção ocorrido na Petrobras, vieram a público os relatos de utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina”, escreveu.
Segundo ele, “o dinheiro recebido pelas empresas nos contratos mantidos com a Petrobras teria sido, supostamente, devolvido em forma de propina ao PT, travestida de doação de campanha, entregue diretamente ao seu tesoureiro, ou oculta por financiamento de publicidade”. O relator concluiu que houve, em tese, financiamento indireto de campanha por empresa impedida de doar, já que a Petrobras é sociedade de economia mista.

O que cai no Enem 2015



ENEM 
© Fornecido por Mundo Vestibular ENEM Começou a contagem regressiva para as provas do Enem! Daqui a poucos dias, cerca de 8 milhões de estudantes - inclusive você - irão encarar o maior vestibular do País!
O tempo é curto, mas ainda dá tempo de estudar bastante coisa. Nenhuma mágica é capaz de adivinhar as questões exatas do Exame, mas podemos arriscar alguns palpites com base nas provas anteriores e no edital deste ano.
Por isso, preparamos a seguir uma lista com os principais assuntos que podem cair no Enem 2015 em todas as áreas de conhecimento e na redação. A dica é: pegue essa lista, imprima e estude todo o conteúdo possível, especialmente aqueles que você ainda tem dúvidas. Vá riscando os tópicos que você já domina.
Confira o que cai no Enem 2015:

Ciências Humanas e suas Tecnologias  (História, Geografia, Filosofia e Sociologia)

-Cultura brasileira-Brasil Colônia
-Conflitos históricos
-Escravidão e a luta dos negros no Brasil
-Idade Média
-Revolução Industrial
-Revoluções sociais e políticas
-Formação territorial brasileira
-Brasil Imperial e formação da nação
-Brasil República
-Pensamento Liberal
-Migração, emigração e imigração
-Revoluções Russa, Chinesa e Cubana
-Guerras mundiais
-Guerra Fria
-Era Vargas
-Militarismo no Brasil
-Ditaduras políticas na América Latina
-Direitos civis, humanos e sociais
-Configurações urbanas brasileiras
-Política geral
-Modelos econômicos históricos e atuais
-Economia brasileira
-Agricultura, relação campo-cidade e lutas sociais
-Recursos naturais - aspectos ecológicos, políticos e econômicos
-Questões  e políticas ambientais contemporâneas
-Geografia geral e tecnologias associadas
-Geopolítica
-Causa indígena

Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia)

-Grandezas físicas, vetores e operações básicas
-Mecânica
-Lei de Newton
-Força
-Energia, Trabalho e Potência
-Gravidade e leis do universo
-Movimento (cinemática)
-Eletricidade e Magnetismo
-Hidrostática
-Estudo das ondas (ondulatória)
-Calor e fenômenos térmicos (calorimetria e
-termologia)
-Química ambiental
-Transformações químicas
-Propriedade dos materiais
-Propriedades químicas da água
-Transformações químicas
-Energia química
-Compostos de carbono
-Química e sua relação com a sociedade e o meio ambiente
-Energia química
-Equilíbrio químico
-Cálculo estequiométrico
-Química orgânica
-Moléculas, células e tecidos
-Fisiologia
-Corpo Humano
-Genética
-Seres vivos
-Ecologia
-Origem e evolução da vida
-Biologia e qualidade de vida das populações humanas
-Água
-Meio Ambiente

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  (Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira - Inglês ou Espanhol - e Artes)

-Variantes linguísticas
-Funções da linguagem
-Concordância verbal e nominal
-Regência verbal e nominal
-Figuras de linguagem
-Interpretação de texto
-Gramática
-Intertextualidade
-Modernismo
-Gêneros textuais
-Semântica e estrutura textual
-Texto argumentativo
-Normas cultas da língua
-Linguagem coloquial
-Artes corporais
-Exercício físico e saúde
-Movimentos do corpo
-Artes visuais
-Impacto e função das tecnologias de informação e comunicação
-Matemática e suas Tecnologias
-Operações numéricas simples
-Geometria
-Estatística e Probabilidade
-Interpretação de problemas matemáticos
-Probabilidade
-Álgebra
-Porcentagem

Redação

A redação do Enem sempre trata de atualidades políticas, sociais ou econômicas. O edital não informa o que deve ser estudado, mas com base nos assuntos mais comentados dos últimos anos no cenário brasileiro e mundial, separamos alguns que têm boas chances de aparecer na prova:
-Refugiados de guerra
-Descriminalização das drogas
-Preconceito racial e homofobia
-O fortalecimento da religião na política
-Jogos Olímpicos 2016
-Corrupção enraizada na cultura brasileira
-Direito dos trabalhadores domésticos
-Identidade de gênero nas escolas
-Crise climática
-Maioridade penal
-Mobilidade urbana
-50 anos do golpe militar
-Militância digital
-Feminismo em dias atuais
-Cidades mais humanas

Como revisar o conteúdo do Enem

Ainda dá tempo de revisar pelo menos uma parte de todo esse conteúdo listado aqui. O importante nessa altura é saber como estudar de forma mais produtiva, para que você possa refrescar o conhecimento sem se esgotar física e intelectualmente.
Confira essas dicas para melhorar seu desempenho na reta final: 
Escolha as matérias que você tem mais dificuldade e dê mais atenção a elas.  Já não há mais tempo de revisar absolutamente tudo, então é melhor concentrar seus esforços nos temas que ainda causam dúvidas.
Procure estudar num ambiente silencioso, sem celulares, tablets, computadores, TV e rádio por perto.
Pelo menos até o fim do mês evite ficar muito tempo nas redes sociais. Lembre-se de que todo minuto agora pode fazer a diferença!
Mantenha-se informado sobre os prováveis temas da redação em sites jornalísticos. Dados atualizados podem fazer uma bela diferença na hora de construir a argumentação do texto.
Faça exercícios de controle de tempo. O Enem é bastante extenso e o tempo é curto.
Leia bastante, principalmente se você tem dificuldades com redação. Ler melhora ortografia e gramática, ajuda a escrever melhor, encadear ideias e estruturar o pensamento.

Dicas importantes para o dia da prova

-Chegue cedo. Os portões abrem às 13h e fecham pontualmente às 13h30. Atrasados não têm vez.
-Leve apenas caneta esferográfica preta feita em material transparente.
-Não se esqueça dos documentos e do cartão de inscrição.
-Leia as questões com calma. Lembre-se de que em todas as disciplinas têm muita interpretação de texto.
-Resolva as questões mais fáceis primeiro.
-Preencha a folha de respostas com atenção.
-Não vire a noite estudando para a prova do dia seguinte.

Em delação, Baiano diz que mais políticos receberam propina


Agência O Globo
Segundo o “Jornal Nacional”, o lobista mencionou ainda pagamento entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão a Delcídio desviado da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.© Foto: Pedro França/Agência Senado Segundo o “Jornal Nacional”, o lobista mencionou ainda pagamento entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão a Delcídio desviado da compra da refinaria de…
O lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, afirmou em sua delação premiada que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau receberam propina desviada da contratação pela Petrobras de um navio-sonda. Os pagamentos teriam sido operados pelo empresário Jorge Luz. Segundo o “Jornal Nacional”, da TV Globo, Baiano afirmou que os quatro políticos dividiram US$ 6 milhões.
Baiano disse ter mencionado sobre os pagamentos a Calheiros e a Jader em uma das conversas que teve com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando pediu ajuda deste para cobrar propina devida pelo consultor Júlio Camargo.
“Que, em um primeiro momento, disse a Eduardo Cunha inclusive que teve pagamentos para políticos do PMDB por intermédio de Jorge Luz, referente a primeira sonda; Que inclusive fez menção ao nome dos políticos Renan Calheiros e Jader Barbalho como destinatários de parte dos valores referentes à primeira sonda; Que questionado se fez a menção a Delcídio Amaral e Silas Rondeau, respondeu que não, pois preferiu fazer menção aos políticos do PMDB, que era o partido de Eduardo Cunha”, registra trecho do depoimento.
Segundo o “Jornal Nacional”, o lobista mencionou ainda pagamento entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão a Delcídio desviado da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O dinheiro teria sido usado para a campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul.
Por meio de sua assessoria, o presidente do Senado disse não conhecer Baiano e negou ter recebido propina. Ressaltou ainda jamais ter autorizado terceiros a utilizarem seu nome. Jader afirmou que nem sequer sabia da existência de Baiano e que nem era senador na época do contrato mencionado.
Em nota, o senador Delcídio Amaral afirmou ser “absurdo” e “muito estranho” que seu nome tenha sido citado novamente na Lava-Jato. Ressaltou que no período dos contratos mencionados, entre 2005 e 2006, era presidente da CPMI dos Correios e tinha virado “persona non grata” por todos que eram investigados na ocasião. Disse que foi apresentado a Fernando Baiano na década de 90 por um empresário, mas que não teve mais contato com ele. O GLOBO não localizou Silas Rondeau e Jorge Luz.

Cunha informou patrimônio 37 vezes maior do que declarado


Agência O Globo

Ele declarou ter bens avaliados em R$ 1,6 milhão em 2014.© Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Ele declarou ter bens avaliados em R$ 1,6 milhão em 2014.
Os documentos apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para abertura de uma de suas contas na Suíça levaram o banco Julius Baer a estimar seu patrimônio em mais de 37 vezes o que ele declarou à Justiça Eleitoral.
Segundo as informações enviadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao fazer a análise de risco do cliente, o banco estimou o patrimônio dele em US$ 16 milhões (R$ 61,3 milhões) a partir de documentos apresentados pelo parlamentar. Para a Justiça Eleitoral, Cunha declarou ter patrimônio de R$ 1,6 milhão em 2014. A informação consta do pedido de abertura de novo inquérito contra o presidente da Câmara para investigar as contas na Suíça. A PGR também pediu o bloqueio e o sequestro dos valores não declarados e autorização para que faça cooperação internacional com o país europeu. Além das contas na Suíça, o pedido de abertura de inquérito revelou ainda a existência de contas de titularidade do peemedebista nos Estados Unidos também não declaradas.
“A análise de risco e perfil do cliente demonstram que Eduardo Cunha já mantinha conta junto ao banco Merril Lynch nos EUA há mais de 20 anos de perfil agressivo e com interesse em crescimento patrimonial. Sua fortuna seria oriunda de aplicações no mercado financeiro local e do investimento no mercado imobiliário carioca. Há também referências à sua antiga função de Presidente da Telerj. Seu patrimônio estimado, à época da abertura da conta, era de aproximadamente US$ 16 milhões”, diz trecho da peça entregue pela PGR.
O patrimônio oficialmente declarado do presidente da Câmara cresceu 214% entre 2002 e 2014 de acordo com os dados da Justiça Eleitoral, passando de R$ 525 mil para R$ 1,6 milhão. A PGR observa, porém, que com base em dados sobre registros de carros é possível observar que duas empresas de Cunha e sua mulher Cláudia Cruz, a Jesus.com e a C3 Participações, possui veículos registrados que totalizam R$ 815 mil, entre eles um Porsche de R$ 429 mil.
"Em relação à titularidade das contas objeto da transferência de processo por parte da Suíça, o procurador-geral em exercício explica que não há a menor dúvida de sua vinculação com Eduardo Cunha e Cláudia Cruz. Para ele, os elementos neste sentido são abundantes e evidentes. "Há cópias de passaportes - inclusive diplomáticos - do casal, endereço residencial, números de telefones do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto", diz nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República nesta sexta-feira.
O pedido de abertura de inquérito relata o caminho do dinheiro pelas contas de Cunha na Suíça. O ponto de partida é um contrato da Petrobras para a compra do direito de exploração de um campo de petróleo no Benin. No mesmo mês em que foi feito um pagamento pela estatal, uma conta do presidente da Câmara começa a receber repasses do lobista João Augusto Rezende Henriques que totalizam 1,3 milhões de francos-suíços.

ENCONTRO COM JORGE ZELADA

A PGR relata que um e-mail de uma secretária do ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada indicaria uma reunião dele com Cunha no período em que ocorriam as tratativas do negócio no Benin. O e-mail pede autorização para que Cunha e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), entrem pela garagem e se dirijam até o heliporto, onde embarcariam em um helicóptero”.
"Prezados Senhores, De ordem do Diretor Jorge Luiz Zelada, solicito providenciar para este Domingo 12/09/2010, autorização para entrada na garagem do EDISE do carro trazendo os Senhores Eduardo Paes - Prefeito do Rio de Janeiro e Eduardo Cunha - Deputado PMDB/RJ. Ainda não possuo detalhes deste carro que serão informados oportunamente. Eles deverão ter acesso através da garagem até o heliponto, onde serão recolhidos pelo Helicóptero Mod S76C++ - Prefixo PRYMH, no horário entre 10:45 e 11:00 da manhã, para embarque imediato. Comandantes da Aeronave: Antonio Ramos Anac - 383455 e Álvaro Castanheira Jr. - Anac 649707. Contatos da Assessora do Deputado Eduardo Cunha, onde poderão ser obtido maiores detalhes, caso necessário. Sra. Liliane (61) xxxxxxx e (61) xxxxxxx, Elizabeth Taylor Secretária do Diretor Diretoria Internacional PETROBRAS”, diz o e-mail.
A assessoria do prefeito Eduardo Paes informou que ele não conhece o ex-diretor Zelada, nem se recorda de ter feito voo de helicóptero com Eduardo Cunha. A assessoria atualizou a informação depois para dizer que, após checagem, pode declarar que a prefeitura não requisitou helicóptero no dia descrito no e-mail que cita Paes e Cunha. A assessoria confirmou, no entanto, que no dia 12 de setembro de 2010 a agenda do prefeito registra que ele participou de eventos de campanha de Cunha na Zona Oeste do Rio. Os eventos foram às 11h e 12h daquele dia. Segundo a assessoria, Paes foi de carro e se encontrou com Cunha no local dos eventos.
Eduardo Paes ligou para o jornal para reafirmar que não conhece Zelada e não andou de helicóptero com Cunha como narrado no e-mail anexado ao inquérito que está no STF. O prefeito afirmou que não se lembra se chegou a ser convidado por Cunha para ir à Zona Oeste de helicóptero.
— Tenho medo de andar de helicóptero. Quando me convidam, eu recuso, a não ser que seja de extrema necessidade — disse Paes.
O prefeito afirmou que não conhece o ex-diretor da Petrobras citado no e-mail.
— Nunca estive com esse Zelada na minha vida. Ainda bem!


MULHER E FILHA NA MIRA

Em novo inquérito contra Eduardo Cunha no STF, também serão investigadas a mulher dele, Cláudia Cordeiro Cruz, e a filha Danielle Dytz da Cunha Doctorovitch. Na decisão em que autoriza o início das investigações, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, explicou que, quando o Ministério Público Federal pede a abertura de um inquérito, cabe ao STF cumprir a determinação, a não ser que haja algum tipo de irregularidade no pedido. Como isso não foi verificado, o ministro instaurou o inquérito.
Em sua decisão, Teori recomendou que o Ministério Público e a Policia Federal trabalhem em harmonia. Em episódios recentes, as duas instituições divergiram sobre a estratégia de condução das investigações da Lava-Jato. O despacho do ministro foi escrito ontem, mas só foi divulgado nesta sexta-feira.
“Registra-se ser do mais elevado interesse público e da boa prestação da justiça que a atuação conjunta do Ministério Público e das autoridades policiais se desenvolva de forma harmoniosa, sob métodos, rotinas de trabalho e práticas investigativas adequadas, a serem por eles mesmos definidos, observados os padrões legais, e que visem, acima de qualquer outro objetivo, à busca da verdade a respeito dos fatos investigados, pelo modo mais eficiente e seguro e em tempo mais breve possível”, escreveu o ministro.
Ao fim do despacho, Zavascki determinou que os autos voltassem ao Ministério Público, para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, especificasse quais providências serão necessárias no momento. O procurador-geral poderá pedir a tomada de depoimentos ou, ainda, a quebra de dados sigilosos dos investigados.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cunha também tem conta não declarada nos EUA desde a década de 90, diz Janot



Brasília - No pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou em uma nova abertura de inquérito para investigar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Procuradoria-Geral da República destacou que o peemedebista já tinha contas no exterior desde os anos 90, com patrimônio não declarado de R$ 60,8 milhões, e também possuía uma frota de oito carros de luxo.
Segundo o documento, Cunha mantinha conta junto ao banco Merril Lynch nos Estados Unidos há mais de 20 anos e pela avaliação de risco possuía um "perfil agressivo e com interesse em crescimento patrimonial". Sua fortuna seria oriunda de aplicações no mercado financeiro local e de investimento no mercado imobiliário carioca. Há também referências à sua antiga função de Presidente da TELERJ.
Seu patrimônio estimado, à época da abertura da conta, era de aproximadamente USD 16 milhões, (R$ 60,8 milhões). A PGR afirma que o valor "contradiz frontalmente" suas declarações perante a Justiça Eleitoral. Em 2014, Cunha apresentou a declaração de bens no valor de R$ 1,6 milhão, sendo que, deste total, R$ 840 mil é referente a quotas ou quinhões da empresa C3 PARTICIPAÇÕES, da qual ele é sócio com a sua esposa, Claudia Cruz.
Há também uma frota de oito veículos de luxo em nome de Claudia, da C3 Participações e de outra empresa da família, a Jesus.com. De acordo com a PGR, os carros valem juntos R$ 940,5 mil. Entre os carros listados há um Porshe Cayenne, ano 2013, no valor de R$ 429,5 mil e outro Porsche Cayenne, de 2006, avaliado em R$ 122,7 mil.

Bloqueio. Além da conta nos EUA, a Procuradoria-Geral da República solicitou, no pedido de abertura de inquérito contra o presidente da Casa, um novo bloqueio de duas contas bancárias atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha no Banco Julius Bäer, na Suíça. Uma das contas está em nome da esposa de Cunha, Cláudia Cordeiro Cruz.
De acordo com a Procuradoria, a solicitação de sequestro dos valores é necessária já que o processo foi encaminhado pela Suíça ao Brasil e há “a possibilidade concreta de que ocorra o desbloqueio das contas, com a consequente dissipação dos valores depositados nas contas bancárias estrangeiras”. O processo foi transferido para a PGR já que o presidente da Câmara é brasileiro, está no país e não poderia ser extraditado para a Suíça.No pedido, o procurador-geral da República em exercício, Eugênio Aragão, diz que não há dúvidas em relação à titularidade das contas. "Há cópias de passaportes - inclusive diplomáticos - do casal, endereço residencial, números de telefones do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto", diz. Seu patrimônio estimado, à época da abertura da conta, era de aproximadamente 16 milhões de dólares.
Nesta sexta, o jornal Hoje em Dia, da TV Globo, revelou a documentação encaminhada pela Suíça aos investigadores brasileiros, que inclui cópias do passaporte do peemedebista e da assinatura do deputado em cadastro do banco.De acordo com a reportagem, na documentação estão ainda reprodução do visto de entrada nos Estados Unidos de Cunha, além de dados pessoais como nome completo, data de nascimento e endereço em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Em um dos cadastros, a correspondência da conta atribuída a Cunha é enviada a endereço nos Estados Unidos porque ele teria informado ao banco que vive em país onde não há serviço postal seguro. Em outro cadastro, Cunha teria informado que deseja trabalhar na Suíça.
Na solicitação, a Procuradoria-Geral da República aponta ainda a evolução patrimonial de 214% de Cunha entre os anos de 2002 e 2014. Atualmente, o patrimônio declarado do presidente da Câmara é de R$ 1,6 milhão, de acordo com o patrimônio declarado à Justiça Eleitoral. Em 2002, o valor declarado era de R$ 525.768,00. Para Aragão, há indícios suficientes de que as contas no exterior não foram declaradas e, ao menos em relação a Eduardo Cunha, “são produto de crime”.
O bloqueio das contas ainda precisa ser autorizado pelo ministro do STF, Teori Zavascki. Nessa quinta, o ministro autorizou abertura de um novo inquérito contra Cunha, que também vai investigar a esposa e uma das filhas do parlamentar.
Além das contas que são objeto do inquérito, outras duas que tinham como beneficiário Cunha foram mencionadas pela Suíça: Orion SP e Triumph SP. Ambas foram fechadas pelo investigado um pouco depois da deflagração da Operação Lava Jato.

Delator diz que pagou R$ 2 milhões para nora de Lula quitar dívida



montagemlulacunha© Fornecido por S.A. O Estado de São Paulo montagemlulacunha
O delator Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobrás, revelou à Procuradoria-Geral da República que entregou em dinheiro vivo 'entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão' ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). O valor, segundo Baiano, foi levado ao escritório do peemedebista no Rio, em outubro de 2011. O dinheiro, afirmou o delator, foi entregue a um certo 'Altair'. Ele disse que o montante era relativo a uma parcela da propina total de US$ 5 milhões que teria sido destinada a Cunha na contratação de navios sonda pela estatal petrolífera.
As informações sobre os detalhes da delação de Fernando Baiano foram divulgadas nesta quinta-feira, 15, pelo Jornal Nacional, da TV Globo. O delator disse, ainda, que tinha um celular exclusivo para falar 'com determinadas pessoas' sobre valores ilícitos, entre elas Eduardo Cunha. Segundo ele, o presidente da Câmara 'mandou até e-mail com tabela do que foi pago e do que ainda tinha que ser pago'. Baiano disse que vai apresentar provas à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República.
Em outro trecho de seu relato, ele contou sobre outras negociações de contratos com a Petrobrás. Ele citou o nome do ex-presidente Lula. Afirmou que trabalhava para que a empresa OSX participasse de contratos da Sete Brasil com a Petrobrás para exploração do pré-sal. Para isso ele disse que pediu ajuda ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
O delator contou que 'o próprio Lula teria participado de reuniões com o presidente da Sete Brasil para que a OSX fosse chamada para o negócio'.
Os negócios não foram adiante, segundo Baiano. Mesmo assim, segundo ele, Bumlai cobrou comissão de R$ 3 milhões. O pecuarista amigo de Lula teria dito a ele que o valor seria destinado a uma nora do ex-presidente da República que tinha uma dívida da parcela de um imóvel.
Baiano afirmou que repassou R$ 2 milhões através de contratos falsos de aluguel de equipamentos de uma empresa de Bumlai.

Marco Aurélio Mello defende renúncia coletiva de Dilma, Temer e Cunha



<p>“Falo como cidadão e em uma perspectiva utópica", disse Mello.</p>© Fornecido por Notícias ao…
O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, defende uma forma, segundo o magistrado, “não traumática” para o país superar a crise, segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Para ele, o ideal seria a “renúncia coletiva” da presidente Dilma Rousseff, do seu vice Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
“Falo como cidadão e em uma perspectiva utópica, já que seria algo impensável para os atuais detentores dos poderes”, diz ele.
Para o ministro, “o mal maior, a crise econômica”, está sendo deixado em “segundo plano” por “interesses políticos”.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Por Dilma, Lula aciona PT em busca de acordo para salvar mandato de Cunha


Ex-presidente quer que deputados do PT fechem acordo com outros partidos da base para barrar investigação contra Cunha.© Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula Ex-presidente quer que deputados do PT fechem acordo com outros partidos da base para barrar investigação contra Cunha. O Palácio do Planalto e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificaram ontem as articulações para salvar o mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética. A moeda de troca nesse jogo é a garantia de que Cunha não avançará nenhuma casa no tabuleiro rumo à abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Lula desembarcou ontem em Brasília e vai se reunir hoje novamente com Dilma. O ex-presidente quer que deputados do PT fechem acordo com outros partidos da base aliada para barrar a investigação contra Cunha, no Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar.
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal ter concedido três liminares que suspenderam o rito acertado por Cunha com a oposição para dar andamento ao impeachment, o peemedebista passou a ser a "noiva" cortejada tanto pelo Planalto como por adversários de Dilma no Congresso.
Cunha disse que não estendeu a bandeira branca nem vai bombardear o Planalto. "Não há nem guerra nem trégua. O que há é que eu tenho de cumprir a minha função. Se minhas decisões podem significar guerra para uns e trégua para outros, é uma questão de interpretação. Até agora, não fiz nada diferente daquilo que falei que iria fazer", afirmou ele.A pedido do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o vice-presidente Michel Temer foi acionado para conversar com Cunha e o convidou para um almoço no Palácio do Jaburu, ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Alvo da Operação Lava Jato e enfrentando a acusação de possuir contas secretas na Suíça com dinheiro desviado da Petrobrás, Cunha pede que o governo tire José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça. Dilma resiste à troca de Cardozo, que também sofre críticas de Lula e de uma ala do PT. Os petistas que se juntaram a Cunha para atacar Cardozo dizem que ele não controla a Polícia Federal.
"Temer seria um ótimo nome para a Justiça", sugeriu Cunha, na semana passada. Na tarde de ontem, ele garantiu que não tocou no assunto com o vice nem fez exigências para o acordo com o governo. Não escondeu, porém, a irritação com o fato de 34 dos 62 deputados da bancada do PT terem assinado requerimento protocolado pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, pedindo a cassação de seu mandato.
Muitos dos que subscreveram o documento integram a corrente Mensagem ao Partido, grupo de Cardozo no PT. Se o Conselho de Ética aprovar a cassação de Cunha, o plenário decidirá o seu destino - ele precisa de 257 dos 512 votos de seus colegas para resistir.

'Boa vontade'

Ainda ontem, no almoço com Temer e Renan, Cunha não usou meias palavras: avisou que tanto poderia acelerar a abertura do impeachment de Dilma como aguardar outro entendimento do Supremo.
"Se eu for bem tratado, pode ser que tenha boa vontade com o governo, mas, se não for, posso tomar minha decisão mais rápido", disse o presidente da Câmara. "Estejam certos de que não vou renunciar. Podem tirar o cavalinho da chuva."
Cunha prometeu recorrer da decisão do Supremo, que freou sua tentativa de conferir um rito especial ao processo de impeachment. A oposição, capitaneada pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG), apresentará novo requerimento solicitando o afastamento de Dilma, sob o argumento de que a equipe econômica também fez manobras contábeis, conhecidas como "pedaladas fiscais", neste ano, e não apenas em 2014.
O governo avalia que o impeachment perdeu força depois das liminares concedidas pela Justiça. Em conversas reservadas, porém, ministros dizem que Cunha é uma "fera ferida" e não se pode confiar nele, que tem o poder de dar o pontapé para a abertura da ação contra Dilma. Mesmo assim, todos impõem limites para um acordo com Cunha.
"Na questão política é possível a negociação, mas na área jurídica, não. Além disso, nem Cardozo nem Levy (Joaquim Levy, ministro da Fazenda) são entregáveis", comentou um auxiliar direto de Dilma, embora muitos apostem que o ministro da Justiça saia no fim do ano. "Alguns deputados do PT têm dado opiniões que não traduzem a posição oficial do partido", insistiu o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), numa referência ao requerimento assinado por petistas, pedindo a degola de Cunha.
A meta de Lula, agora, é impedir que o Conselho de Ética, formado por 21 integrantes, vire as costas para o presidente da Câmara. O bloco comandado pelo PMDB no colegiado tem 9 deputados e o liderado pelo PT, 7. Articuladores políticos do Planalto calculam que Cunha já tenha maioria para impedir a investigação. Se ele perder o mandato, no entanto, perde também o foro privilegiado e pode até ser preso, caso vire réu no Supremo e seja condenado.
Ao avaliar ontem que será "quase impossível" votar no Congresso, neste ano, a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), dois pontos fundamentais para o ajuste fiscal, Cunha também disse que o governo precisa se empenhar "muito mais" para recompor sua base aliada. As negociações em curso envolvem distribuição de cargos no segundo e terceiro escalões. / COLABORARAM ADRIANO CEOLIN e CARLA ARAÚJO

Por que o novo rebaixamento da nota de crédito brasileira importa?



 
© Copyright British Broadcasting Corporation 2015A agência de classificação de risco Fitch reduziu, nesta quinta-feira, a nota de crédito do Brasil de "BBB" para "BBB-", deixando o país a um passo de perder, também na avaliação desta agência, o chamado grau de investimento - um "atestado" de bom pagador.
Em setembro, a agência Standard & Poor's já havia tirado o grau de investimento do país, cortando sua nota de BBB- para BB+, considerado grau especulativo.
Outra agência, a Moody's, também rebaixou o Brasil há cerca de dois meses, mas manteve o selo de bom pagador, com perspectiva estável, o que sugere que não deve fazer alterações na nota do país no curto prazo.
Em seu relatório, a Fitch citou a desaceleração econômica, a crise política - e seu impacto nas medidas de ajuste fiscal - e a perspectiva de piora do perfil da dívida pública como justificativa para o corte da nota.
A agência também deu a sua classificação um viés de baixa. Isso significa que o mais provável é que sua próxima decisão seja um novo rebaixamento, o que levaria o país para o grau especulativo.
Mas, afinal, por que esse novo rebaixamento importa?
A avaliação do mercado é que o risco de um país com grau especulativo dar um calote em seus credores é significativo.
Por isso, a perda do grau de investimento tende a enxugar e encarecer o crédito (ou seja, o dinheiro disponível para empréstimos) para um país e para as empresas ali sediadas. Esse rebaixamento também contribui para uma saída de dólares e o enfraquecimento da moeda local.
Joaquim Levy: Incertezas sobre ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teriam contribuído para rebaixamento© Copyright British Broadcasting Corporation 2015 Incertezas sobre ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teriam contribuído para rebaixamento
"Em um cenário em que as empresas já estão passando por dificuldades em função da crise e queda do consumo interno, essa pressão financeira adicional pode ser bastante complicada", disse à BBC Brasil o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores.

Placar

No atual cenário, há uma agência classificando o Brasil como grau especulativo - a S&P - e outras duas, como grau de investimento - Fitch e Moody's.
Mas, na avaliação de analistas, a decisão da Fitch de cortar a nota brasileira e dar à nova classificação viés de baixa parece confirmar que essa agência tende a seguir o caminho da S&P.
"A Fitch era a única das três principais agências de classificação de risco que mantinha a nota do país a dois pontos da perda do grau de investimento", nota Biscuola.
"Com a mudança, se não houver uma grande alteração no cenário político e econômico, que consideramos pouco provável, a perda desse selo de bom pagador é bastante provável."
A questão é que quando duas dessas três grandes agências de classificação de risco rebaixam um país para grau especulativo, muitos fundos de pensão e de investimento são obrigados, por seu estatuto, a retirar os recursos que possuem aplicados em títulos e papéis desse país.
"Por isso, a tendência é que o impacto de um novo rebaixamento no mercado seja significativo, ainda que muitos agentes já estejam revisando seus investimentos no país, antecipando esse movimento", diz Biscuola.
Para Marcos Mollica, da Rosenberg Partners, as reverberações de um segundo rebaixamento, quando e se ele for de fato anunciado, devem ser relativamente pequenas, mas os investidores já estão ajustando suas posições para esse cenário.
"No caso, haveria uma pressão temporária no mercado, mas coisa marginal, porque todo mundo está se antecipando. Ninguém vai ficar esperando que o segundo rebaixamento ocorra para atualizar seu portfólio", diz o economista da Rosemberg Partners, acrescentando que o novo corte é esperado para o primeiro semestre de 2016.

Reação do mercado

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, diz que o mercado reagiu com relativa tranquilidade ao corte da nota pela Fitch porque já esperava seu anúncio.
"Mas certamente essa não é uma boa notícia para o Brasil", afirma.
Com a nova nota, segundo o economista da Gradual, o Brasil fica no mesmo patamar de países como Índia, Uruguai, Turquia, Filipinas, Rússia, Bulgária e Romênia.
 
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Uma queda de dois degraus na nota brasileira - que teria levado o país do BBB direto para o grau especulativo - em tese seria possível, mas muito pouco provável, segundo explicam Biscuola e Mollica.
"O mais provável é que o ajuste seja sempre gradual, a não ser no caso de um evento extremo, como guerra ou crise geopolítca", diz o analista da RC Consultores.
Ao participar de um seminário em São Paulo nesta quinta-feira, o diretor-executivo da Fitch no Brasil, Rafael Guedes, explicou à Agência Estado que "a Fitch geralmente não faz rebaixamento em dois graus de uma vez (...) a menos que haja um evento que mude estruturalmente a expectativa com relação ao país (analisado)".
Guedes também disse que mesmo que 2016 seja um ano difícil, a mudança do rating do Brasil não pode ser dada como certa. "Quando fazemos essa avaliação, estamos olhando para o médio e longo prazo", disse.
Segundo o diretor-executivo da Fitch, se o governo mostrar que está "ciente dos problemas" ligados ao crescimento e ao superávit primário e que pretende "atacá-los", "mesmo que 2016 seja um ano difícil, isso não necessariamente levaria a mudança no rating".

Questionamentos
 
Os vereditos das agências de classificação de risco servem de orientação para investidores em busca de oportunidades para aplicar seu dinheiro. Mas, nos últimos anos, a atuação dessas agências também tem sido alvo de críticas.
Para os críticos, o estouro da crise financeira global em setembro de 2008 e a falência do banco americano Lehman Brothers colocou em xeque a credibilidade dessas agências. O banco tinha nota "A" quando quebrou.
Outra polêmica envolvendo as agências ocorreu em 2011, quando a S&P reduziu a nota dos Estados Unidos de AAA para AA+ pela primeira vez na história. Na época, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman defendeu que a agência seria "a pior instituição à qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país (EUA)".
Em 2012, o órgão fiscalizador da União Europeia para a indústria de serviços financeiros, a Esma, publicou uma avaliação do trabalho das três agências, apontando problemas de transparência.
Analistas de mercado costumam admitir que a reputação das agências foi abalada nos últimos anos, mas ressaltam que até hoje não foi criada nenhuma alternativa a essas instituições - e os investidores precisam dessas informações e avaliações sistemáticas para saber onde colocar seus recursos.

Janot pede ao STF para investigar contas de Cunha na Suíça



São Paulo – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou nesta quarta-feira com um novo pedido de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A informação é do jornal O Globo.
O objetivo do Ministério Público Federal (MPF), é investigar se o peemedebista usou contas secretas na Suíça para receber dinheiro desviado da Petrobras. Até o momento, a Procuradoria Geral da República não confirmou a informação a EXAME.com 
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sessão da Casa em Brasília.© REUTERS/Ueslei Marcelino Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sessão da Casa em Brasília.
Nesta quarta-feira, Janot também fez um aditamento à denúncia feita em agosto contra Eduardo Cunha

O que pesa contra Cunha 

A nova investigação deve ser pautada por um dossiê elaborado pelo Ministério Público da Suíça sobre as movimentações financeiras do presidente da Câmara dos Deputados.
Os documentos revelam que um contrato de 34,5 milhões de dólares fechado em 2011 pela Petrobras, em Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas na Suíça cujos beneficiários são Cunha e a esposa, Cláudia Cruz. 
O peemedebista também é suspeito de ter recebido, ao menos, 5 milhões de dólares de pagamentos em propina no esquema de corrupção da Petrobras, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto.

Cunha nega acordo com governo ou oposição sobre impeachment


Reuters

Cunha confirmou que conversou nesta semana e na passada com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.© Foto: Ueslei Marcelino/Reuters Cunha confirmou que conversou nesta semana e na passada com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta quinta-feira que tenha feito ou esteja negociando qualquer acordo com o governo ou com a oposição sobre um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Cunha confirmou que conversou nesta semana e na passada com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, mas disse que nenhum acordo foi proposto nessas conversas.
“Eu conversar com um ministro significa que tem de ter uma proposta de acordo?”, questionou Cunha. “O governo não veio me procurar para debater o texto do pedido de impeachment em nenhum momento. Isso não existe”, disse a jornalistas.
Sobre o rebaixamento do rating do Brasil nesta manhã pela agência de classificação de risco Fitch, Cunha disse que é importante que todos façam sua parte e que o principal agente para isso é o governo.
O deputado ressaltou que o rebaixamento afeta a economia do país. “É ruim o rebaixamento. Tem consequências. Vai aumentar o custo de captação, dinheiro vai sair e pode ter alteração na taxa de câmbio”, disse.
Segundo Cunha, a instabilidade política pode ser uma das causas do rebaixamento, mas ele avalia que o próprio governo tem responsabilidade por esta situação.
“Quando o governo manda propostas inexequíveis para cobrir o déficit orçamentário, como a recriação da CPMF, ele sinaliza que, diante do quadro político que tem, de não ter maioria na Casa para aprovar uma CPMF, é óbvio que o governo contribui com o conceito da instabilidade política”, disse.
Cunha disse que outro fato que contribui para a instabilidade política é o fato de as discussões sobre um eventual impeachment da presidente estar dominando o debate político.
“Ao mesmo tempo, quando você fica falando de processo de impeachment o tempo inteiro e o próprio governo só fala de processo de impeachment e isso fica na pauta como o único assunto político, é claro que isso também aumenta a instabilidade política”, disse.
(Reportagem de Leonardo Goy)

PSDB registra novo pedido de impeachment contra Dilma em cartório e o levará à Câmara


Reuters

Presidente Dilma, em Brasília© REUTERS/Adriano Machado Presidente Dilma, em Brasília
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), registrou nesta quinta-feira em cartório um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que será protocolado na Câmara dos Deputados na próxima semana, informou a liderança tucana na Câmara.
Sampaio registrou o pedido em um cartório da capital paulista ao lado dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaína Paschoal, que assinam o pedido. O trio de juristas já era autor de um pedido de impedimento de Dilma que está na Câmara e era apoiado pela oposição por considerá-lo o mais simbólico e mais consistente.
A nova peça a ser apresentada na próxima terça-feira inclui a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de recomendar a rejeição das contas do governo em 2014 e a denúncia do Ministério Público junto ao TCU de que as chamadas pedaladas fiscais, manobra considerada irregular pelo órgão de contas, teriam continuado em 2015.
“A consolidação das informações contidas nos documentos anteriores e a inclusão de informações do TCU, numa única denúncia, nos permitiram dar uma ordem mais lógica e sistematizada aos argumentos. Temos a convicção de que esse pedido não terá como ser indeferido”, disse Sampaio, segundo nota publicada no site da bancada de deputados do PSDB.
A decisão de entrar com novo pedido de impeachment incluindo a decisão do TCU e a acusação do MP foi tomada na terça-feira, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) conceder liminares a parlamentares governistas derrubando o rito para o processo de impedimento estabelecido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Com a decisão do STF, a oposição ficou impossibilitada de fazer um aditamento ao pedido que já estava sob análise de Cunha, a quem cabe decidir sobre o andamento desses pedidos como presidente da Câmara, para incluir a acusação de que as pedaladas seguiram neste ano.
Cunha vinha defendendo a tese de que não é possível pedir o impeachment por fatos ocorridos em mandato anterior, como as pedaladas apontadas pelo TCU em 2014.
As liminares obtidas pelos governistas no Supremo devem gerar uma batalha jurídica.
O presidente da Câmara já anunciou que recorrerá das decisões, e partidários do governo Dilma entendem que a resposta dada pela ministra Rosa Weber, do STF, a uma reclamação de deputados petistas poderia impedir Cunha de decidir sobre os pedidos de impeachment. O presidente da Câmara discorda dessa interpretação e diz que seguirá despachando esses pedidos normalmente.
(Reportagem de Eduardo Simões. com reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

POTIRAGUÁ: EDUCAÇÃO MUNICIPAL COMEMORA A CHEGADA DOS REPASSES FEDERAIS


Na semana dedicada a Criança e ao Professor, Potiraguá comemora os repasses federais para educação, e com eles a retomada da construção da Creche Modelo e a chegada de 14 computadores interativos para as escolas do município.
 

A Construção da Creche Proinfância Tipo B, que estava paralisada por falta dos repasses federais foi retomada nessa última semana. O Secretário Municipal de Educação, Carlos André, falou da importância de se ter uma creche modelo em Potiraguá, “a creche terá um espaço amplo, alegre e acolhedor tendo como principal objetivo cuidar e educar crianças, estimulando o seu desenvolvimento humano total”.
repasse federal potiragua 1E mais, a Secretaria de Educação recebeu uma remessa de 14 computadores interativos com lousa digital para distribuir nas escolas municipais. O dispositivo é leve e portátil, podendo ser levado pelos professores para as salas de aula. Contém teclado, mouse, portas USB, porta para rede wireless e rede PLC, unidade leitora de DVD e um projetor multimídia
repasse federal potiragua 2 

“A estrutura física e equipamentos são indispensáveis a melhoria da qualidade de educação. Mas sabemos que tudo isso só funciona plenamente se tiver um profissional qualificado e satisfeito com as condições de trabalho. Por isso, o empenho da minha gestão é a valorização dos professores”, ressaltou o Prefeito Luiz Soares.
A sanção do Plano de Carreira e o pagamento em dia dos profissionais, demonstra, de fato, o compromisso e a valorização que a atual gestão tem com a Educação municipal, uma educação com qualidade social.

Por Patrícia Batista

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dilma volta a falar em golpe e desafia opositores a achar um malfeito seu


 
São Paulo - Enquanto a oposição tenta emplacar o argumento de que Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade com as chamadas pedaladas fiscais, a presidente fez nesta quarta-feira, 14, mais um discurso em sua defesa. Sentindo-se à vontade perante uma plateia formada por camponeses organizados pela liderança do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e que defendeu com fervor sua permanência no comando do governo, Dilma voltou a desafiar seus opositores e defensores de seu impeachment a encontrar um desvio de conduta ou utilização de sua condição de chefe de Estado em benefício próprio. Ela ainda acusou a oposição de apostar no "quanto pior, melhor".
“Jamais utilizei em meu proveito a atividade que exerço como presidente. Nunca encontrarão nada contra mim, jamais cometi malfeito na vida política e pessoal”, disse Dilma, sob aplausos das pessoas que participaram do I Congresso Nacional do MPA.
A presidente foi a São Bernardo do Campo para participar do 1º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
'Golpistas'. Ela ainda reafirmou nesta tarde que as movimentações da oposição para derrubá-la são golpistas. "Nesse exato momento, setores da oposição tentam uma variante de golpe, um golpe disfarçado, um golpe que tem tudo de golpe, cara de golpe, pé de golpe, mão de golpe, mas que tentam passar como sendo manifestação oposicionista. Na verdade, querem um atalho para o poder, querem um atalho para chegar mais rápido em 2018. Nós não vamos permitir que eles golpeiem o mandato que conquistamos na urna com 54 milhões de votos", disse.
Dilma repetiu parte do discurso que havia feito na terça, em congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), quando inaugurou uma linha de defesa mais enfática de seu governo. Na tarde desta quarta, a presidente adotou abertamente também a defesa do ex-presidente Lula sobre as pedaladas fiscais, alegando que foram um mecanismo para manter os programas sociais essenciais. "As questões das chamadas pedaladas nada mais são do que crítica às formas pelas quais pagamos tanto o Minha Casa, Minha Vida quanto o Bolsa Família", afirmou.
A presidente admitiu que há uma "crise política séria" no País, mas insistiu que a oposição usa argumentos artificiais e faz o jogo do "quanto pior, melhor - melhor pra eles". A estratégia segue o alinhamento do nós contra eles defendida por Lula, que coloca a oposição como defensora da elite e contra o avanço dos mais pobres, com a distribuição de renda e inclusão social promovidas pelos governos petistas. "Eles olham primeiro os interesses deles e depois os do povo. O golpe não é contra mim, mas contra o projeto que eu represento, contra o que fez o Brasil sair da pobreza extrema."
Dilma reforçou que a tentativa de golpe não é apenas contra ela, mas contra a inclusão social que, em sua linha argumentativa, beneficiou todos os setores sociais menos privilegiados ali representados. "É um discurso golpista, contra conquistas históricas dos trabalhadores ao longo de toda a vida desse País. Não se iludam, é contra a reforma agrária sim, contra políticas de sustentação da agricultura familiar, porque eles acham que gastamos muito com subsídios", afirmou. E disse ainda que é também um golpe contra a soberania nacional, contra o sistema de partilha do pré-sal e contra a política de conteúdo nacional.
Segundo Dilma, o discurso da oposição é contra o "mais longo período de distribuição de renda neste País". Ela chamou ainda a movimentação da oposição de "golpe de irresponsabilidade para tentar interromper o curso democrático". "Vamos dar volta por cima na crise e um basta no golpismo", disse ao repetir que o Brasil é "forte para sair da crise".