segunda-feira, 31 de julho de 2017

Abertura de processo contra Temer tem apoio de 81% dos eleitores


Michel Temer resiste: de olho nos sinais de conspirata de aliados: O presidente Michel Temer (PMDB) enfrentará nesta semana a votação da denúncia por corrupção passiva na Câmara dos Deputados © Cristiano Mariz O presidente Michel Temer (PMDB) enfrentará nesta semana a votação da denúncia por corrupção passiva na Câmara dos Deputados

A aceitação pela Câmara dos Deputados da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) é defendida por 81% dos eleitores. O levantamento feito pelo instituto de pesquisa Ibope, sob encomenda do site Avaaz.org, mostrou que apenas 14% das pessoas são contrária ao encaminhamento da acusação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 5% não souberam ou preferiram não opinar.
 
O Ibope registrou que os entrevistados mais favoráveis à abertura do processo são os mais jovens (89%), com ensino médio ou superior (86% e 85%, respectivamente) e que têm renda familiar de mais de dois a cinco salários mínimos (87%) ou superior a cinco salários mínimos (85%). 

O instituto também fez perguntas para medir a reação dos eleitores dependendo do resultado da votação sobre a aceitação ou não da acusação pela Câmara. O Ibope registrou que 70% ficarão indignados caso os deputados optem pelo arquivamento da denúncia. Outros 79% afirmaram concordar que o parlamentar que votar contra a acusação é cúmplice de corrupção. Para 73% dos eleitores, o deputado que rejeitar a abertura do processo não deve ser reeleito em 2018.

Está prevista para esta quarta-feira a votação no plenário da Câmara dos Deputados da denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou contra o presidente. Se for aceita, a acusação será enviada ao STF, que determinará se acolhe ou não o pedido de investigação.

Em caso afirmativo, Temer se tornará réu e será afastado por até 180 dias, período que a Corte terá para julgar o caso. Neste caso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume o Palácio do Planalto interinamente. Se o peemedebista for condenado, perde o cargo definitivamente; se for absolvido, retoma a Presidência.

Temer intensificou nos últimos dias a articulação política para barrar a denúncia, que tomou como base o acordo de delação premiada firmado pelo empresário Joesley Batista, da JBS. O presidente venceu a primeira etapa do processo ao derrubar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o relatório do deputado federal Sergio Zveiter (PMDB-RJ), favorável à admissibilidade da denúncia. No lugar, a CCJ aprovou o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pede para o plenário arquivar a acusação.

São necessários os votos de 342 deputados contrários ao parecer de Abi-Ackel, portanto favoráveis à denúncia contra Temer, para a Câmara autorizar o envio da acusação ao STF. O presidente precisa que 172 deputados não votem pelo prosseguimento da acusação ao Supremo.

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