Brasília - Deputados do PSOL, PSB, PT, PPS,
PDT, PMDB, PR, PSC, PROS e PTB divulgaram nesta tarde um manifesto
pedindo a saída do deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara. No
documento, que não divulga o nome dos parlamentares, é destacado que a
denúncia é gravíssima, expõe o parlamento brasileiro e "torna
insustentável a permanência do deputado na presidência da Casa".
Os
parlamentares afirmam no documento que há um robusto conjunto
probatório e que a Procuradoria-Geral da República indica que Cunha se
utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários, em
troca de propina. "A diferença da condição de um investigado em
inquérito da de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente
acusado de ter praticado crimes. Agora, com a denúncia do Ministério
Público, a situação torna-se insustentável para o presidente, que já
demonstrou utilizar o poder, derivado do cargo, em sua própria defesa."
O
documento conclui que o exercício da presidência da Câmara dos
Deputados requer equilíbrio, postura ética e credibilidade. Os
parlamentares ainda "clamam pelo afastamento imediato do peemedebista".
"A responsabilidade de um dirigente maior, de uma das Casas do poder
legislativo, é incompatível com a condições de denunciado", finalizam.
Neste
momento, os parlamentares de oposição a Cunha, entre eles, Ivan Valente
(PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Glauber Braga (PSB-RJ), Julio
Delgado (PSB-MG), Henrique Fontana (PT-RS) e Alessandro Molon (PT-RJ)
fazem uma coletiva no Salão Verde da Casa, reforçando o pedido de
destituição de Cunha.
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