O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista ao jornal espanhol
"El País" e, entre as declarações, afirmou que a população que se
beneficiou dos programas sociais para sair da pobreza extrema não devem
se preocupar em retroceder.
Porém,
terão que fazer alguns sacrifícoos: "Em vez de comer carne todos os
dias, pois um dia vão comer arroz, por assim dizer. Isso é passageiro",
disse Lula. "Quando cheguei ao poder, tinha medo de terminar como [o
ex-presidente polonês] Lech Walesa. Eu dizia a meus companheiros: não
posso falhar, porque, se falhar, jamais outro trabalhador será
presidente", revelou na entrevista publicada nesta quinta-feira (10).
Como
em ocasiões anteriores, ele desconversou quando perguntado se seria
candidato em 2018: "gostaria que fosse outro. Mas, se tenho que me
apresentar para evitar que alguém acabe com a inclusão social conseguida
nesses anos, farei isso".
Outro
ponto abordado pelo jornal foi o pedido de impeachment da presidente
Dilma, o qual Lula disse que "não tem nenhuma base legal ou
jurídica". "O que a presidente fez foi o que todos os presidentes fazem
alguma vez: financiar projetos sociais e pagar depois mediante o
Estado", analisou Lula.
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