A presidente afastada Dilma
Rousseff vai ao Senado fazer sua própria defesa no julgamento final do
impeachment. A informação foi confirmada pelo GLOBO. Seus aliados e o
próprio presidente do Senado, Renan Calheiros, vinham aconselhando ela a
comparecer. A data deve ser dia 29, quando defesa fará a sustentação
final. O ministro Lewandowski está fazendo os acertos, porque Dilma quer
falar e sair, sem perguntas.
A informação foi antecipada nesta
quarta-feira pela "Folha de S. Paulo" e confirmada pelo GLOBO. Dilma
afirmou não estar preocupada com interrupções ou mesmo indagações
agressivas de alguns senadores.
- Nunca tive medo disso. Aguentei tensões bem maiores na minha vida. É um exercício de democracia - disse à Folha.
Lewandowski
e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão reunidos
nesta quarta-feira com os líderes dos partidos para fechar o rito do
julgamento final, que começará dia 25.
Renan e os líderes
defenderão no encontro que o julgamento continue no final de semana -
dias 27 e 28 -, com a oitiva das testemunhas de acusação e defesa. Renan
e os líderes do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e do DEM,
Ronaldo Caiado, defenderam a sugestão.
Ontem, a presidente fez um
um pronunciamento de 13 minutos, no qual leu a íntegra da carta que
enviará aos senadores, a presidente afastada Dilma Rousseff disse que
mantém a esperança de voltar à Presidência, reafirmou que é inocente e
defendeu um plebiscito para a convocação de novas eleições e de uma
reforma política.
Mais uma vez, Dilma afirmou que um eventual
impeachment de seu mandato seria um golpe. A petista, que falou no
Palácio da Alvorada acompanhada de cinco ex-ministros, disse que nesse
período enquanto lutava contra sua deposição ouviu críticas à sua
gestão, bem como elogios, os quais escutou com "humildade".
Para a
presidente afastada, num regime presidencialista não se pode derrubar o
chefe de Estado pelo "conjunto da obra".
Nenhum comentário:
Postar um comentário