terça-feira, 26 de janeiro de 2016

OMS contesta declarações de ministro da Saúde sobre 'Aedes'


"Nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito. Ano passado foi o (ano) que teve o maior número de casos de dengue no Brasil em toda a história", disse Castro.
Marcelo Castro: O ministro da Saúde, Marcelo Castro © Fornecido por Estadão O ministro da Saúde, Marcelo Castro
Com cuidado político, a OMS mandou uma mensagem diferente sobre como avalia a situação. "Acho que é algo fatalista", disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, na manhã desta terça-feira, 26, em Genebra, na Suíça, ao responder a uma pergunta do Estado sobre a declaração do ministro. "Se esse fosse o caso, poderíamos abandonar tudo. Não é o caso", disse.
"Podemos esperar ver a doença em mais lugares. Estamos trabalhando e é difícil eliminar o mosquito", declarou o porta-voz.
A OMS também insistiu em não comentar o fato de o Brasil ter tido um recorde no número de casos de dengue. "Não é uma luta só brasileira. Ainda vemos o problema nas regiões tropicais. Não posso comentar a situação brasileiro. O que, sim, vemos é que há muito esforço em medidas preventivas", disse.
O zika vírus, transmitido por mosquitos e suspeito de provocar más-formações fetais, deve atingir todo o continente americano, com exceção do Canadá e Chile. A informação é da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Emergência

Na quinta-feira, 21, a pedido da direção da OMS, uma reunião especial será realizada em Genebra para lidar com a crise do zika. Durante o encontro, a Organização Pan-Americana de Saúde fará anúncios sobre como tem lidado com a doença e países também apresentarão suas medidas.
A OMS assumiu a coordenação do combate à doença apenas na semana passada, depois que o vírus havia sido registrado em 21 países.
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