SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva não vê com bons olhos a ideia encampada por alguns
membros do PT de que o partido poderia abraçar a campanha de "Diretas
Já" antes mesmo do fim do julgamento do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff no Senado. Segundo informações da coluna
Painel, da Folha de S. Paulo, a iniciativa teria que partir da própria
presidente, que, de acordo com ele, "dificilmente" concordaria com a
ideia.
Apesar disso, como lembra a coluna, a discussão segue
firme, com alguns ministros de Dilma tentando convencê-la de que a
proposta de eleições gerais dariam a ela um discurso forte para o caso
dela ser afastada pela Comissão de Impeachment do Senado em maio. Um
integrante do PT ouvido pela Folha teria dito que, ao contrário do que
imagina Lula, Dilma já estaria disposta a aceitar conversar sobre o
assunto.
Alguns petistas ficam animados com a proposta de novas
eleições em outubro porque, de acordo com os últimos números do
Datafolha, Lula e a presidente nacional da Rede Sustentabilidade, Marina
Silva, estariam tecnicamente empatados na disputa pela Presidência. O
ex-presidente teria 21% dos votos contra 19% dela e 17% do senador Aécio
Neves (PSDB-MG).
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