O deputado Afonso Hamm
(PP-RS), político há 20 anos, será protagonista no próximo domingo. O
parlamentar deve ser o primeiro a se pronunciar na votação do
impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos
Deputados.
No entanto, como revela a reportagem do jornal O Globo,
a conduta do deputado pode ser duvidosa. Segundo a publicação, desde
março do ano passado, Hammm é um dos parlamentares investigados no
Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas de envolvimento no esquema
de corrupção na Petrobras, revelado na Operação Lava Jato.
Afonso
Hamm foi citado em delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um
dos deputados que teriam feito parte de um grupo de menor expressão do
PP, que recebia entre R$ 30 mil e R$ 150 mil como cota no esquema. O
deputado prestou esclarecimentos sobre a denúncias na Procuradoria Geral
da República (PGR).
O parlamentar disse, na segunda-feira, após
presidir a sessão de leitura do relatório da comissão de impeachment em
plenário, que não teme as investigações e que espera que sejam
arquivadas.
"Fui sempre afirmativo em relação a essas denúncias.
Quem não deve não teme. Confio na Justiça do país. Colaborei com as
investigações, coloquei todos os meus sigilos à disposição da Justiça e
espero que o processo seja arquivado", disse Hamm.
O deputado será
o o primeiro a votar pois o seu nome inicia com a letra A e ele nasceu
e, consequentemente, foi eleito pelo estado do Rio Grande do Sul: essa
foi combinação que colocou Hamm como o primeiro da lista, explica O
Globo.
A publicação destaca ainda que, ultimamente, o deputado já
vinha comentando com assessores da possibilidade de ser o primeiro na
votação. "Tomei uma decisão técnica. O governo se perdeu e as pedaladas
agravaram a crise. Será um voto de convicção", disse Hamm sobre a
aprovação do impeachment de Dilma.
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