BRASÍLIA - No primeiro dia de
vigência das restrições de acesso à Câmara, uma determinação do
presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que se viu nas entradas da Casa
foram enormes filas e muitas reclamações dos servidores. Todos
funcionários, jornalistas e visitantes da Câmara, a partir de hoje,
terão que passar pelo pórtico do Raio-X. Até então, quem estava com
crachá, passava direto, sem necessidade de submeter aos agentes da
Polícia Legislativa.
Os
servidores foram para as redes sociais criticar a medida, divulgaram
fotos das filas e já falam numa grande manifestação na próxima semana.
"Quero
registrar minha indignação com as novas determinações acerca da entrada
dos servidores da Câmara dos Deputados, impostas aos funcionários que,
de agora em diante, terão que enfrentar filas quilométricas, como se já
não bastasse, passar com seus objetos no portal identificador metais.
Somos agora todos suspeitos?!?!", postou uma servidora na sua rede
social.
Na sequência, vários colegas engrossaram as críticas a Cunha.
"É Brasil isto. É um retrocesso. Tantas coisas mais importantes!" - disse outro servidor.
"Uma aberração".
"Só faltam agora as chibatadas".
"Estamos
programando o seguinte protesto, por favor, espalhem: na terça-feira,
em horário a ser revelado (onde há maior fluxo de deputados chegando),
todos os servidores devem se dirigir a entrada da Chapelaria, para que
todos em fila e sem pressa entrem apenas por aquela portaria. Levem o
máximo de objetos metálicos para que possam ser barrados. A intenção é
formar uma fila gigantesca que atrapalhe inclusive a entrada dos
deputados ou que seja visualizado por qualquer pessoa a problemática
criada pela medida. Nesta terça, na portaria da Chapelaria, sem
gritaria, formemos a maior fila que essa Câmara já viu"
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