Os anglicismos, tipo recorrente de empréstimo
linguístico, são cada vez mais comuns em nosso idioma. Contudo, é preciso bom
senso na hora de utilizá-los.
Os anglicismos são vocábulos da língua inglesa que estão incorporados em nosso idioma, aportuguesados ou não
“Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...
Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash...(...)”.
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash...(...)”.
(Samba do Approach – Zeca Baleiro)
A letra engraçada e quase incompreensível da canção
de Zeca Baleiro esconde uma crítica bem-humorada ao comportamento linguístico
de alguns falantes, que se rendem aos empréstimos linguísticos de maneira
exagerada. Pensando nesse curioso movimento da língua, o Mundo Educação
traz para você algumas curiosidades sobre o anglicismo.
Antigamente, lá na época do Brasil Império até
meados do século XX, a moda era falar francês ou incorporar palavras do idioma
na língua portuguesa. Atualmente, em face de diversos fatores, entre eles o forte
apelo tecnológico, o inglês virou nossa influência linguística favorita. Se
você não sabe inglês, mesmo que alguns poucos vocábulos, está completamente out!
Mas e esta palavra, anglicismo? De onde vem?
Anglicismo é uma derivação de anglo, elemento de composição
de adjetivos que significam inglês. Esse elemento compõe outras
palavras, como anglicano, anglicanismo, anglo-saxão, entre outras
que fazem referência ao idioma ou à cultura inglesa de um modo geral. Já o
termo anglicismo é usado para nomear as palavras que são provenientes do
inglês e que são utilizadas no português em virtude da necessidade de nomear
objetos ou fenômenos novos para os quais ainda não exista nomenclatura
apropriada em nossa língua, ou até mesmo por outros motivos, como a aculturação,
desconhecimento do idioma e até mesmo por causa da vontade de parecer diferente
ou “antenado”.
Alguns anglicismos foram aportuguesados, isto é,
tiveram sua pronúncia ou estrutura modificadas para ficarem mais parecidos com
o som do português. Outros tiveram sua forma preservada e são utilizados
corriqueiramente como se fizessem parte de nossa língua, já que foram
legitimados em razão da aceitação na sociedade. Confira alguns exemplos de
anglicismos:
Shopping Center
Mouse
Motoboy
Outdoor
Smoking
Shampoo
Futebol (vocábulo aportuguesado)
Piquenique (vocábulo aportuguesado)
Pôquer (vocábulo aportuguesado)
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Já sabemos que a língua é um elemento orgânico que
está em constante movimento, por esse motivo, tentar coibir ou até mesmo
proibir o uso dos anglicismos seria uma enorme perda de tempo! As variações linguísticas são bem-vindas, agora, é importante saber que os empréstimos linguísticos devem estar condicionados à necessidade de tomar
emprestado alguma palavra que dificilmente teria um equivalente perfeito em
nosso idioma. Quem decide o que permanece e o que deve ser descartado somos
nós, falantes, portanto, bom senso e nada de exageros, certo?
Publicado por: Luana Castro Alves Perez
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