quarta-feira, 23 de março de 2016

PGR encaminha ao STF petições com citações a Dilma, Temer, Lula e Aécio


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A Procuradoria Geral da República (PGR) investiga a presidente Dilma Rousseff; o vice-presidente Michel Temer; o ex-presidente Lula; o senador Aécio Neves (PSDB-MG); e outros políticos citados pelo senador e ex-líder do governo Delcídio Amaral (sem partido-MS) em delação premiada.
A PGR encaminhou na semana passada 20 petições ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o jornal O Globo, cada petição equivale a um termo de colaboração do senador.
A reportagem explica que este instrumento antecede o pedido de abertura de inquérito. O ministro relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, irá decidir se autoriza ou não as investigações das autoridades com foro privilegiado. Duas das petições encaminhadas sugerem a remessa de termos de colaboração de Delcídio para a primeira instância da Justiça Federal, por envolver citados sem foro privilegiado.
Outras cinco petições sugerem que os depoimentos do delator sejam anexados a inquéritos já em curso no STF. A delação de Delcídio foi homologada no último dia 14.
Essa é a primeira vez que Dilma, Temer e Aécio devem ser alvo de investigação no STF. O jornal O Globo destaca que a tendência é a PGR solicitar a abertura de inquérito para os três, a partir das acusações feitas por Delcídio. No entanto, ainda não há perspectiva sobre quando isso deve ser feito.
Em delação, Delcídio acusou Dilma de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato, ao nomear Marcelo Navarro Dantas para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A presidente ainda aparece em outros termos de colaboração, com acusações relacionadas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e a interrupções de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso.
Já o vice-presidente Michel Temer foi acusado de ser "muito ligado", "avalizar" e "apadrinhar" um dos supostos operadores do esquema de desvios de recursos da Petrobras, preso na Lava-Jato.
O ex-presidente Lula um dos políticos mais citado na delação. Delcídio fez oito acusações ao petista e chegou a afirmar que o ex-presidente foi um "grande 'sponsor' (patrocinador, numa tradução literal do inglês) dos negócios do BTG".
Aécio foi acusado por Delcídio de receber pagamentos ilícitos de Furnas e de ter atuado para maquiar dados do Banco Rural obtidos pela CPI dos Correios. O senador também revellou em delação que a operação teve participação do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), na época deputado pelo PSDB e integrante da CPI, que funcionou de 2005 a 2006 e era presidida por Delcídio. Aécio também foi acusado de ser beneficiário de uma conta bancária aberta por uma fundação em nome da mãe em Liechtenstein, um paraíso fiscal.

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