A força tarefa da Operação Lava Jato
estima que a delação premiada da Odebrecht deve originar mais de cem
inquéritos que serão distribuídos para diferentes estados. Advogados da
empreiteira negociam o acordo há mais de dois meses.
De acordo com a Folha de São Paulo, com a pulverização das investigações, a força-tarefa em Curitiba, comandada pelo juiz Sérgio Moro,
teme uma limitação à transparência dos casos e que o ritmo dos
trabalhos desacelere e resulte em prescrição de crimes.Fora de Curitiba
não há como garantir que os processos corram sem sigilo. No Paraná, um
sistema (e-proc) dá acesso online aos autos, mas os Estados que
receberão os futuros inquéritos usam plataformas mais restritas, o que
dará menos publicidade às novas investigações.Empresários da Odebrecht
citaram mais de cem deputados, senadores e ministros e políticos de
outros cargos eletivos como beneficiários diretos de esquemas de
corrupção. Ao menos dez governadores e ex-governadores foram
beneficiados, incluindo Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Pimentel (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB).
De acordo com reportagem do jornalista Fernando Rodrigues
de março deste ano, do UOL, mais de 200 políticos de 18 partidos
constam em uma planilha apreendida com o presidente da Odebrecht
Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, o ‘BJ’, na 23ª fase da
Lava Jato, intitulada Acarajé que também teve como alvo o marqueteiro do
PT, João Santana.As planilhas citam pagamentos que teriam sido feitos a
nomes como José Sarney (PMDB), Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Cunha (PMDB), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre outros.
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