Juntas, as penas atribuídas por Sérgio Moro para 13 dos delatores da Operação Lava Jato somam 283 anos e 9 meses de reclusão.
No
entanto, de acordo com a Folha de S. Paulo, os acordos firmados com a
Justiça podem reduzir esse tempo para, no máximo, 6 anos e 11 meses em
regime fechado, somando-se todas as penas.
Isso
porque Augusto Mendonça e Julio Camargo, ex-executivo e ex-consultor
da Toyo Setal, respectivamente, estão cumprindo em regime aberto os
noves anos a que foram condenados.
Além disso, eles estão sem a tornozeleira eletrônica.
A reportagem do jornal se baseou em dados divulgados no fim de 2015 por Moro.
Ele considera somente os processos em que o juiz já decretou as sentenças.
Na
opinião de Moro e dos membros da força-tarefa da Lava Jato, os acordos
de delação premiada (que foram os responsáveis pela diminuição
significativa da pena) são indispensáveis para as investigações.
"Nos
acordos de colaboração, o princípio é de que se troca um peixe por um
cardume, ou um peixe pequeno por um peixe grande", ressalta o procurador
da República Deltan Dallagnol.
"As
colaborações são feitas para alcançar provas em relação a diversas
outras pessoas, incluindo criminosos com atuação mais relevantes no
crime, e para recuperar o dinheiro desviado", continua ele.
Dallagnol afirma
que os cerca de 40 acordos feitos permitiram acusações criminais contra
179 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro e organização
criminosa.
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