O alerta vermelho soa quando
você pergunta ao seu filho como foi a aula e ele
responde, tristemente,
“mais ou menos”. Com a maior curiosidade do mundo,
você tenta descobrir o
que houve.
Ele explica que não tem amigos, nem com quem brincar.
Isso é mais do que o
suficiente para deixar o seu coração de mãe partido
em mil pedaços.
Como ajudar essa criança a resolver essa situação
tão desoladora? A psicóloga
e terapeuta familiar Natércia Tiba dá as
orientações. Confira..
Veja bem
O primeiro ponto é pensar que a criança
tende a generalizar algo que aconteceu uma
ou poucas vezes como sendo
algo permanente. Pode ser que o amigo não quis
brincar um dia, apenas.
Uma queixa única não deve ser motivo de preocupação para
os pais.
Pode não ser o que parece
A rejeição é uma dor emocional muito
grande, que causa comoção nos pais.
Os filhos, sabidamente, entendem que
dizer que estão sendo ignorados e
isolados tem um poder muito grande, e
podem usar isso para quando não
querem ir à escola, por exemplo. Fique
de olho se esse não é o caso e seja
cauteloso ao expressar suas
opiniões.
Investigue os fatos
A única maneira de saber se seu filho
está passando por essa situação incômoda é investigando os fatos. Uma
dica é informar-se com outras pessoas. A partir daí, o correto é tentar
ver qual é a participação do filho nesse cenário, sem olhá-lo como uma
vítima.
Modificando comportamentos
Se ficou provado que seu filho realmente
não tem com quem brincar, informe-se sobre qual atitude dele que não
agrada os demais colegas. O passo seguinte é ajudá-lo a modificar esse
comportamento, caso ele seja inadequado, e a se reaproximar do grupo. Os
pais podem orientar a criança, sugerindo que ela seja mais ativa
socialmente, e peça para brincar junto. Ela precisa conseguir falar que
quer participar e do que gostaria. Quem sempre espera ser convidado
tende a ser esquecido e, muitas vezes, nem é algo proposital.
Treine a flexibilidade
Outro aspecto é verificar se a criança é
flexível. Ninguém vai querer a companhia de alguém que só quer brincar
das próprias brincadeiras o tempo inteiro, sem levar em consideração as
vontades das demais pessoas. Crianças muito apáticas, daquelas que
“tanto faz”, também tendem a ficar isoladas porque costumam passar
despercebidas. Mostre à criança que o comportamento repele as amizades e
oriente-a a se comportar de maneira diferente.
Hora de intervir
Até 6 anos, se a criança está rotulada no
grupo, um adulto precisa interferir porque ela não tem recursos
emocionais para resolver as questões sozinha. A partir dos 6 anos,
espera-se que a criança consiga ou seja incentivada a solucionar o
problema sozinha.
Mundo ideal x mundo real
Existe uma fase bem marcante da infância,
quando os meninos respiram futebol. E quem não gosta ou não sabe jogar,
é colocado para escanteio, literalmente. Num mundo ideal, a forma
correta seria explicar à criança que cada uma tem suas preferências e
brinca do que quiser, respeitando os demais. No mundo real, e no “país
do futebol”, o conselho é tentar uma aproximação. Vale saber o básico,
trocar figurinha, candidatar-se a ser o juiz, pedir para assistir. Pode
até assumir que é perna de pau, mas quer brincar também. O pertencimento
a uma tribo é inerente ao ser humano. O momento favorece o aprendizado
de outras questões: ajuda a lidar com frustrações e a provar que não é
preciso ser bom em tudo.
Amigos à paisana
Trazer amigos para brincar em casa,
independentemente de a criança ser tímida ou não, é um recurso muito
interessante. Além de estreitar laços, serve para observar como nosso
filho é em grupo, já que ele é bem diferente do jeito que é com a gente,
em casa.
Escola ajuda no processo
O papel da escola é agir como um
facilitador em momentos difíceis. O entrosamento da classe faz parte das
funções da escola. Vale lembrar que a intensidade disso depende, claro,
do projeto pedagógico da escola. Mas, de forma geral, todas se
preocupam.
Amigos à paisana
Trazer amigos para brincar em casa,
independentemente de a criança ser tímida ou não, é um recurso muito
interessante. Além de estreitar laços, serve para observar como nosso
filho é em grupo, já que ele é bem diferente do jeito que é com a gente,
em casa.
Se ficou provado que seu filho realmente
não tem com quem brincar, informe-se sobre qual atitude dele que não
agrada os demais colegas. O passo seguinte é ajudá-lo a modificar esse
comportamento, caso ele seja inadequado, e a se reaproximar do grupo. Os
pais podem orientar a criança, sugerindo que ela seja mais ativa
socialmente, e peça para brincar junto. Ela precisa conseguir falar que
quer participar e do que gostaria. Quem sempre espera ser convidado
tende a ser esquecido e, muitas vezes, nem é algo proposital.
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