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  A reeleição do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência do PSDB expôs publicamente o racha entre os caciques do partido. Com pelo menos três possíveis pré-candidatos à presidência em 2018, a maneira como Aécio foi reconduzido deixou o governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, irritado.

A reunião da executiva foi marcada para discutir a conjuntura política do País, mas na pauta estava também a eleição para a presidência da sigla. Questionado por jornalistas na sexta-feira (16) sobre o que achou de Aécio continuar no comando do PSDB ate maio de 2018, Alckmin disse que não iria comentar.

"Eu não vou fazer nenhum comentário sobre isso”, disparou Alckmin. Ele chegou trabalhar junto com o ministro das Relações Exteriores,José Serra, para evitar o novo mandato do senador. O ministro, porém, decidiu apoiar o tucano mineiro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardosotambém deu aval ao senador. Apesar da divisão no partido, Serra disse, no dia da recondução, que a permanência de Aécio une o partido.
“Essa não é uma questão pessoal, não é uma questão sequer partidária, mas do país. O Brasil precisa que esse governo dê certo e para isso precisa ter o PSDB unido. Essa união é fundamental. Estou convencido de que é a melhor decisão, pensando não em candidaturas, mas no país, porque esse governo precisa dar certo”, disse.
Serra, Aécio e Alckmin disputam no partido a vaga para sem candidatar à presidência em 2018. O comando do partido é importante no processo interno de escolha do candidato. A permanência de Aécio no comando da sigla em ano eleitoral dá força para que Alckmin e Serra deixem a legenda. Há expectativa de que Alckmin migre para o PSB e Serra para o PMDB.